Reivindicação
é pela derrubada do veto ao projeto de reajuste de 56% para funcionários do
Judiciário
Aos
gritos de “Lewandowski, traidor”, servidores do Poder Judiciário simplesmente tomaram os
corredores do Senado, o chamado Salão Azul, nas proximidades do
plenário. Os gritos na entrada do plenário na noite desta terça-feira tornou
impossível ouvir os discursos realizados na sessão. Neste momento, o presidente
do PSDB, senador Aécio Neves (MG), faz um discurso, abafado pelos gritos do
lado de fora.
Apesar de
o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski,
ter fechado um acordo de reajuste com o Ministério do Planejamento, os servidores dizem que o acordo não é reconhecido pela
categoria e pedem a derrubada pelo Congresso do veto ao projeto de reajuste
médio de 56% para os funcionários do Judiciário. Os servidores tocam
vuvuzelas e ainda sacodem cartazes amarelos, pedindo a derrubada do veto.
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), praticamente ficou sitiado em
seu gabinete na tarde desta terça-feira, e teve que mudar o esquema de uma
entrevista coletiva para ser ouvido. Na tarde desta terça, quando a reunião de
líderes terminou, Renan saiu por uma porta lateral para
chegar ao plenário do Senado. Mesmo assim, ele e o líder do PMDB na Casa, Eunício Guimarães (CE), foram
descobertos e seguidos pelos servidores, que gritavam: “derruba o veto”.
O problema é que o veto nem está
na pauta. O veto
presidencial só pode ser votado em sessão do Congresso, marcada para esta
quarta-feira. Mas este veto não estará na pauta. E os líderes já avisaram que a
sessão do Congresso deve cair por falta de quorum. A presidente Dilma Rousseff vetou o reajuste
de 53% a 78.56% aos servidores do Poder Judiciário. Em média, o reajuste seria
de 56%, com um rombo de R$ 25,7 bilhões conforme o Ministério do Planejamento
nos próximos quatro anos.
O STF negociou um aumento
alternativo, escalonado. Mas a categoria não aceita.
Fonte: O Globo
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