Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador nova Classe média. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador nova Classe média. Mostrar todas as postagens

domingo, 16 de outubro de 2016

Crise é responsável por enorme retrocesso social - Classe MÉDIA FANTASMA = a nova classe média que Lula diz ter criado

Famílias fazem o caminho de volta à pobreza, devido aos erros de política econômica do lulopetismo, que se vangloriava de ter criado uma ‘nova classe média’

O PT soube usar de forma competente como propaganda político-eleitoral os avanços sociais que, na verdade, vinham desde a estabilização da economia, com o lançamento do Plano Real, em 1994, no governo Itamar, e implementado nos oito anos de poder dos tucanos, com o ministro da Fazenda responsável pelo plano, Fernando Henrique Cardoso, na Presidência da República.

Como já ocorrera por um curto momento no Cruzado, a derrubada da inflação, por si só, provocou um salto no poder de compra em especial da grande massa da população, sempre a mais prejudicada na subida dos preços. Com o PT, programas sociais lançados na era FH ficaram mais robustos embora menos focados —, foram ampliados, e ainda houve, com apoio lulopetista, a indexação de benefícios sociais e previdenciários pelo salário mínimo. 

Este, com aumentos bem acima da inflação, ampliou o crescimento de renda nas famílias de estrato social mais baixo — embora tenha dado contribuição fundamental à tendência de quebra do Tesouro, contra a qual o governo tenta aprovar a PEC do teto. Em mais uma ironia da História, porém, o mesmo lulopetismo que robusteceu programas sociais e se vangloriou de ter criado uma “nova classe média” patrocinou a derrocada desses “ex-pobres”, com a política irresponsável de crescimento lastreado em enorme desequilíbrio fiscal.

E assim, como esquadrinhou estudo da Tendências Consultoria Integrada, divulgado pelo GLOBO no domingo passado, os 3,3 milhões de brasileiros que, de 2006 a 2012, subiram das classes D e E para a C fazem o caminho de volta desde 2014, e com muitos outros mais.

Não seria outro o resultado da combinação de inflação com enorme queda na produção de bens e serviços. Tudo começa com a imperícia de Dilma, ao decidir cortar os juros na marra, de meados de 2011 a outubro de 2012. Não havia condições técnicas para a decisão — pois os gastos primários cresciam acima da inflação e da evolução do PIB —, e por isso a inflação mudou de patamar, fixando-se na fronteira do teto da meta, de 6,5%. Depois, desgarrou e foi para dois dígitos.

Mas reza a fé dos desenvolvimentistas que um pouco de inflação é o preço a pagar para um crescimento mais rápido. Balela, como se viu. O desarranjo fiscal, em meio a manobras contábeis que levaram ao impeachment da presidente, destruiu a credibilidade do país, levou ao corte de investimentos e à aceleração do desaquecimento, convertido em dois anos de séria recessão (2015 e este ano). Os 12 milhões de desempregados por enquanto, pois serão mais denunciam o tamanho dos erros cometidos pelo lulopetismo.

O estudo projeta que, até 2025, mais 1 milhão de famílias farão o mesmo percurso do empobrecimento. Há estimativas de que o país poderá voltar a crescer em 2017. Porém, será necessário muito tempo para cicatrizar essas feridas sociais.
Fonte: Editorial - O Globo