Rodrigo Maia só topou a proposta do Palácio depois que Davi Alcolumbre empenhou sua palavra de que não haveria surpresas.
Na ocasião, Maia foi bem objetivo com o correligionário: se algo não saísse como combinado, ele não pautaria mais nenhum PLN (projeto de incremento orçamentário enviado pelo Executivo) até o final do ano.
[muitas coisas precisam ser corrigidas no Brasil. Uma delas, que os presidentes da Câmara e do Senado parem de ser comportar como fossem os donos dos votos dos deputados e senadores.
Não havendo a correção e somando seus efeitos aos de que um ministro do Supremo pode, em decisão monocrática, revogar qualquer ato do Executivo ou do Legislativo - decisão que o ministro que a proferiu é quem decide quando levar a apreciação do Plenário da Suprema Corte - temos que o único Poder que não governa, não preside, nem executa, é o Executivo.
Vejam a prepotência do 'primeiro ministro' e 'corregedor-geral' dos Poderes - deputado Maia, autonomeado para ambos os cargos - que o leva a ameaçar não apreciar mais projetos orçamentários do Poder Executivo.]
Lauro Jardim, jornalista - O Globo