A troca de farpas entre a parlamentar e Filipe Martins ocorreu após ele publicar sobre uma possível troca de liderança no partido
Joice publicou em sua conta pessoal que respeita os “viados” assumidos. “Os que se escondem no conservadorismo, fazem pinta de machões, escondidos em suas pseudos canetas e ficam mandando indiretas como se fosse ‘machos’ não merecem meu respeito”, ironizou — uma indireta a Martins. “Frouxo é frouxo, não importa o posto que tenha”, completou a parlamentar. A resposta de Joice causou repercussões negativas com apoiadores do PSL nas redes sociais. O seu nome entrou nos trending topics do Twitter na manhã desta quinta-feira, 17.
A frase publicada por Martins (“A choice, not an echo”) é o título de um livro norte-americano de uma escritora conservadora que narra a disputa dentro do partido republicano. Alguns seguidores do assessor ironizaram a resposta afiada da parlamentar e fizeram brincadeiras pela semelhança fonética da palavra “choice” (“escolha”) e Joice. “A Joice não é um eco”, escreveu um usuário. “A choice, not a Joice”, ironizou outro.
A resposta da parlamentar não agradou ao deputado estadual Douglas Garcia (PSL), que é assumidamente gay. “Agora o Congresso tem uma parlamentar que se preocupa com a saída do armário alheia. Basicamente ela disse que só os ‘viados’ assumidos podem ser machos, os discretos não. Vejam só: mais de um milhão de votos para ser fiscal da vida íntima dos outros”, criticou. “Sentiu o baque, mona?”, [será que esse deputado conseguiu pelo menos 10.000 votos?] ironizou Joice — “mona” é um sigla LGBT+ para tratar homossexuais afeminados.
A discussão começou após a publicação de Martins sobre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O assessor especial afirmou que um requerimento para que ele se torne o “líder de fato” do partido foi assinado por 27 deputados federais. “O PSL e a sua bancada precisam de um líder capaz de conduzi-los em consonância com os anseios populares. O PSL tem tudo para se tornar o grande partido conservador de que o Brasil tanto precisa”, escreveu Martins.
[é conveniente que o 'primeiro-ministro' Maia, agora que está mais restrito às suas funções de presidente da Câmara, institua uma política mais severa de decoro parlamentar.
Os parlamentares foram eleitos para defender os interesses do povo e não suas opções sexuais.]