Advogado do petista rompeu com Roberto Teixeira no primeiro semestre de 2022
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF) e com a sabatina no Senado marcada para esta quarta-feira, o advogado Cristiano Zanin está rompido com o sogro, o também advogado Roberto Teixeira, com quem chegou a dividir escritório de advocacia. Zanin, que defendeu o petista nos processos da Lava-Jato, foi apresentado ao chefe do Executivo por Teixeira, amigo de longa data e padrinho do filho mais velho de Lula.
O rompimento entre os dois foi se consolidando ao longo de 2022. No primeiro semestre, já com a relação estremecida, Zanin desfez a sociedade com o sogro para fundar seu próprio escritório de advocacia com a mulher, Valeska Teixeira Martins. Nesse primeiro momento, os dois enfrentavam rusgas motivadas por questões pessoas.
A disputa judicial começou após a dissolução da sociedade, em setembro de 2022, quando os escritórios de Zanin e do sogro passaram a pleitear judicialmente o direito aos honorários em processo que corre na 21ª Vara Cível de São Paulo.
Diante da discussão entre as partes através do processo, a juíza responsável pelo caso, Maria Carolina de Mattos Bertoldo, orientou que a controvérsia fosse discutida "em via própria", e não nos autos. No entanto, na mesma decisão, proferida em 21 de setembro, ela argumentou que os honorários caberiam a Zanin e que passaria a rejeitar novas manifestações apresentadas pelo escritório Teixeira Advogados.
No dia 4 de outubro, porém, os dois escritórios levaram à juíza que chegaram a um acordo para que cada parte recebesse cerca de R$ 2,6 milhões — referente ao total de pagamentos disponíveis naquele momento do processo. Àquela altura, a Justiça de São Paulo havia liberado cerca de R$ 50 milhões depositados em juízo pela Universal para indenizar a Rede 21, que cobra ainda outros R$ 41 milhões.