Famílias fazem o caminho de volta à pobreza, devido aos erros de política econômica do lulopetismo, que se vangloriava de ter criado uma ‘nova classe média’
O PT soube usar de forma competente como propaganda
político-eleitoral os avanços sociais que, na verdade, vinham desde a
estabilização da economia, com o lançamento do Plano Real, em 1994, no
governo Itamar, e implementado nos oito anos de poder dos tucanos, com o
ministro da Fazenda responsável pelo plano, Fernando Henrique Cardoso,
na Presidência da República.
Como já ocorrera por um curto momento no Cruzado, a derrubada da inflação, por si só, provocou um salto no poder de compra em especial da grande massa da população, sempre a mais prejudicada na subida dos preços. Com o PT, programas sociais lançados na era FH ficaram mais robustos — embora menos focados —, foram ampliados, e ainda houve, com apoio lulopetista, a indexação de benefícios sociais e previdenciários pelo salário mínimo.
Como já ocorrera por um curto momento no Cruzado, a derrubada da inflação, por si só, provocou um salto no poder de compra em especial da grande massa da população, sempre a mais prejudicada na subida dos preços. Com o PT, programas sociais lançados na era FH ficaram mais robustos — embora menos focados —, foram ampliados, e ainda houve, com apoio lulopetista, a indexação de benefícios sociais e previdenciários pelo salário mínimo.
Este, com aumentos bem acima da inflação, ampliou o crescimento de
renda nas famílias de estrato social mais baixo — embora tenha dado
contribuição fundamental à tendência de quebra do Tesouro, contra a qual
o governo tenta aprovar a PEC do teto. Em mais uma ironia da História, porém, o mesmo lulopetismo que
robusteceu programas sociais e se vangloriou de ter criado uma “nova
classe média” patrocinou a derrocada desses “ex-pobres”, com a política
irresponsável de crescimento lastreado em enorme desequilíbrio fiscal.
E assim, como esquadrinhou estudo da Tendências Consultoria Integrada, divulgado pelo GLOBO no domingo passado, os 3,3 milhões de brasileiros que, de 2006 a 2012, subiram das classes D e E para a C fazem o caminho de volta desde 2014, e com muitos outros mais.
Não seria outro o resultado da combinação de inflação com enorme
queda na produção de bens e serviços. Tudo começa com a imperícia de
Dilma, ao decidir cortar os juros na marra, de meados de 2011 a outubro
de 2012. Não havia condições técnicas para a decisão — pois os gastos
primários cresciam acima da inflação e da evolução do PIB —, e por isso a
inflação mudou de patamar, fixando-se na fronteira do teto da meta, de
6,5%. Depois, desgarrou e foi para dois dígitos.
Mas reza a fé dos desenvolvimentistas que um pouco de inflação é o preço a pagar para um crescimento mais rápido. Balela, como se viu. O desarranjo fiscal, em meio a manobras contábeis que levaram ao impeachment da presidente, destruiu a credibilidade do país, levou ao corte de investimentos e à aceleração do desaquecimento, convertido em dois anos de séria recessão (2015 e este ano). Os 12 milhões de desempregados — por enquanto, pois serão mais — denunciam o tamanho dos erros cometidos pelo lulopetismo.
O estudo projeta que, até 2025, mais 1 milhão de famílias farão o mesmo percurso do empobrecimento. Há estimativas de que o país poderá voltar a crescer em 2017. Porém, será necessário muito tempo para cicatrizar essas feridas sociais.
E assim, como esquadrinhou estudo da Tendências Consultoria Integrada, divulgado pelo GLOBO no domingo passado, os 3,3 milhões de brasileiros que, de 2006 a 2012, subiram das classes D e E para a C fazem o caminho de volta desde 2014, e com muitos outros mais.
Mas reza a fé dos desenvolvimentistas que um pouco de inflação é o preço a pagar para um crescimento mais rápido. Balela, como se viu. O desarranjo fiscal, em meio a manobras contábeis que levaram ao impeachment da presidente, destruiu a credibilidade do país, levou ao corte de investimentos e à aceleração do desaquecimento, convertido em dois anos de séria recessão (2015 e este ano). Os 12 milhões de desempregados — por enquanto, pois serão mais — denunciam o tamanho dos erros cometidos pelo lulopetismo.
O estudo projeta que, até 2025, mais 1 milhão de famílias farão o mesmo percurso do empobrecimento. Há estimativas de que o país poderá voltar a crescer em 2017. Porém, será necessário muito tempo para cicatrizar essas feridas sociais.
Fonte: Editorial - O Globo