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segunda-feira, 27 de junho de 2022

A ex-loira do Tchan que virou policial e aposta eleitoral do bolsonarismo

Silmara Miranda investe nas redes sociais em publicações com apoio ao presidente e pautas conservadoras, como a defesa de armas e a crítica ao aborto

A policial rodoviária federal Silmara Miranda, ex-loira do grupo de axé É o Tchan entre 2003 e 2007, parece ser a nova aposta do bolsonarismo para as eleições deste ano. Apoiadora fiel do presidente Jair Bolsonaro (PL), a agente é pré-candidata a deputada federal pelo Distrito Federal, filiada ao Republicanos, mesmo partido da ex-ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

 Silmara Miranda

 Silmara Miranda Reprodução/Instagram/Instagram

Nas redes sociais, Silmara publica vídeos ao lado de Damares prometendo “fortalecer a base do presidente no Congresso Nacional”. A ex-ministra é pré-candidata ao Senado pelo DF. A policial também investe em fotos ao lado de Bolsonaro e a primeira-dama Michelle, imagens ostentando armas e a difusão de pautas que mobilizam o eleitor bolsonarista, como a crítica ao aborto.

Em uma publicação recente, Silmara classificou como “assassinato” o caso da menina de 11 anos que passou pelo procedimento do aborto legal [NÃO HOUVE ABORTO e sim o ASSASSINATO de um ser humano indefeso e inocente, ainda na barriga da mãe, no SÉTIMO MÊS de gestação = CRIANÇA - grande número de pessoas nascem de SETE MESES e vivem vida normal.]  após ter sido vítima de estupro em Santa Catarina. Em outro post, a pré-candidata aparece em um clube de tiro usando a camiseta com a frase “não é sobre armas, é sobre liberdade”. As hashtags #direitaconservadora, #mulheresdedireita e #Bolsonaro2022 aparecem em quase todas as postagens.

Silmara Miranda, no tempo em que era bailarina do grupo de axé É o Tchan

 Silmara Miranda, no tempo em que era bailarina do grupo de axé É o Tchan Divulgação/Divulgação

Silmara ficou conhecida quando substituiu Sheila Mello em 2003. Ela deixou o grupo em 2007, cursou a faculdade de jornalismo, trabalhou por um tempo na área, mas depois decidiu que queria entrar para a polícia. Agora busca o eleitor conservador.

No começo do ano, a policial foi alvo de críticas por sua ascensão meteórica na PRF. Ela assumiu um cargo de chefia na corporação apenas um ano depois de ingressar no setor público, o que incomodou os colegas, segundo reportagens publicadas na época. A policial repudiou as acusações.A ausência da verdade teve o objetivo de macular a minha imagem e anular todo o esforço que fiz para chegar até onde cheguei”, escreveu.

Silmara prestou concurso no Amazonas, mas atua em Brasília. Logo após ser aprovada, em novembro de 2020, agradeceu o presidente nas redes sociais. “Sem palavras para agradecer àquele que fez desse sonho uma realidade (A história é linda! Um dia posso contar para vocês!). Gratidão eterna sr. Jair Messias Bolsonaro.” 

 Maquiavel - Coluna em VEJA