Dirigentes do PT que consideram que a hipótese de impeachment de Dilma Rousseff ser votada pelo Congresso já não pode mais ser afastada mantêm confiança em uma barreira final: STF
O STF (Supremo Tribunal Federal). Eles consideram que o impedimento da
presidente é juridicamente insustentável e que a tramitação do processo poderia
ser suspensa pela corte.
Dilma busca apoio para barrar impeachment; Planalto conta com o apoio de apenas 200 deputados
Principais razões para o impeachment de Dilma:
As pedaladas nas contas públicasAbuso do poder econômico
Dinheiro ilícito na campanha
CRISE DE GOVERNABILIDADE
Assine petição em: Movimento Pró-impeachment
http://www.proimpeachment.com.br./
Bomba-relógio – O Palácio do Planalto passou os últimos dias contando os
votos que tem no Congresso Nacional para tentar barrar a tramitação de
um possível processo de impeachment de Dilma Rousseff,
mas a situação piora com o passar do tempo, especialmente porque o
“pacote de maldades” do governo é uma obra de ficção da pior qualidade.
Agora, a maior preocupação dos palacianos é com a deterioração do
relacionamento com o vice-presidente Michel Temer, que comanda o PMDB, e
com a bancada do partido no Parlamento.
O encontro foi para pedir apoio às medidas de austeridade fiscal, com corte de R$ 26 bilhões (aqui está a ficção), congelamento de salários do funcionalismo e reedição da CPMF. Na ocasião, o governo tentou passar a imagem de que está reagindo à crise. Porém, a petista aguarda o respaldo dos governadores contra a tentativa de derrubá-la.
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o assessor especial da Presidência, Giles Azevedo, têm mantido conversas reservadas com deputados, senadores, empresários, governadores e também advogados, mas o cenário continua desanimador para a chefe do Executivo federal. Antes do anúncio da nova tesourada no Orçamento, na segunda-feira, Mercadante fez outro mapeamento dos votos com os quais o governo pode contar na Câmara e no Senado.
A situação mais difícil é na Câmara dos Deputados, onde o governo tem perto de 200 dos 513 votos, muito pouco diante do mínimo necessário para frear eventual pedido de afastamento de Dilma. De acordo com o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o lobista de empreiteira, e da cúpula do PT, Dilma perdeu sua base social ao endurecer o ajuste fiscal e corre o risco de ter o mandato encurtado.
O roteiro discutido por deputados de oposição (PSDB, Democratas,
Solidariedade e PPS) e por dissidentes da base aliada, entre os quais o
PMDB, prevê que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, rejeitará
qualquer pedido de impeachment. Depois disso, porém, um deputado deverá
apresentar recurso ao plenário da Casa. A votação, neste caso, é por
maioria simples. O governo não tem, até agora, nem mesmo esse apoio.
Michel Temer está em Moscou com cinco ministros do PMDB. Na terça-feira (15), Kátia Abreu (PMDB), titular da Agricultura, e Jaques Wagner (PT), da Defesa, deveriam se juntar à comitiva oficial, mas a presidente pediu para que eles ficassem no Brasil, visto que ambos precisam ajudar o governo a aprovar, no Congresso, o pacote que prevê corte de gastos e a reedição da malfadada CPMF.
A assessoria de Kátia Abreu, que em 2007 foi relatora do projeto que extinguiu a CPMF, informou que a ministra torceu o pé. Contudo, em conversas reservadas, auxiliares de Dilma admitiram não ser conveniente que ministros mais próximos da presidente integrassem uma viagem “do PMDB”.
A grande questão que atormenta os brasileiros de bem é saber quando se dará a queda de Dilma Rousseff, que perdeu todas as condições para permanecer no comando do País. A petista tornou-se refém de uma crise múltipla (econômica, institucional, política, ética e de competência), mas insiste em não deixar o poder, possivelmente porque seu temperamento não permite atos de coragem como esse ou, então, porque o Partido dos Trabalhadores exige sua permanência como forma de a legenda não desaparecer de vez do complexo cenário político nacional.
O movimento suprapartidário pelo impeachment da presidente Dilma, lançado na última semana no Congresso Nacional sob a liderança de partidos de oposição, continua com forte adesão popular. Até a noite de terça-feira, mais de 911 mil pessoas já haviam assinado a petição eletrônica que solicita o encerramento do mandato da presidente da República.
A petição está disponível no site www.proimpeachment.com.br.