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domingo, 4 de março de 2018

Se foi ‘jogada de mestre’, o Rio está frito



Até agora houve um teatro medíocre

‘Jogada de mestre”, as três palavras ditas por Temer ecoam as outras cinco (“tem que manter isso, viu?”) que descarrilaram seu governo. O doutor nomeou um general para pacificar o Rio e criou um ministério da Segurança. Braga Netto deu uma entrevista coletiva com perguntas previamente selecionadas e quando os jornalistas fizeram um burburinho, ele informou: “Senhores, no grito não funciona”. Verdade, mas com perguntas selecionadas, também não. [o entrevistador tem o direito de escolher se faz ou não a entrevista.] Ninguém deve esperar que o general seja obrigado a responder o que não quer, mas todo dia, quando acorda, tem o sacrossanto direito de ficar calado ou de falar apenas por notas oficiais.

Se a intervenção no Rio foi uma “jogada de mestre”, Temer pode ter entregue ao general a tropa da cavalaria ligeira da batalha de Balaclava, na guerra da Crimeia, em 1854. Jogada de mestre, foi imortalizada num poema heroico de Lord Tennyson. Noves fora a marquetagem da época que era feita por poetas, aquela carga de cavalaria foi um desastre, mas durante algum tempo valeu a emoção do poema. No mesmo palácio de Temer está o ex-governador do Rio Moreira Franco. Numa jogada de mestre, em 1987 ele também anunciou o império da lei e da ordem. Temer pagou o vexame de dispensar o diretor da Polícia Federal, um fabricante de trapalhadas que ficou no cargo menos de cem dias. Todas as suas encrencas atrapalhavam o combate à corrupção.
Poucas vezes se torceu tanto para que uma jogada de mestre dê certo. Até agora houve um teatro medíocre.

(...)
RIDÍCULO
Os juízes federais que ameaçam fazer greve para defender o penduricalho do auxílio-moradia podem entender muito de Direito, mas não têm senso do ridículo.

Se eles pararem, farão menos falta que o pipoqueiro do cinema. Os cidadãos que pagam seus salários e auxílios esperam anos por um despacho dos meritíssimos. O doutor Luiz Fux ficou três anos sentado em cima do processo que arguiu a inconstitucionalidade do penduricalho e nenhum juiz reclamou. Afinal, era um esperteza a favor deles.

CANCELLIER, 4 MESES
Completaram-se quatro meses do suicídio do professor Luiz Carlos Cancellier, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina. Ele se matou depois de ser preso e proibido de entrar no campus da instituição. Sabe-se que a Polícia Federal tem um novo diretor e que a reforma da Previdência de Temer foi para o brejo, mas não se sabe o resultado da espetaculosa Operação Ouvidos Moucos, que o relacionava com um desvio (inexistente) de R$ 80 milhões.

(...)

EREMILDO, O IDIOTA
Eremildo é um idiota e acredita em todas as superstições. Tem medo de gato preto, não passa embaixo de escada e não diz o nome do Pai da Aviação.  O cretino achou a origem da desgraça de Jared Kushner, o genro de Donald Trump, encrencado com a polícia americana.

O pai de Jared é um empreendedor imobiliário e comprou um edifício na Quinta Avenida para substituí-lo por uma torre moderníssima. A arquiteta Zaha Hadid, que projetou o novo prédio, foi abatida por um ataque cardíaco aos 66 anos, o negócio atolou e a empresa de Kushner está mal da pernas.
O prédio da Quinta Avenida tem o número da besta, iluminado por diabólicas luzes vermelhas.

Elio Gaspari, jornalista
Matéria completa em O Globo