Um grupo de 1,7 mil advogados emitiu uma nota contra a “escalada autoritária” promovida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nessa terça-feira, 23.
Empresários pró-governo foram alvo de mandados judiciais expedidos pelo ministro
Endereçado à nação brasileira, o documento alerta para a “escalada
persecutória de cunho ideológico e político, após a ampla divulgação de
notícias de que o ministro determinou busca e apreensão contra
empresários apoiadores do presidente da República”.
Os advogados alertam para o fato de que há no Brasil a adoção de
“medidas desproporcionais”, promovidas pelo “ativismo judicial” de
membros do STF.
Moraes afirma que PGR foi notificada de operação contra empresários; PGR nega
“O Brasil assiste atônito às buscas e apreensões, aos bloqueio de
contas em redes sociais, a quebras de sigilo bancário e a outras medidas
desproporcionais contra empresários que apoiam o presidente do Brasil,
medidas realizadas de forma totalmente arbitrária, em flagrante assédio
processual”, denunciaram os signatários da peça.
Os advogados afirmam que seu objetivo é se manifestar contra a “cultura do cala a boca”.
Operação autorizada por Moraes A atuação de Moraes tem gerado críticas de integrantes do MPF, que afirmam que o órgão acusatório precisa ser ouvido antes. O
presidente Jair Bolsonaro chegou a protocolar
ação contra o magistrado por abuso de autoridade por ter driblado um pedido da PGR de arquivamento do inquérito dos “atos antidemocráticos” abrindo outro, o de milícias digitais, bastante semelhante.Segundo informações da PF, 35 oficiais participaram da ação, que
ocorre no âmbito de inquérito em tramitação no Supremo. Entre os alvos
da operação desta terça-feira estão Luciano Hang (lojas Havan), José
Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3),
José Koury (Barra World Shopping), Luiz André Tissot (Grupo Serra),
Meyer Joseph Nigri (Tecnisa), Marco Aurélio Raymundo (Mormaii) e Afrânio
Barreira Filho (Coco Bambu).
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