A nota sobre a investigação do GT-EAPV-CPAI afirma que “o quadro clínico e os exames complementares sugerem púrpura trombótica trombocitopênica (PTT)”. “A PTT é uma doença rara e grave, normalmente sem uma causa desencadeante conhecida. Apesar da relação temporal com a vacinação, não há como atribuir relação causal entre PTT e a vacina covid-19 de RNAm.” Isabelli nunca apresentou, nos seus 16 anos de vida, nenhum sinal de doença autoimune — nem PTT, nem outra qualquer.
Isabelli começou a passar mal menos de 24 horas depois de vacinada
A deputada Janaina Paschoal apresentou um requerimento de informação à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo com uma série de questionamentos sobre o caso de Isabelli Borges Valentim e sobre a conclusão das autoridades de saúde. Em um trecho de suas ponderações, a deputada escreve o seguinte: “Muito embora a equipe de especialistas tenha declarado, superficialmente, que não há conexão entre a vacina e a morte da adolescente, não evidenciou de forma categórica que a doença, por si só, teria levado a jovem à morte, não fosse a vacina.”
Isabelli começou a passar mal menos de 24 horas depois de vacinada — com dores de cabeça, tontura e falta de ar. O quadro evoluiu para dormências pelo corpo, alteração na fala, lapsos de consciência e crises convulsivas até a internação da adolescente na UTI do Hospital Vida’s. No seu requerimento, a deputada Janaina assinala que “é importante entender até que ponto a vacina não agiu como catalisador para a manifestação da PTT, haja vista a existência de relatos em outros países de situações semelhantes”. Ela prossegue: “Imperioso mencionar que no sítio oficial do governo do Reino Unido, no dia 3 de setembro de 2021” — coincidentemente no dia seguinte à morte de Isabelli —, “publicou-se haver evidências de associação entre vacinas contra covid-19 (com tecnologia de RNAm, a mesma da fabricante Pfizer) e miocardites”.
Como se vê, a conclusão da junta de especialistas do Estado de São Paulo avalizada pela Anvisa — determinando não haver relação identificável entre a vacina e a morte de Isabelli — suscita um universo de dúvidas. A deputada observa ainda a falta de orientação às famílias sobre riscos de efeitos adversos a longo prazo associados às vacinas, especialmente na adolescência — conduta que informa ter identificado em outros países, valorizando a importância da autonomia do paciente na decisão com seu médico.
Isabelli sofreu uma anemia hemolítica — destruição súbita e avassaladora das hemácias — nos dias seguintes ao recebimento da vacina. É o que mostra o seu prontuário hospitalar. Ela não tinha nenhum sinal de anemia anteriormente à vacina contra covid. Esse quadro evoluiu para convulsões até chegar ao infarto agudo do miocárdio que a matou.
Enquanto a mãe de Isabelli, Cristiane Borges, tenta em meio à sua tragédia buscar o conhecimento completo sobre o que fez a vida da sua única filha acabar aos 16 anos de idade, autoridades e veículos de comunicação sentenciam sumariamente que a vacina é inocente. É muito importante que os esclarecimentos suficientes sobre esse caso sejam feitos.
Se você acha que esse problema não é seu, você está enganado.
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Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste
[O Blog Prontidão Total aproveita o ensejo e reitera sua posição favorável às vacinas.
Infelizmente, a medicina não é uma ciência exata e nela nada há de definitivo e muitos resultados demandam prazos para se tornarem regras - mesmo assim, exceções continuarão surgindo.
Assim, só nos resta usar o que temos para combater aquela doença e destacar que até o momento o uso do disponível tem vencido o combate à doença e reduzido sua propagação.
VAMOS USAR O QUE TEMOS E PROMOVER, SEMPRE QUE NECESSÁRIO e POSSÍVEL, OS AJUSTES CABÍVEIS. AINDA NÃO EXISTE ALTERNATIVA.]