Medidas já estavam previstas antes da declaração de Janot, em entrevista a VEJA, de que entrou na Corte armado com intenção de matar Gilmar Mendes
A troca na chefia da segurança do tribunal – responsável por proteger tanto os ministros quanto a sede do STF e dos dois edifícios anexos – era esperada havia meses. A gestão do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, escolheu o delegado Paulo Gustavo Maiurino, ex-secretário dos governos Geraldo Alckmin e Wilson Witzel.
No mês passado, antes das declarações de Janot virem à tona, o Supremo decidiu abrir uma licitação para a compra de equipamentos de raio-x. e detector de metais portáteis. Integrantes da Corte vêm discutindo reservadamente se as autoridades que ingressam no tribunal por uma entrada restrita no salão branco também deverão passar pela revista.
O Supremo proíbe a entrada de pessoas portando qualquer tipo de arma, mas autoridades que ingressam nas instalações do Tribunal – como parlamentares, governadores e procuradores-gerais da República – não passam por detectores de metais, já que utilizam um acesso restrito, diferente daquele usado pelo público comum.
Uma instrução normativa do tribunal, de 2013, estabelece que é proibida a entrada de “pessoas portando qualquer tipo de arma”, exceto inspetores, agentes de segurança do próprio tribunal, policiais civis, militares, federais e rodoviários federais, os servidores da área de segurança do Poder Judiciário, das polícias da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e da Câmara Legislativa e os militares das forças armadas em atividade de serviço.
O STF informou que não poderia comentar a compra porque a licitação “faz parte da estratégia de segurança”. No ano passado, para aumentar a segurança dos magistrados, o STF acertou a compra de 14 carros blindados por 2,8 milhões de reais.
Transcrito de Veja, Com Estadão Conteúdo