Governo Temer entra na fase da carnavalização
Michel Temer e seus aliados devem à plateia uma
explicação. Precisam informar por que insistem em prometer o que não vão
entregar. O governo não dispunha de votos para aprovar a reforma da Previdência
há seis meses. Continua sem votos para prevalecer no plenário da Câmara antes
do Natal, como pretendia. Mas jura que os votos cairão do céu até o Carnaval de
2018. Chegou-se ao impensável: conseguiram carnavalizar a mãe de todas as
reformas. Por quê?, eis a pergunta que o presidente deveria responder a si
mesmo.
no governo Temer, há uns seis meses havia chance da reforma ser aprovada - só que a sabotagem criminosa de Janot, atrasou tudo.
Convenhamos que era bem mais fácil convencer um parlamentar a votar pró reforma há 18 meses das eleições do que a menos de dez.] Aconselhado a restringir a proposta ao tema quase consensual da idade mínima para a aposentadoria, o presidente deu de ombros. Alegou que sua base congressual era sólida. Enrolado na bandeira da austeridade, armou um campo de batalha, aprovou uma emenda constitucional instituindo um teto de gastos e seguiu em frente. Súbito, explodiu o grampo do Jaburu. E o governo perdeu o nexo.
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