O doutor que vetou a internação de seres humanos reduzidos a zumbis merece administrar a maior feira de drogas ao ar livre do Brasil
Na
sexta-feira passada, 26 de maio, decidida a prosseguir o desmonte da
Cracolândia, a prefeitura de São Paulo conseguiu do juiz Emilio Migliano
Neto autorização para submeter viciados sem equilíbrio mental para
exercer o livre arbítrio à avaliação de psiquiatras que recomendariam ou
não a internação em clínica especializada. No dia 28, a segunda etapa
da operação aplaudida por 999 em mil moradores foi suspensa pelo
desembargador Reinaldo Miluzzi.
Nesta terça-feira, a proibição foi
ratificada pelo Tribunal de Justiça.
O prefeito João Doria deveria convidar o desembargador Miluzzi para
assumir a chefia de uma Secretaria da Cracolândia. Em parceria com os
demais defensores dos direitos humanos de seres desumanizados pelo
vício, e com o apoio unânime da plateia de zumbis, o doutor adotaria as
medidas necessárias para que todos morram em público e livres do assédio
de quem deseja salvá-los.
Fonte: Coluna do Augusto Nunes - VEJA