Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador ministra Cármem Lúcia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ministra Cármem Lúcia. Mostrar todas as postagens

domingo, 29 de abril de 2018

Medo de ruas vazias em 1º de maio, Dia do Trabalho, leva PT ao desespero e a tentar nova farsa de que militontos pró Lula estão sendo atacados

Advogada ferida no ataque a acampamento pró-Lula relata ameaças de morte

O segurança Jefferson Lima, atingido no pescoço, já deixou a UTI

A advogada Márcia Koakoski, de 42 anos, uma das feridas no ataque a tiros contra o acampamento de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em um vídeo divulgado no YouTube que ouviu pessoas fazendo ameaças de morte no local, antes dos disparos. A advogada contou que estava acampada havia dois dias. Além dela, também ficou ferido no ataque o segurança voluntário Jefferson Lima de Menezes, que foi atingido no pescoço. Ele está internado no Hospital do Trabalhador, mas já deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo relato de pessoas que o acompanham no hospital, a vítima está consciente e seu estado de saúde é estável. Os médicos afirmaram que Jefferson não deve ficar com sequelas do tiro.

Segundo relato da advogada, todos estavam dormindo na madrugada de sábado no acampamento montado desde o dia 7 de abril a 1 quilômetro da sede da Polícia Federal, onde o ex-presidente está preso. Mas, na madrugada, por volta das 2h, foram ouvidos gritos de pessoas fazendo ameaças e dos próprios seguranças. Márcia Koakoski ouviu os agressores gritando que voltariam para matar todas aquelas pessoas. — Estávamos dormindo e, por volta das duas horas, ouvimos uns gritos dados pelo vigias. Eles não têm arma e gritam para espantar as pessoas que fazem ameaças. Havia pessoas gritando ameaças, que iam voltar e matar aquelas pessoas. Foi uma situação delicada. As pessoas se levantaram, todos assustados. Aí os ânimos foram se acalmando, porque várias vezes, o tempo inteiro na realidade, o acampamento foi objeto de ofensas, as pessoas passam gritando — contou a advogada, que ficou ferida sem gravidade no ombro, atingida por estilhaços de um banheiro químico que foi alvo tiros.

A Polícia Civil do Paraná obteve imagens de câmeras de segurança que mostram um homem atirando contra apoiadores petistas na madrugada deste sábado. O suspeito chegou em um carro preto modelo sedan, caminhou até o local e efetuou vários disparos. Segundo o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba, Fábio Amaro, o indivíduo fugiu após os tiros e ainda não foi identificado. Segundo a assessoria do acampamento, a Polícia Militar está fazendo rondas em torno do local durante todo o dia. Três pessoas já foram ouvidas pela Polícia Civil, que investiga o caso: a própria Márcia Koakoski e mais duas testemunhas.

O PT pediu reforço no policiamento junto ao acampamento, batizado de Marisa Letícia, depois do ataque sofrido. O presidente do PT do Paraná, Dr. Rosinha, e representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) se reuniram com a Segurança Pública do Paraná pedindo reforço no policiamento. Após encontro, o presidente do PT do Paraná disse que policiamento irá aumentar. A expectativa é que pelo menos vinte mil pessoas se reúnam no local na próxima terça-feira para comemoração do feriado de 1º de Maio, dia do Trabalho. [haverá uma festa e a presença do público é normal; mas os pró Lula não atingirão sequer dois mil militontos.
o PT como é habitual vai catalogar até os que estiverem passando na região como pró Lula, mas é fácil descobrir a farsa.]

 Esta é a segunda vez que apoiadores do ex-presidente são atacados a tiros. Na primeira, no último dia 27 de março, também no Paraná, um dos ônibus da caravana que o ex-presidente fazia pelo Sul do país foi alvo de de disparos de arma de fogo. ninguém ficou ferido. Os tiros acertaram o veículo em que estavam os jornalistas, mas o ônibus em que o ex-presidente viajava não foi atingido. [perícia policial comprovou que os tiros foram disparados com os ônibus parados, com utilização de arma curta e a queima roupa - prova irrefutável de que os disparos foram efetuados por integrantes da caravana do fracasso.]
 
Ataque a petistas não é aceitável na democracia. Num momento em que o país vive crises múltiplas, sendo a moral a geradora das demais, a radicalização do debate político chega ao limite quando grupos rivais são atacados a bala, como aconteceu no acampamento dos militantes petistas em Curitiba. [quanto ao ataque de agora NÃO HÁ A MENOR PROVA que não tenha sido também armação do PT - quanto a ter ferido militontos, devemos ter em mente que a esquerda nos tempos do Governo Militar, executava 'companheiros', nos chamados atos de JUSTIÇAMENTO.
Os petistas perderam, Dilma foi deposta e não levou ninguém às ruas; Lula está preso, novas condenações virão e apenas algumas centenas de fanáticos foram as ruas protestar.] 
 
Não é aceitável numa democracia que o debate de ideias chegue a tal radicalização e que a disputa partidária se transforme em guerra aberta, distorcendo a visão de Clausewitz de que a guerra é a continuação da política por outros meios. O que aconteceu em Curitiba precisa ter uma resposta rápida e eficiente das autoridades, mesmo que os militantes acampados em frente à Polícia Federal sejam típicos representantes do mote “nós contra eles” ressuscitado pelo ex-presidente Lula em seu discurso no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, momentos antes de ser preso.

A radicalização da política, à esquerda e à direita, não é aceitável numa democracia, e é preciso que os líderes partidários entendam que não podem esticar a corda até onde o Estado de Direito não aguentar.  A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman, não é a líder que o momento exige. Ao contrário, estimula o radicalismo com seus vídeos absurdos, pedindo apoio a países ditatoriais que têm suas prisões cheias de presos políticos quando considera Lula um preso político numa democracia.

Agora mesmo, acusou irresponsavelmente o juiz Sergio Moro e os meios de comunicação, especialmente o Grupo Globo, de serem culpados pelos atentados. Considerar que quanto pior melhor é o lema desses radicais da direita e da esquerda, que agora se enfrentam nas ruas do país quando deveriam se enfrentar nas urnas de outubro.
A campanha presidencial deste ano, se não formos sensatos como sociedade, será a mais radicalizada desde 1989, quando milícias esquerdistas e seguidores de Collor de Mello se enfrentavam nos comícios, e não através dos discursos.

Os ataques ao acampamento de Curitiba e, anteriormente, ao ônibus da caravana de Lula, são a contrapartida de uma direita insana aos ataques que o MST e o MTST espalham pelo país, com invasões de prédios públicos e propriedades privadas, e até mesmo o ataque ao edifício em Belo Horizonte onde mora a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármem Lúcia.  É inaceitável em uma democracia que esse tipo de enfrentamento sirva como a linguagem da política partidária. Na terça-feira, comemorasse o Dia do Trabalho, que tem sido um momento de confraternização nos últimos anos, e não pode se transformar em uma oportunidade para novos confrontos ou provocações.

O ex-presidente Lula aprendeu, em 2002, que só chegaria ao Palácio do Planalto se ampliasse seu eleitorado, e a radicalização com que o PT responde à prisão de seu grande líder coloca o partido num nicho militância radical que se afasta do centro, deixando o partido em um isolamento que nem mesmo a esquerda democrática deseja.  O slogan eleição sem Lula é fraude não mobiliza a população nem atrai os aliados petistas, que gostariam de uma definição do maior partido da esquerda para começar a enfrentar uma campanha que será das mais difíceis dos últimos tempos. Não será com a radicalização à direita e à esquerda que seus representantes chegarão ao Palácio do Planalto.

Merval Pereira - O Globo