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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Servidores do Judiciário tomam Salão Azul do Senado e gritam pedindo derrubada do veto



Reivindicação é pela derrubada do veto ao projeto de reajuste de 56% para funcionários do Judiciário
Aos gritos de “Lewandowski, traidor”, servidores do Poder Judiciário simplesmente tomaram os corredores do Senado, o chamado Salão Azul, nas proximidades do plenário. Os gritos na entrada do plenário na noite desta terça-feira tornou impossível ouvir os discursos realizados na sessão. Neste momento, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), faz um discurso, abafado pelos gritos do lado de fora.

Apesar de o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, ter fechado um acordo de reajuste com o Ministério do Planejamento, os servidores dizem que o acordo não é reconhecido pela categoria e pedem a derrubada pelo Congresso do veto ao projeto de reajuste médio de 56% para os funcionários do Judiciário. Os servidores tocam vuvuzelas e ainda sacodem cartazes amarelos, pedindo a derrubada do veto.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), praticamente ficou sitiado em seu gabinete na tarde desta terça-feira, e teve que mudar o esquema de uma entrevista coletiva para ser ouvido. Na tarde desta terça, quando a reunião de líderes terminou, Renan saiu por uma porta lateral para chegar ao plenário do Senado. Mesmo assim, ele e o líder do PMDB na Casa, Eunício Guimarães (CE), foram descobertos e seguidos pelos servidores, que gritavam: “derruba o veto”.

O problema é que o veto nem está na pauta. O veto presidencial só pode ser votado em sessão do Congresso, marcada para esta quarta-feira. Mas este veto não estará na pauta. E os líderes já avisaram que a sessão do Congresso deve cair por falta de quorum.  A presidente Dilma Rousseff vetou o reajuste de 53% a 78.56% aos servidores do Poder Judiciário. Em média, o reajuste seria de 56%, com um rombo de R$ 25,7 bilhões conforme o Ministério do Planejamento nos próximos quatro anos.

O STF negociou um aumento alternativo, escalonado. Mas a categoria não aceita.

Fonte: O Globo