Jovem de 22 anos nasceu com hidrocefalia e rara doença no coração. A família sobrevive apenas com o auxílio-doença no valor de um salário mínimo e constantemente enfrenta dificuldades para arcar com os gastos dos medicamentos
Nascido com hidrocefalia e diagnosticado com Síndrome de Marfan – uma doença hereditária e crônica que afeta coração, visão, olhos, ossos e vasos sanguíneos –,
Jefferson Oliveira da Silva, 22 anos, precisa de ajuda. A família
sobrevive apenas com o dinheiro do auxílio-doença, no valor de um
salário-mínimo (R$ 937) e o jovem precisa de óculos para conseguir
enxergar. Além disso, a renda nem sempre é suficiente para que a mãe do
rapaz, Maria Jacieuda de Oliveira, 39, consiga arcar com os gastos dos
medicamentos controlados de que Jefferson precisa.
Jefferson precisa de óculos com lentes de 13 graus para conseguir
enxergar e depende de doações para conseguir arcar com os custos da
compra
Um
pouco antes do oitavo mês de gestação, Jacieuda sofreu uma queda que
culminou em um parto prematuro do filho. Jefferson nasceu com
hidrocefalia, ocasionada pelo acidente, e teve o desenvolvimento do
sistema neurológico comprometido. À medida em que o jovem crescia, a
doença também se manifestou por meio de uma deficiência cognitiva,
gerada por uma lesão no crânio.
Já
a Síndrome de Marfan, também diagnosticada, fez com que o coração do
garoto ficasse com um tamanho maior do que o normal. O problema ainda
provocou uma luxação do cristalino – espécie
de "lente" da córnea. Após ser submetido a uma cirurgia para remoção da
estrutura, a visão da criança ficou comprometida. A mãe conta que
Jefferson começou a estudar e, após várias tentativas, Jacieuda precisou
tirá-lo da escola, aos 15 anos de idade, pela dificuldade apresentada
pelo filho no momento de acompanhar as aulas. "À época, ele ficou quase
cego. Hoje, ele enxerga muito pouco sem os óculos. Ele precisa de lentes
de 13 graus para conseguir ver as coisas", explica Jacieuda.
Internação
Até
2005, Jefferson e a mãe quase não saíam do Hospital da Criança, onde o
menino ficou internado por diversas vezes. Mesmo assim, os médicos
informam que a saúde do jovem estava comprometida e que ele ficaria sob
constante risco de sofrer um infarte. "Chegaram a marcar uma cirurgia de
coração para ele. Pediram para que o pai, outras cinco pessoas da
família e eu assinássemos um documento de ciência do risco que ele tinha
de morrer por conta do procedimento. Iam colocar o coração dele dentro
de uma espécie de tela e ele ele poderia ter um ataque cardíaco a
qualquer momento. Nós preferimos desistir da cirurgia e deixar tudo nas
mãos de Deus", relembra a mãe.
Jacieuda é dona de casa e criou o filho sozinha, no Sol Nascente,
em Ceilândia. A pernambucana conta que não tem parentes aqui e que,
apesar das dificuldades, prefere ficar em Brasília em razão do
tratamento do filho. O jovem precisa tomar dois tipos de medicamentos:
Risperidona e Clonazepam. Na Farmácia Popular, o primeiro sai, em média,
por R$ 240; o segundo, por cerca de R$ 130. "Ele precisa tomar um de
cada, duas vezes por dia, senão, fica bastante agressivo", conta. "Os
médicos me autorizaram a dar os remédios até três vezes, se for
necessário. Mesmo assim, graças ao tratamento, a doença dele está
controlada", diz Jacieuda.
Ajude Jefferson
Hoje,
Jefferson segue com os tratamentos médicos em dois hospitais. O jovem
faz acompanhamento da doença cardíaca no Hospital Universitário de
Brasília (HUB) e da deficiência neurológica no Hospital de Base de
Brasília (HBB) – após
ter sido transferido do Hospital da Criança. A família aceita doações
para conseguir arcar com os custos das lentes novas de Jefferson e dos
remédios necessários para o tratamento das doenças.
Banco Itaú
Agência: 8394
Conta-Corrente: 01766-2
Maria Jacieuda de Oliveira