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domingo, 6 de novembro de 2022

O teto de gastos na mira do governo [do eleito presidente] Lula - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo

Embora governadores que apoiaram Bolsonaro digam ter um diálogo aberto, Lula deve enfrentar resistência de eleitores.

Tem muita gente que quer entender a cabeça do eleitor e não consegue. Eu tento, também não consigo. Vejam só agora: ontem, a Procuradoria Geral da República apelou ao Supremo, para que o tribunal volte atrás no caso do governador Paulo Dantas, de Alagoas. Ele foi afastado por três crimes de seu governo, graças à decisão do Tribunal Superior de Justiça, que é quem trata de governadores, quem julga governadores, por desvio de R$ 52 milhões na Assembleia Legislativa quando ele era deputado. Ele ganhou uma liminar retornando ao governo, sob a alegação de que não podia responder, e que o Tribunal de Justiça não podia julgá-lo porque foi um crime cometido no tempo em que era deputado. A Procuradoria Geral da República está discordando disso. Foi Gilmar Mendes que deu liminar, e ele voltou ao governo.

Mas toda questão é o seguinte: ele foi reeleito, ele ganhou a eleição. Mesmo com o pai dele anunciando aos quatro ventos que seu filho tem que pagar pelos crimes que cometeu, que andou em más companhias. Até o pai!

Eu não sei como funciona a cabeça do eleitor na hora de tomar a decisão de apoiar uma pessoa, mesmo alguns já acusados e condenados e outros sendo investigados. É difícil a gente entender isso, e milhões de brasileiros têm essa dúvida na cabeça. [é geral; caso o eleitor pensasse o ex-presidiário, não teria sido eleito para ser presidente do Brasil. Nem o Ibaneis Rocha - um primor de incompetência, teria sido reeleito governador do DF. Atualmente três hospitais do DF se revezam sob bandeira vermelha (ora tem vaga, ora não tem = só que a doença não alterna o massacre dos pacientes). Por conta e risco o ENganês suspendeu a aplicação da Segunda Dose de Reforço contra a  covid-19, para menores de 35 anos.
Os eleitores 'dedos podres' do DF realmente gostam de sofres.]

Teto de gastos
Já começou a se realizar aquilo que Lula prometeu na campanha eleitoral: furar o teto de gastos. Ele nunca concordou com esse teto de gastos, dizendo que é limitativo. O teto de gastos foi a maior conquista das contas públicas, talvez na história do país. Aconteceu durante o governo Temer. Foi uma alteração na Constituição que limitou o teto de gastos, determinou limites vinculados à inflação. Então não pode sair gastando aí de qualquer jeito. E como a gente lembra, no período Lula anterior, [lembramos que por uma questão de lógica o período chamado pelo articulista de anterior, só honrará tal designativo, quando o eleito for empossado - previsão para 01 janeiro 2023.] foi uma gastança sem fim, criando ministério, aumentando folha de pagamento, o Brasil se endividou muito.

Mas agora, o que eu queria contar para vocês, é que ontem, aqui em Brasília, já houve uma reunião entre os representantes do futuro governo e parlamentares, para fazer um projeto de emenda à Constituição para furar o teto de gastos, usando um sofisma. E a mídia de cabresto, segue toda repetindo que é só despesa inadiável. Me engana que eu gosto. É muita ingenuidade, é um sofisma fácil de ser derrubado. Qual é a despesa que não é inadiável?

Tudo bem, digamos que haja despesas inadiáveis, então vamos gastá-las primeiro. Aí então nós já gastamos 100% do permitido, e então vamos furar o teto de gastos. Esse é o objetivo, né? Vejam que as coisas já estão começando.

E uma outra questão, só para registrar, o [o eleito presidente] Lula já recebeu as saudações, os aplausos do ditador da Nicarágua, do ditador da Venezuela, do ditador de Cuba, e ontem foi do ditador da Coreia do Norte, no dia em que ele lançou mísseis, que dispararam alarmes no Japão, mísseis intercontinentais, e mandou também os cumprimentos à Lula.

Aí eu fico pensando, se fosse Bolsonaro eleito, nenhum deles mandaria cumprimento.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo


segunda-feira, 24 de maio de 2021

Ex-ministro da Defesa diz que presença de Pazuello em ato é fato 'gravíssimo' - O Globo

 Lauro Jardim

Prezados leitores,

 Apenas para clareza da informação e não comprometer o atual ministro da Defesa (tão pouco  seu antecessor) - deixando a impressão de que o assunto tenha relevância maior do que a real  - o Ex-ministro da Defesa referido na matéria é realmente um EX em uma porção de funções.
 
As autoridades ATUAIS saberão tratar o assunto de acordo com sua real importância e conforme o Regulamento Disciplinar do Exército. 

É um ex-ministro da Defesa  do governo Temer - uma mancada do ex-presidente e que foi corrigida a tempo. Seu nome é Raul Jungmann, atualmente sua função é ser EX.
A íntegra da matéria postamos daqui a pouco.
 
Blog Prontidão Total 
 
Clique aqui para saber mais

quarta-feira, 4 de março de 2020

PIB do Brasil tem crescimento tímido de 1,1% no 1º ano de Bolsonaro - Mendonça de Barros: Brasil caminha para crescimento de 2,2% em 2020 - VEJA

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Apesar de três anos de crescimento, o Brasil ainda não reverteu a queda do ritmo da economia tida com a recessão de 2015 e 2016, quando o país caiu 3,5% e 3,3%, respectivamente. O resultado do ano foi puxado pelo crescimento dos investimentos privados, que tiveram alta de 2,2%, além do consumo das famílias, que avançou 1,8%. Pelo lado da oferta, o destaque foi o setor de serviços, que avançou 1,3%. A recuperação do mercado de trabalho, ainda que lenta, contribuiu para os resultados.

No trimestre encerrado em dezembro, a taxa de desocupação ficou em 11%, atingindo 11,6 milhões de pessoas. Mesmo com a redução do desemprego, informalidade atingiu patamar recorde em 2019. Com as pessoas parando de perder emprego e chegando a recuperar espaço no mercado de trabalho, houve mais liberdade para o aumento dos gastos da família. A liberação pontual de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), também causou estímulo positivo no resultado.

Desaceleração no fim do ano
No 4º trimestre, o PIB cresceu 0,5% na comparação com o trimestre anterior, o que representa uma desaceleração frente ao avanço de 0,6% registrado no 3º trimestre. A indústria e os serviços apresentaram variação positiva de 0,2% e 0,6%, respectivamente, enquanto a Agropecuária caiu -0,4%.

Mendonça de Barros: Brasil caminha para crescimento de 2,2% em 2020

Desempenho, porém, depende do resultado do primeiro trimestre, que mostrará o tamanho do impacto da crise do coronavírus sobre a economia brasileira

Os números do desempenho da economia brasileira em 2019 divulgados agora pelo IBGE não trazem surpresas, deixando para trás o pessimismo que tomou conta dos analistas nas últimas semanas. O crescimento do PIB do ano em relação a 2018 foi de 1,1%, mas com uma curva ascendente ao longo de seus quatro trimestres. Nos últimos três meses de 2019, o crescimento sobre o mesmo período de 2018 – expansão na margem – foi de 1,7%, bem acima do avanço médio do ano (1,1%). O PIB per capita variou 0,3%, em termos reais, alcançando 34.533 reais em 2019.

Como era esperado, foi o crescimento do consumo das famílias (1,8%) que puxou a economia na medida em que ele representa quase dois terços do PIB brasileiro. Outro bom sinal foi a expansão de 2,2% do investimento privado. A indústria ensaia uma recuperação, depois de um primeiro semestre desastroso por causa da tragédia de Brumadinho. A queda no consumo do governo (-0,4%) está em linha com o ajuste do déficit fiscal traçado pelo governo federal. Sem os efeitos, ainda desconhecidos, provocados pela ameaça de uma crise mundial de saúde, podemos dizer que os números do PIB de 2019 são compatíveis com um crescimento anual em 2020 de algo próximo a 2,2%. Temos de esperar, porém, os números do primeiro trimestre para mensurar os efeitos da crise provocada pelo coronavírus sobre a economia brasileira.
*Economista e engenheiro, Luiz Carlos Mendonça de Barros foi presidente do BNDES e ministro das Comunicações.
:):)

Economia - VEJA


segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

O candidato e o governante

O capitão não pode ficar preso a discursos de campanha, exige-se dele coragem de decidir

[importante ter presente que o combate ao PT e a toda a esquerda tem que estar sempre presente, visto que o partido perda total e  a esquerda representam o mal que tem que ser combatido sempre, sempre.]

O discurso do presidente Jair Bolsonaro em sua posse foi coerente com suas posturas de candidato. Retomou suas teses centrais, formuladas no calor da disputa eleitoral, como se, agora, pudessem simplesmente servir como orientações de governo. Uma coisa é a campanha, com suas necessidades retóricas, voltadas para o convencimento do cidadão, outra, muito diferente, reside nas ideias concretas de governar.
O candidato conseguiu articular em torno de si tanto sentimentos difusos e setoriais da sociedade quanto posturas focadas em dizer não ao petismo e ao politicamente correto, identificado com concepções de esquerda. O combate ao PT foi a sua grande bandeira, fazendo ver à opinião pública a sua responsabilidade pelo descalabro fiscal, pelo desemprego, pela ideologização da educação, pela criminalidade desenfreada e pela corrupção generalizada. Foi, nesse sentido, imensamente favorecido pela escolha eleitoral petista, que preferiu, ao arrepio da verdade, tornar Lula um perseguido político, quando não passa de um criminoso já julgado e condenado em várias instâncias. Em vez de reconhecer a corrupção em seus governos, optou por se esconder, não assumindo a própria culpa. Poderia ter-se aberto um novo caminho!
Tampouco foi de valia permanecer no discurso inverossímil do “golpe”, quando a Constituição foi fielmente obedecida, até mesmo com o beneplácito de ministros do Supremo que haviam sido escolhidos pelos ex-presidentes Lula e Dilma. A corroborar sua ausência de visão, deu-se ao luxo de não comparecer à posse do novo presidente, numa atitude de não reconhecimento do resultado das eleições e das regras mesmas do jogo democrático. Pode-se dizer que o PT facilitou a vida do candidato Bolsonaro. Este, certamente, agradece!
Acontece que o antipetismo, ao aglutinar diferentes formas de oposição e de descontentamento, terminou por agrupar interesses os mais diversos, alguns abertamente contraditórios entre si. De modo geral, pode-se falar de conservadores e liberais, defensores da ordem e da segurança, partidários da livre-iniciativa e de uma economia concorrencial de mercado, e assim por diante. Conservadores nos costumes e na educação, por exemplo, sinalizam para os valores da família, da religião e da pátria, podendo ou não ser favoráveis a uma economia de livre mercado. Liberais na economia podem ser radicalmente avessos aos conservadores, advogando por uma liberdade generalizada.
A base eleitoral do agora presidente Bolsonaro conseguiu reunir essas diferentes posições, o que fez seu discurso de posse procurar dar satisfação a todas. Em certo sentido, pode-se dizer que o caráter abstrato e genérico de suas formulações foi consoante com os diferentes interesses que abriga em seu seio. Ao procurar atender todos, pouco foi dito sobre o modo concreto desse atendimento, o que certamente agradará a alguns e desagradará a outros. A sociedade brasileira reconhece-se em seu novo governante, cuja vitória não deixa margem nenhuma a dúvidas. Cansou-se do palavreado político em geral, sobretudo quando constata, em seu cotidiano, uma criminalidade galopante. Pessoas querem simplesmente caminhar tranquilas pelas ruas, sem ser assaltadas ou assassinadas. Para elas, bandidos devem estar na prisão e as leis devem ser implacavelmente aplicadas. 
O reconhecimento nacional da Lava Jato é uma prova disso. 
Não tolera o desemprego, fruto de uma economia emperrada e atravessada por interesses corporativistas, embora a reversão da curva já tenha sido empreendida pelo governo Temer.
O povo quer um Estado que funcione, atendendo os mais carentes e a classe média em geral com serviços de saúde e educação consoantes com os impostos arrecadados. Muito se paga ao Estado e pouco se recebe dele em retribuição. Em troca, assiste ao deplorável espetáculo de estamentos estatais usufruindo privilégios e advogando em causa própria por aumentos salariais, quando outros, na base, nada recebem. Pode-se dizer que a sociedade se cansou dos privilégios usufruídos por uma minoria que desconhece o interesse geral.

Bolsonaro soube muito bem capitalizar para si esse sentimento generalizado. Contudo a fase da expressão política popular dá agora lugar à de governar, fazer opções, desagradar e realizar a necessária transformação do País. Governar não é agir numa reunião aleatória de interesses divergentes, mas ver além deles em benefício de um todo mais abrangente, o Brasil. O atendimento de diferentes interesses particulares não significa resolver os problemas prementes do País. As virtudes de um candidato não coincidem necessariamente com as virtudes de um governante ou de um estadista.
As últimas décadas foram, sobretudo, marcadas por um forte viés distributivista, como se a função do Estado fosse simplesmente redistribuir a riqueza segundo os anseios particulares dos governantes de plantão. A questão da produção de riquezas foi, em boa medida, relegada, salvo, nestes últimos anos, na política de responsabilidade fiscal do governo Temer.  O novo presidente, por sua vez, deverá contrapor-se a essa tendência distributivista da sociedade brasileira, o que certamente terminará por acarretar o descontentamento dos que se sentirem prejudicados. Deverá ver o Brasil do amanhã, e não somente o das urgências do dia presente. Dele será exigida a coragem de decidir, de mudar o Brasil.

Para tanto não poderá ficar preso a seus discursos de campanha. Valores religiosos não são de valia para a condução da economia, por mais que tenham validade em outras esferas da vida humana. O País exige o que o próprio presidente chamou de “reformas estruturantes”, dentre as quais a mais importante é a reforma da Previdência. Sem ela o Brasil soçobrará. Com ela a Bandeira Nacional não voltará a ser vermelha!
Denis Lerrer Rosenfield - Professor de filosofia na UFRGS

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

75% veem Bolsonaro e equipe ‘no caminho certo’, diz Ibope

Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (13) em relação ao trabalho do presidente eleito Jair Bolsonaro e sua equipe indica que:
75% consideram eles estão “no caminho certo”;
14% que eles estão no “caminho errado”
11% não sabem ou não responderam.
 
O levantamento, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), é o primeiro desde a eleição presidencial de outubro.  Ao todo, foram ouvidas 2 mil pessoas em 127 municípios entre 29 de novembro e 2 de dezembro.

Governo Temer
A pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira também aborda a avaliação dos entrevistados sobre o governo do presidente Michel Temer (MDB). O levantamento indica os seguintes percentuais:

Ótimo/bom: 5%
Regular: 18%
Ruim/péssimo: 74%
Não sabe/não respondeu: 5%


Na pesquisa anterior do Ibope, divulgada em setembro, 78% consideravam o governo “ruim/péssimo”; 16%, “regular”; e 4% avaliavam como “bom/ótimo”.

Expectativa
A pesquisa divulgada nesta quinta-feira também abordou a expectativa do eleitor em relação ao governo Bolsonaro. Veja os percentuais:

Ótimo: 25%
Bom: 39%
Regular: 18%
Ruim: 4%
Péssimo: 10%
Não sabe/não respondeu: 4%


MATÉRIA COMPLETA, em IstoÉ



sábado, 21 de julho de 2018

[os aloprados] = Programa do PT propõe revogar atos de Temer e 'reformar' Judiciário

Programa do PT propõe implantação de renda básica e reforma do Judiciário

Sem entrar em detalhes, "Plano Lula" propõe reforma política e revogação das medidas adotadas no governo Temer

Com propostas que vão desde a implantação de uma renda básica uma reforma do Judiciário, passando pela revogação das medidas do governo Temer, o Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou, nesta sexta-feira, os eixos do programa de governo para a eleição presidencial.

O programa, coordenado pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e apresentado como “Plano Lula – Brasil feliz de novo”, tem cinco eixos: soberania nacional, direitos, pacto federativo, desenvolvimento e ecologia. Na apresentação das propostas, a comunicação do PT reforça que o programa remonta aos dois governos de Lula, sem citar o período de Dilma Rousseff à frente do Planalto.

Entre as medidas apresentadas está a revogação de medidas da gestão de Michel Temer. O plano promete ainda uma reforma política com participação popular, reforma do Estado com combate a privilégios e um novo processo constituinte. Além disso, o documento defende “democratização dos meios de comunicação de massa”. Na área de direitos, o programa prevê a implantação de uma renda básica de cidadania, remetendo a uma defesa histórica do vereador e pré-candidato ao Senado Eduardo Suplicy (PT-SP). No mesmo eixo, o PT fala em reformar o sistema de Justiça “para a garantia de direitos”. [ponto principal, mesmo único, do eixo: proibido prender petista ladrão.] 
 
Para a área econômica, o programa promete um plano “emergencial” de retomada do emprego e uma reforma tributária, que permita uma distribuição de renda, além de propor aumentar o “crédito barato” a famílias e empresas através da chamada “reforma bancária”. [lembrando aos estúpidos que eventualmente votam no PT, = votar contra o Brasil = que foi o crédito barato que f ... com o Brasil e milhões de brasileiros.]
 
As propostas ainda não foram detalhadas. O programa ainda será apresentado na próxima semana para a coordenação da campanha e finalizado para ser registrado no dia 15 de agosto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), junto com a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Lava Jato.

Centrão
Também nesta sexta, Hadddad disse que o acordo do Centrão com Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, dá fôlego ao tucano e reforça sua campanha. O petista, apontado como alternativa do PT na eleição presidencial, argumentou, no entanto, que a “plataforma de Lula” continua tendo mais chance de ganhar a eleição. Perguntado se a melhor plataforma seria a sua, Haddad declarou: “a do Lula é a melhor”.

Estadão Conteúdo


sexta-feira, 25 de maio de 2018

O governo piscou

O governo piscou ao, pela boca do próprio presidente Michel Temer, pedir “uma trégua” aos grevistas. E a Petrobras piscou também ao aceitar reduzir em 10% o preço do diesel e congelá-lo por 15 dias. As greves de caminhoneiros são freqüentes num país que depende de sua malha rodoviária, cada vez em situação mais precária, para o abastecimento das cidades.

Mas, mesmo as que demoraram mais tempo, não provocaram tantos estragos quanto a atual. O governo está nas mãos dos caminhoneiros, sem capacidade de reação. Não é razoável imaginar que não tivesse informações sobre a movimentação dos grevistas, o mais provável é que tenha menosprezado a capacidade de mobilização da classe. Esquecendo-se de que em diversos governos, anteriores, como o de JK, e mais recentemente, desde Fernando Henrique, passando por Lula e Dilma, houve paralisações como essas, em menor escala graças à ação firme e a capacidade de negociação dos governos naqueles momentos. “O governo tomou a decisão de manter a livre circulação das estradas e, se preciso, com o uso da força militar”, dizia comunicado divulgado do Palácio do Planalto na greve de 1999. Bastaram três dias da paralisação para a greve terminar. Mas os grevistas tiveram ganhos expressivos: congelamento do preço do diesel e das tarifas de pedágio e desativação das balanças que multavam quem estivesse acima do limite de carga.

Ninguém faz um movimento desses, de caráter nacional, sem que lideranças do movimento grevista se reúnam e mantenham contatos entre si. Além do mais o governo perdeu o controle do Congresso, o episódio da aprovação do fim do PIS/Confins não é trágico, apenas é risível, porque dá para consertar no Senado, mas o presidente da Câmara, o pré-candidato à presidência Rodrigo Maia, na ânsia de distanciar-se do governo e agradar aos grevistas, cometeu alegadamente um erro de cálculo de nada menos que R$ 9 bilhões.  O senador Eunício de Oliveira, presidente do Senado, teve que voltar às pressas de Fortaleza para apagar esse incêndio, mas a decisão de se ausentar de Brasília num momento como esse dá bem a mostra de como as principais lideranças políticas do país estão desconectadas da realidade.

Uma prova também de que o governo Temer perdeu o poder de negociação, que gastou para se livrar das duas tentativas da Procuradoria-Geral da República de processá-lo. Na reta final da eleição, um governo impopular, cuja economia não respondeu às expectativas, tende a ver uma debandada de seguidores, especialmente daqueles que se candidatarão em outubro. Cada vez mais se assemelha ao final do governo Sarney em 1989, quando ser da oposição era um trunfo.

Como em outras greves do tipo, os caminhoneiros também têm reivindicações políticas. Mas desta vez se superaram. A União Nacional dos Transportadores Rodoviários e Autônomos de Carga colocou como primeira reivindicação “cumprimento integral da lei do voto impresso em urnas eletrônicas ou adoção do voto impresso em urnas de lona, com apuração a cargo das Forças Armadas”. E arremataram pateticamente: “em caso de descumprimento, nos somaremos ao clamor popular por intervenção militar”.

Na verdade, o clamor popular será atendido quando as Forças Armadas forem utilizadas não para apurar votos, mas para desbloquear as estradas do país e permitir não apenas o direito de ir e vir dos cidadãos, mas garantir o abastecimento das cidades, que já estão sofrendo com quatro dias de paralisações. Nem mesmo o pré-candidato Jair Bolsonaro apoiou a reivindicação, que parecia cair como uma luva para sua campanha. Disse que apoiava a greve, mas não o bloqueio das estradas. E calou-se sobre a intervenção militar.

Merval Pereira - O Globo
 

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Órfãos de Cunha se juntam para assombrar 2018

O fantasma do centrão ocupa novamente o noticiário. Órfãos de Eduardo Cunha, os partidos que integram o grupo se reorganizam para assombrar a sucessão presidencial de 2018. A pretexto de assegurar a “governabilidade”, equipam-se para impor ao próximo presidente uma espécie de projeto centrão de poder. Baseia-se na ocupação predatória do Estado.  Na origem, o centrão chamava-se blocão. Foi criado em fevereiro de 2014 por Eduardo Cunha, então líder do PMDB. Cercou e asfixiou a gestão de Dilma Rousseff. A estrutura colecionada pelo grupo na engrenagem governamental deslizou suavemente da administração petista para a gestão de Michel Temer. Agora, deseja-se sequestrar o próximo presidente antes da eleição.

Gravitando a esmo ao redor de presidenciáveis que não conseguem atravessar a fronteira dos dois dígitos nas pesquisas, partidos como PP, PSD, Solidariedade e PRB ensaiam para junho um movimento de adesão ao candidato de centro-direita que estiver mais bem-posto nas sondagens eleitorais. Participa da costura Rodrigo Maia, do DEM, cuja candidatura ao Planalto empolga 1% do eleitorado.   Nos tempos áureos, o centrão reuniu 12 partidos: PP, PR, PSD, PRB, PSC, PTB, Solidariedade, PHS, PROS, PSL, PTN e PEN… Isolados, piavam pouco. Juntos, gritaram muito, ajudando a eleger Eduardo Cunha à presidência da Câmara. A derrocada de Cunha estimulou a fantasia de que o grupo derreteria. Mas ele passou a extorquir o governo Temer que, crivado de denúncias, pagou a fatura.

No DNA do centrão está gravada a expressão “é dando que se recebe”. Retirada da oração de São Francisco, passou a simbolizar uma prática profana: a exigência de vantagens, lícitas ou ilícitas, em troca de apoio político no Legislativo. Quem lançou a moda foi o deputado Roberto Cardoso Alves (1927-1996), do PMDB de São Paulo.  Cardosão, como era conhecido na intimidade, inaugurou a facção franciscana do fisiologismo em março de 1988. Na época, o Congresso Constituinte discutia a prorrogação do mandato do então presidente José Sarney para cinco anos. Foi dando que Sarney recebeu. A moda perdura até agora. No ano passado, Temer também teve que dar para receber da Câmara a bênção do congelamento de duas denúncias criminais.

No intervalo de 20 anos, o vocábulo ''governabilidade'' ganhou um sentido gangsterístico. Virou um outro nome para safadeza, gandaia, corrupção… Serve de álibi para que políticos invadam os cofres públicos. A anomalia marcou todos os governos desde a redemocratização. Ganhou escala industrial sob Lula e Dilma.  Imaginou-se que a Lava Jato, encurralaria o pedaço mais arcaico da política. Em maio de 2016, quando tomou posse, Temer disse, em discurso: “A moral pública será permanentemente buscada” no meu governo. Afirmou que a Lava Jato, “referência” no combate à corrupção, teria “proteção contra qualquer tentativa de enfraquecê-la.”

As palavras de Temer viraram pó —ou lama. Hoje, o deputado Carlos Marun, que exibe na vitrine do Planalto sua estampa de trator, suas óbvias vinculações políticas com o centrão e sua truculenta atuação na milícia que tentou salvar o mandato de Eduardo Cunha, tornou-se uma espécie de símbolo do ocaso do governo Temer, a quem serve como ministro-chefe da coordenação política.  É contra esse pano de fundo que os partidos do centrão, movendo-se sempre com a grandeza da vista curta e a sutileza de um elefante, se reagrupa para tentar assegurar, antes mesmo da abertura das urnas, que o melado continuará escorrendo em 2019.

Blog Josias de Souza
 

domingo, 24 de dezembro de 2017

No Natal, boas notícias na economia



Olhando-se para trás, deve-se reconhecer que no governo de Dilma Rousseff as coisas estavam piorando e continuariam a piorar. Pararam de piorar

Em outubro de 2014 sabia-se que a economia estava parada desde o primeiro trimestre. Mesmo assim a charanga da coligação PT-PMDB reelegeu Dilma Rousseff e Michel Temer.  Cumpriu-se uma velha escrita segundo a qual a percepção da crise demora para prevalecer.  O mesmo ocorre no sentido contrário, a recessão reflui, mas não é percebida.

Discretamente o Planalto está panfletando uma página com 16 itens ilustrativos do progresso ocorrido durante o governo Temer. Alguns, como os indicadores de emprego, são tênues. (A população ocupada passou de 89,8 milhões de pessoas para 91,3 milhões.)
Outras, são bolas divididas, tamanha era a desgraça na base da comparação. (A produção industrial passou de uma contração de 9,8% para uma expansão de 1,6%.)

Depois de um ano com um PIB negativo — 5,4% no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015 — houve uma expansão de 0,3% no segundo trimestre de 2017 em relação ao mesmo período de 2016. Mixaria.  Cinco itens são indiscutivelmente positivos. A inflação de 9,28% caiu para 2,54% e a taxa Selic de 14,25% está em 7,5%. A safra de grãos passou de 185,8 milhões de toneladas para 242 milhões. O Risco Brasil, número astrológico que orienta o mercado, era de 544 pontos e caiu para 239 pontos.   O quinto item é a joia da coroa: as empresas estatais passaram de um prejuízo de R$ 32 bilhões em 2015 para um lucro de R$ 4,6 bilhões em 2016, saltando para R$ 17,3 bilhões no primeiro semestre de 2017.

Olhando-se para trás, deve-se reconhecer que no governo de Dilma Rousseff as coisas estavam piorando e continuariam a piorar. Pararam de piorar, não estão melhorando no ritmo propagado pela charanga publicitária do governo, mas, no conjunto, indicam que é possível se desejar um 2018 melhorzinho.


Elio Gaspari, O Globo



quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Sem saída: votar este ano, era perder ou mesmo não ter quórum; deixar para o ano que vem é adiar a derrota


Governo Temer entra na fase da carnavalização

Michel Temer e seus aliados devem à plateia uma explicação. Precisam informar por que insistem em prometer o que não vão entregar. O governo não dispunha de votos para aprovar a reforma da Previdência há seis meses. Continua sem votos para prevalecer no plenário da Câmara antes do Natal, como pretendia. Mas jura que os votos cairão do céu até o Carnaval de 2018. Chegou-se ao impensável: conseguiram carnavalizar a mãe de todas as reformas. Por quê?, eis a pergunta que o presidente deveria responder a si mesmo.

A reforma enviada por Temer ao Congresso era ambiciosa. Coisa incompatível com sua impopularidade. [temos o entendimento que popularidade não ajuda em reforma que a população teme; tanto que o estrupício do Lula, no ápice de sua popularidade, não teve coragem de fazer a reforma necessária; 
no governo Temer, há uns seis meses havia chance da reforma ser aprovada - só que a sabotagem criminosa de Janot, atrasou tudo.
Convenhamos que era bem mais fácil convencer um parlamentar a votar pró reforma há 18 meses das eleições do que a menos de dez.] Aconselhado a restringir a proposta ao tema quase consensual da idade mínima para a aposentadoria, o presidente deu de ombros. Alegou que sua base congressual era sólida. Enrolado na bandeira da austeridade, armou um campo de batalha, aprovou uma emenda constitucional instituindo um teto de gastos e seguiu em frente. Súbito, explodiu o grampo do Jaburu. E o governo perdeu o nexo.

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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

É do governo Temer? Não presta

Escândalos de corrupção envolvendo o presidente e seus companheiros são tão fortes que obscurecem todo o resto

O governo de Bill Clinton continua imbatível na história recente dos EUA. Durante seus oito anos foram criados 23 milhões de empregos, superando com folga os 16 milhões da era Ronald Reagan, que já fora de excepcional desempenho econômico. Mas Barack Obama, que visita o Brasil nesta semana, também tem boas lições a oferecer nesse quesito.

Seus números foram bem menores11,3 milhões de empregos — mas ele partiu da pior condição possível. Os Estados Unidos passavam pela Grande Depressão. No primeiro ano de Obama, 2009, o PIB caía quase 3%, e a taxa de desemprego era de 10%. O PIB virou já em 2010 (expansão de 2,5%) para emplacar sete anos seguidos de crescimento. Com isso, a taxa de desemprego desabou para o nível mínimo de 4,5%. De quebra, Obama reduziu o déficit público de 10% do PIB para menos de 3%. Aumentou o gasto público no combate à recessão e voltou a controlar quando a economia privada começou a andar com suas próprias pernas.

Donald Trump é bem capaz de estragar muitas coisas — voltar a estourar o déficit, por exemplo — mas, por ora, a economia americana segue crescendo em bases sólidas e puxando um momento de expansão mundial.  Ou seja, o Brasil deu sorte de novo. Os países ricos crescem sem inflação, de modo que seus bancos centrais não precisam elevar muito a taxa de juros. A China segue garantindo seus 6,5% anuais de elevação do PIB e outros emergentes, como a Índia, vão bem. Não é por acaso que as exportações brasileiras mostram desempenho recorde. Há demanda e preço no mundo.

Isso explica parte da atual recuperação da economia brasileira. A outra parte, mais importante, depende das condições internas, entre as quais, o desempenho do governo. Nos EUA, a presença do Estado na economia e os controles governamentais são bem menores que no Brasil. Ainda assim, a liderança do presidente faz uma enorme diferença, como se viu na política anticrise de Obama. Sua reeleição, que muitos consideravam impossível, foi o prêmio por esse desempenho.

Tudo isso para dizer que as relações governo/economia se dão nos dois sentidos, para o bem e para o mal. O governo Temer, por exemplo, virou completamente a política econômica, e isso na direção correta.  Conseguiu vitórias importantes no Congresso — como a aprovação do teto de gastos, da reforma trabalhista e da nova taxa de juros de longo prazo — que terão impactos positivos nas contas públicas e na economia real. Cortou gasto público onde podia cortar, melhorou a gestão de estatais (Petrobras, por exemplo) e iniciou um programa de privatizações.

Isso ajudou na saída da recessão e início do processo de recuperação. Melhoraram os índices de confiança e as expectativas, tudo isso indicando a credibilidade da equipe econômica liderada pelo ministro Henrique Meirelles e pelo presidente do BC, Ilan Goldfajn.
Assim como a política econômica da era Dilma levou a desastre, seu desmonte permitiu a recuperação.

Por que, então, a desaprovação ao governo Temer é quase unânime?  Uma resposta: os escândalos de corrupção envolvendo o presidente Temer e seus companheiros são tão fortes que obscurecem todo o resto. Pior. A mancha da corrupção faz com que as pessoas desprezem a mudança econômica pessoal.  Por exemplo: é real a queda da inflação, dos juros e a consequente melhora no poder aquisitivo das famílias. Mas, perguntadas, em pesquisas, as pessoas, em maioria expressiva, dizem desaprovar as políticas de juros e inflação do governo Temer.

É verdade que a recuperação apenas se inicia e o desemprego, embora em queda, permanece muito elevado. São fatores de desconforto econômico. De todo modo, as pesquisas que medem índices de confiança mostram claramente que os consumidores estão mais confiantes em relação à sua situação econômica atual, mais animados em relação aos próximos meses e revelam maior disposição de compras. Vendas de carros, por exemplo, estão em alta.

Resumindo: as pessoas percebem que melhorou, mas não atribuem isso ao governo Temer, porque é o governo da corrupção.  Isso vira o jogo. Se o governo Temer, via equipe econômica, sustentou a recuperação, a onda de corrupção retira credibilidade e, pois, capacidade de ação desse mesmo governo.

Pior. É até capaz que a mancha de políticos corruptos contamine a agenda de reformas, algo do tipo “se vem do governo Temer, não presta”.
Isso será um assunto certo na campanha do ano que vem.