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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

O novo departamento de propaganda do PT - Revista Oeste

Edilson Salgueiro

Como Lula transformou a Rede Globo, maior emissora do país, em um ‘puxadinho’ do PT

Aparições de Janja em programas e artigos do Grupo Globo | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução
Aparições de Janja em programas e artigos do Grupo Globo | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução

Historicamente chamada de “golpista” por militantes, intelectuais e políticos petistas, a Rede Globo está disposta a deixar essa marca no passado. Não sem motivo. A maior emissora do país, outrora irrigada com pomposa verba publicitária estatal, sofreu períodos de abstinência nos últimos anos. Vale tudo para encher novamente os cofres. Até mesmo transformar-se numa espécie de departamento de propaganda não-oficial do “lulopetismo”.

A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, é o símbolo da conversão do plim-plim. A mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi uma das convidadas especiais do programa Altas Horas, que, no sábado 7, homenageou o cantor Milton Nascimento. As câmeras da emissora buscavam Janja em praticamente todos os momentos. A cada música, um close-up. Ao fim do programa, o apresentador Serginho Groisman direcionou sua fala à primeira-dama. “Sei que teremos, a partir de agora, mais luz e mais esperança em nosso país”, afirmou.

É a terceira grande aparição de Janja na Globo desde as eleições. Em novembro, a primeira-dama concedeu uma entrevista às jornalistas Maju Coutinho e Poliana Abritta, no Fantástico. Na ocasião, disse que gostaria de “ressignificar o conteúdo do que é ser primeira-dama”. Acabou sendo escalada para organizar a cerimônia de posse do presidente eleito.

Janja voltou à emissora em 5 de janeiro. O motivo? Denunciar os supostos danos causados ao Palácio da Alvorada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Na GloboNews, a socióloga se queixou dos tapetes velhos, sofás rasgados e de infiltração nas paredes e janelas quebradas.

Para dar credibilidade às críticas de Janja, a TV mobilizou sua equipe de edição de arte. Os profissionais criaram um “antes” e “depois” do Alvorada. Quem passou pelo canal “zapeando” estranhou e, por alguns instantes, achou que caíra num programa da GNT ou da Discovery H&H, com dicas de reforma de casas. Na Globo, o “antes” mostrou imagens sem brilho nem iluminação, e o “depois” ressaltou justamente… O brilho e a iluminação. O caso virou meme.

Michelle Bolsonaro alegou que o Alvorada se manteve preservado no mandato anterior, especialmente por se tratar de um patrimônio público. A ex-primeira-dama também criticou os gastos relacionados à reforma do edifício durante o governo Lula, em 2006. A obra custou R$ 18 milhões e foi financiada por 20 empresários ligados à Associação Brasileira de Indústria de Base (Abdib). “Prezando sempre o respeito pelo contribuinte, trouxemos nossos móveis do Rio de Janeiro e reutilizamos as panelas, os talheres, os copos, as toalhas e os lençóis que já pertenciam à residência presidencial”, escreveu Michelle.

A entrevista da atual primeira-dama à revista Vogue, do Grupo Globo, foi ao ar em 6 de janeiro — apenas um dia depois da “vistoria” do Alvorada. Seria a terceira tentativa de promover a imagem da petista. “Sou deste jeito: muito expansiva”, salientou. “Converso, canto, danço sozinha em casa. Não vou ser diferente porque tenho de ser a mulher ‘certinha’ do presidente da República. Tenho uma história de vida que me dá condições para discutir algumas coisas.”

‘Não deve nada à Justiça’
Mas não é apenas de Janja que vive a Globo. Lula também abastece a nova máquina de propaganda do Projac. Ainda durante as eleições presidenciais, o petista recebeu as bênçãos dos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos. “O senhor não deve mais nada à Justiça”, disse o âncora ao então candidato à Presidência, durante entrevista no Jornal Nacional. Renata assentiu com a cabeça e mostrou-se afável ao sabatinado. “Bonner e Renata ouviram com o coração em descompasso os ataques a Bolsonaro, e contemplaram com cara de paisagem as críticas a Lula”, observou  o colunista Augusto Nunes, em artigo publicado na Edição 127 da Revista Oeste. “A dupla do Jornal Nacional fez o que pôde para confirmar que o estúdio da Globo virou comitê eleitoral, promovida a palanque de Lula ao longo da sabatina de araque. O que se viu foi um comício da alma viva mais pura do planeta, como garante o ex-presidiário tão orgulhoso do alentado prontuário policial que se refere a si próprio na terceira pessoa do singular.”

Nunes acrescenta que Bonner “fingiu ignorar que Lula está em liberdade não por ter sido inocentado, mas pela chicana parida pelo ministro Edson Fachin e avalizada pela maioria do Supremo Tribunal Federal”. “Ao inventar a Lei do CEP, que transferiu para Brasília os processos que envolveram o ex-metalúrgico que enriqueceu sem emprego fixo, o rábula de toga sentenciou à morte por prescrição de prazo decisões de nove juízes de três instâncias que condenaram Lula a uma longa temporada na cadeia pelas negociatas expostas nos casos do triplex do Guarujá e do sítio em Atibaia. Na sabatina, o termo Mensalão foi mencionado uma única vez. Petrolão, nenhuma”, afirmou.

A sabatina com Bolsonaro teve um desfecho diferente. Bonner abriu a entrevista com uma pergunta que consumiu 110 palavras, por exemplo. Com 212, lembrou o site Poder360, Abraham Lincoln produziu o Discurso de Gettysburg uma das maravilhas da retórica universal. Em razão do palavrório do âncora, o então candidato à reeleição brincou: disse ter ficado feliz de ter testemunhado o “Pronunciamento à Nação de William Bonner”
Os jornalistas falaram durante 40% do tempo destinado à sabatina de 40 minutos.
 
‘Nuvens bonitas’
Os afagos entre Globo e Lula se acentuaram depois das eleições. Na transmissão da cerimônia de posse, por exemplo, enquanto o petista se aproximava do Congresso Nacional para ser empossado na Câmara dos Deputados, Bonner celebrou a paisagem que se formava atrás do presidente. “São imagens muito bonitas”, ressaltou o âncora do Jornal Nacional. “Bonitas também porque estão coroando o processo democrático de uma eleição. São imagens para a História. Até as nuvens de Brasília parece que ficaram mais bonitas hoje, para que o quadro tivesse essas cores.”

Bonner continuou o discurso. “É um clima muito tranquilo em Brasília, muito diferente do que o noticiário pós-eleição pudesse sugerir”, considerou.

Propaganda cinematográfica
Mas a história não termina aí. Na mesma semana em que Lula vestiu a faixa presidencial, a GloboNews exibiu o documentário Visita, Presidente. Trata-se de um registro dos 580 dias em que o petista ficou preso na Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba. A produção mostra como o período de cárcere dialoga com aquele que promete ser o governo petista.

“São imagens muito bonitas”, ressaltou o âncora do Jornal Nacional. “Bonitas também porque estão coroando o processo democrático de uma eleição. São imagens para a História. Até as nuvens de Brasília parece que ficaram mais bonitas hoje, para que o quadro tivesse essas cores”

“O documentário é resultado de um trabalho intenso de apuração que realizei em busca da história daqueles dias na prisão e de como isso nos ajuda a entender o presente”, explicou Julia, roteirista do longa-metragem. “A rotina, as visitas, as articulações políticas nesses 580 dias transformaram Lula no 39º presidente do Brasil. O petista não chega ao Palácio do Planalto sozinho; leva consigo as testemunhas que acompanharam de perto aquilo não pudemos ver.”

Cena do documentário Visita, Presidente, produzido pela jornalista 
Julia Dualibi | Foto: Reprodução

No filme, há depoimentos inéditos da primeira-dama, Janja; do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; do fotógrafo oficial de Lula, Ricardo Stuckert; e de outros personagens que visitaram o atual presidente na cadeia. O título do documentário faz referência aos anúncios feitos pelos carcereiros ao petista, quando suas visitas chegavam à prisão: Visita, Presidente.

Para alavancar as visualizações, o plim-plim liberou gratuitamente o documentário. Em princípio, o longa-metragem era acessível apenas aos assinantes do streaming Globoplay e dos Canais Globo.

A Era da Grande Mentira
Como diz J.R. Guzzo, em artigo publicado na Edição 146 da Revista Oeste, “a posse de Lula é provavelmente a tentativa mais flagrante de uso da mentira como política de Estado que o Brasil já viu em sua história”. “Nada do que foi dito ou apresentado ao público em 1º de janeiro tem algum contato com qualquer coisa que se possa chamar de verdade”, observou o colunista. Na nova religião oficial do Brasil, Lula não é um político que foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em três instâncias e por nove juízes diferentes; também não passou 20 meses trancado numa cela de cadeia. É como se tudo o que aconteceu não tivesse acontecido.”
 
O presidente da República pensa que a realidade do Brasil é o que aparece nos blogs “progressistas”, no noticiário da imprensa militante e na programação da Rede Globo. Para Lula, a realidade consiste no mundo encantado de Janja, nos afagos de William Bonner e em produções cinematográficas que enfatizem suas próprias qualidades. 
E o departamento de propaganda não oficial dos petistas está trabalhando arduamente para alimentar esses devaneios. 
Como se ninguém estivesse vendo.
Capa da Revista Oeste, edição 146. Luiz Inácio Lula da Silva, 
durante cerimônia, no Palácio do Planalto - 
 Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Leia também “Operação Lava Passado”

e

O ato falho de um deputado petista

Alencar Santana disse que o Brasil precisa de ‘ditadura sempre’

 Edilson Salgueiro, colunista - Revista Oeste

 

sábado, 12 de novembro de 2022

Esse veneno tem de sair - Gazeta do Povo

Vozes - Guilherme de Carvalho

Novo governo

O que devemos desejar para o governo Lula? A raiva contra as hipocrisias e agendas tortas da esquerda, se deixada solta e sem supervisão, nos fará desejar o pior, inevitavelmente. Que seja um governo desastroso, incompetente, detestável, para que todos vejam que o lulopetismo não merece nenhuma confiança.

A pequena dificuldade, implicada nesses sonhos para alguns inconfessáveis, mas declarados por outros tantos, é que a derrocada mais completa da gestão Lula só poderia significar a derrocada nacional, com crise financeira, aumento da pobreza, piora na criminalidade e na segurança pública, e por aí vai. E o fato é que não podemos desejar essas coisas para Lula sem desejá-las, por consequência lógica, a toda a comunidade brasileira.

Lula nem assumiu o posto e já deu aos liberaisconsiderando a convulsão financeira internacional e o bom desempenho do Brasil, e conservadores motivo de zombarias considerando a convulsão financeira internacional e o bom desempenho do Brasil, falar num “tal” de ajuste fiscal é passar mais um atestado de irresponsabilidade econômica, pois sem esse “tal” de ajuste fiscal estamos lascados – e nem eu lhes recusaria esse direito. Mas, então, a linha tênue: apostar no desastre econômico a ponto de desejá-lo nos colocaria em um lugar moral muito parecido com o daqueles setores radicais da esquerda, que almejam canhões e ruínas. [somos, com orgulho da EXTREMA DIREITA, no sentido exato da expressão; também somos moderados, mas diante do que o pt = perda total fez com o Brasil, conosco e com nosso presidente, temos que ser radicais e tudo que se referir à economia e for proposto este ano no interesse do eleito e da esquerda maldita, temos que ser contra. 

Aprovar PEC, seja da transição ou da pqp... , nem pensar, e o eleito tomando posse tudo que pretender deve ser negado e o pouco que receber custará caro.]
A derrocada mais completa da gestão Lula só poderia significar a derrocada nacional, com crise financeira, aumento da pobreza, piora na criminalidade. Não podemos desejar essas coisas para Lula sem desejá-las, por consequência lógica, a toda a comunidade brasileira [o eleito é mais fraco que o povo brasileiro - o povo pode cair mas se ergue, já ele...]

(...)


Isso não significa desistir da oposição, nem que o ridículo não deva ser ridicularizado, nem que os desmandos não devam ser denunciados, nem que o erro não deva ser acusado, nem que a perversão não deva ser odiada; pelo contrário, como Lucas Berlanza escreveu em uma de suas mídias, noutro dia desses, a direita deve dar ao lulopetismo e ao governo a mais infernal oposição.
 Veja Também:

  Se Deus falou nas urnas, é preciso entender o que Ele disse

 A ilha progressista e o oceano conservador

Aceito-o como metáfora, se falamos do inferno como símbolo da ira divina contra o mal. Infernal contra o ridículo, o desmando, o erro e o mal. Oposição contra a interferência nas liberdades civis fundamentais, no direito das famílias, na liberdade econômica, no combate à criminalidade, no aparelhamento da máquina e na construção da hegemonia sobre a sociedade civil. Oposição infernal contra as manipulações da esquerda cosmopolita.

(...)

Mas que passos dar, objetivamente? Enquanto não sabemos o que fazer e como dizer, ou sabemos, mas não temos poder para tanto (e esse é o caso da maioria dos cidadãos), há algo que todo cristão pode fazer, muito mais útil do que vomitar indignações em mídias sociais: orar por Lula e pelo novo governo. Se Jesus nos ordenou o amor aos inimigos, orar pelos oponentes políticos não pode ser tão difícil assim. Na oração começamos a espremer a peçonha do ódio para fora da alma; e precisamos fazê-lo. Para o bem de todos nós, esse veneno tem de sair.[tanto o veneno que a esquerda transmite, contaminando os bons,  quanto o veneno que cada esquerdista representa.]

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

Guilherme de Carvalho, colunista - Gazeta do Povo - VOZES    

 

terça-feira, 9 de março de 2021

A macabra proeza de Bolsonaro [abre caminho para o retorno de Lula???] - O Estado de S. Paulo

Notas & Informações

Bolsonaro está conseguindo fazer o que parecia impossível. Ao ignorar suas responsabilidades, está abrindo caminho para o retorno político de Lula

[lembrete: aquela candidata da "rede" e aquele "cearense" de Pindamonhangaba, sempre retornam  e participam de cada eleição presidencial = escalados para perder... e perdem.]

Jair Bolsonaro está conseguindo fazer o que parecia impossível. Ao ignorar suas responsabilidades e debochar continuamente dos problemas do País e da saúde dos brasileiros, está abrindo caminho para o retorno político do sr. Luiz Inácio Lula da Silva, seja por meio de algum preposto, seja pessoalmente, agora que o ministro Edson Fachin anulou todas as condenações do demiurgo de Garanhuns – e na hipótese de que o Supremo mantenha essa nefasta sentença. Bolsonaro, por palavras e omissões, ajudou a recriar o monstrengo que já atormentou em demasia este país. [Presidente Bolsonaro: óbvio que o Estadão nesta matéria aproveita para apontar o senhor como responsável por muitas mazelas - acusação altamente discutível. Mas, infelizmente, ao acusá-lo de participação na recriação do monstrengo petista, está proferindo uma  verdade das verdadeiras.
Só resta ao senhor cuidar para sepultar politicamente o monstrengo nas eleições de 2022 - tratando-o como a jararaca que ele disse ser. Lembra?]

O assunto é da maior gravidade, pois traz de volta ao cenário político um grande perigo para o País. Aquele que foi eleito por ser o mais antipetista dos candidatos não apenas descumpre suas promessas de campanha, como está produzindo a perfeita antítese das expectativas do seu eleitorado: o ressurgimento do fantasma do lulopetismo.Não se trata de mera hipótese ou recurso retórico. Recente pesquisa de opinião feita pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) constatou que, nas atuais circunstâncias, o líder político com maior potencial de voto é o sr. Luiz Inácio Lula da Silva. Nada mais nada menos que metade dos entrevistados revelou a possibilidade de votar em Lula.

É desolador constatar que o mais famoso ficha-suja do País, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, voltou a ser, para metade do eleitorado, uma opção possível de voto. Tal resultado não se refere obviamente a nenhum mérito do sr. Luiz Inácio Lula da Silva, que, como se sabe, tem nos últimos tempos se dedicado especialmente às suas pendências com a Justiça penal.

A pesquisa revela o que o governo de Jair Bolsonaro tem sido capaz de despertar no ânimo dos brasileiros. Tal é o descalabro da atual administração federal que metade da população já não vê como impossível votar naquele cujo governo produziu os maiores escândalos de corrupção da história do País. Pode parecer ironia, mas Jair Bolsonaro está fazendo com que parte considerável da população se esqueça dos males e prejuízos causados pelo mensalão e petrolão e já não exclua do horizonte o voto em Lula – ou no seu preposto. Aquele que prometeu eliminar o lulopetismo é quem está agora lhe dando uma inesperada e perigosa sobrevida.[calma... o que está impedindo a consolidação, com preferência bem acima dos 50%, do presidente Bolsonaro é a pandemia - peste maldita e cujos efeitos são por sí só sinistros, diabólicos, apavorantes, devastadores, ainda mais que são maximizados pela midia militante. O fim da pandemia, que, gostem ou não está próximo, retirará essa nuvem sombria que tanto tem atrapalhado o governo do capitão.] 

Há quem pense que, por estar inelegível em razão da condenação criminal, o sr. Luiz Inácio Lula da Silva não representaria perigo ao País. Não seria, assim, preciso preocupar-se com o líder petista. Nada mais distante da realidade. Mesmo quando esteve impedido de se eleger, Lula foi capaz de produzir sérios estragos por meio de seus testas de ferro. Basta pensar no governo de Dilma Rousseff e nas eleições de 2018. Fernando Haddad chegou ao segundo turno por obra e graça daquele que, na ocasião, estava na carceragem da Polícia Federal de Curitiba.

Não há como amenizar a gravidade da situação criada pelo presidente Jair Bolsonaro. É um tremendo retrocesso para o País o fato de que parcela relevante da população, estupefata com os contínuos desastres produzidos pelo atual governo federal, volte a considerar o PT como um voto possível. É como se o despautério do tempo presente levasse a esquecer ou, ao menos, a relevar o aparelhamento político-ideológico da máquina estatal, os desvios da Petrobrás, a interferência na autonomia do Congresso, a omissão nas reformas, o abuso do poder político, os privilégios às corporações.

Em 2018, muitos eleitores votaram em Jair Bolsonaro convictos de que era a melhor opção para o País. 
Outros deram o seu voto ao ex-capitão do Exército pensando que era o único jeito de derrotar o sr. Luiz Inácio Lula da Silva. 
Sabiam que, apesar de constar na cédula o nome de Fernando Haddad, o verdadeiro candidato do PT quem iria de fato mandar caso a chapa fosse eleita – era Lula. Agora, há uma situação inteiramente inversa. Em vez de ser o ex-prefeito petista de São Paulo, é o próprio Bolsonaro que faz Lula sonhar em ter viabilidade política.

A situação esdrúxula expõe um novo engano. Quem continua apoiando Jair Bolsonaro achando que, assim, ao menos impede um mal maior – a volta do PT ao poder – pode, na verdade, estar contribuindo exatamente para aquilo que tanto rejeita. Não se vence a irresponsabilidade petista com outra irresponsabilidade.[alerta: destruiremos o 'perda total', e sepultaremos politicamente o criminoso petista,  mas para isso temos que ser sempre e sempre mais BOLSONARO.]

Notas & Informações  - Opinião - O Estado de S. Paulo


segunda-feira, 30 de setembro de 2019

O (velho) jogo de Lula ao recusar o regime semiaberto - Carlos Andreazza



O Globo

Lulopetismo versus lavajatismo

Era previsível e aí está: o drama da progressão de regime de Lula. Oh! Mais uma etapa de um processo judicial que foi de todo politizado por gestão do ex-presidente, e com notável colaboração de policiais, procuradores e juízes.  Ora, o sujeito cumpriu um sexto da pena e, diz-se, com bom comportamento. Tem direito a regime semiaberto, goste-se ou não dele. Não se trata de impunidade. É o que determina a lei. Não um privilégio. Serve a qualquer um. Não foi um ajuste legal para beneficiá-lo. Mas então temos os procuradores da Lava-Jato em Curitiba, em massa, assinando pedido pela progressão; isso repercutindo – graças à forma artística como plantam notícias com viés – como se fosse um ato surpreendente e generoso da parte deles, e não um movimento político calculado. É ridículo.

O Ministério Público é obrigado a zelar pelo direito do condenado. Não faz mais que a obrigação. Ponto final. A execução da progressão de regime, porém, não depende de gesto do MP. É ato judicial exclusivo e independente. O juiz pode determinar a progressão de regime, aliás, mesmo que a defesa do preso não queira, por exemplo. A de Lula parece não querer. É a velha estratégia lulopetista desenhada pelo ex-presidente desde o momento em que teve a prisão decretada: a de esticar a corda ao máximo e fixar o sistema judicial como adversário no tabuleiro eleitoral. Tudo também previsível. A mesma tática, registre-se, que colocou Haddad no segundo turno em 2018.

Lula tem sua existência pública hoje associada – falando para fatia restrita da sociedade – à condição de preso político. A limitação é evidente, a mesma que mantém o PT preso a um preso. Mas é como ele, Lula, cultiva sua terra na polarização brasileira; propriedade contra a qual – segundo avaliaa progressão de regime avançaria. Lula quer Moro – a decisão do então juiz Moro sob suspeição, e que a condenação contra si seja anulada. Considera que a progressão de regime enfraqueceria seu pleito. É o jogo que joga, e, sob sua lógica, faz sentido.

Os procuradores da Lava-Jato concordam (talvez porque joguem o mesmo jogo), daí por que peçam, quase como um partido, a progressão de regime do ex-presidente. Querem enfraquecer o movimento pela suspeição de Moro e limitar os riscos de condenações anuladas no corpo da operação Lava-Jato, e pensam que um Lula em casa seria um Lula menos vítima e, portanto, menos “preso político”. Também faz sentido. Aqui, afinal, todo mundo – de novo – politiza, para fins partidários, o que é questão meramente formal; inclusive o Ministério Público. Não tem como dar certo.

Carlos Andreazza, jornalista - Blog em O Globo


sábado, 21 de setembro de 2019

Lula livre - Demétrio Magnoli

Folha de S. Paulo

Não por ele ou pelo PT, mas em defesa de um precioso bem público: o Estado de Direito

[pergunta boba, mas, pertinente: Que 'estado de direito' é este?  que entre as várias coisas que impõe se destaca o respeito irrestrito a Constituição, se para manter tal 'estado' se viola a Constituição que determina que prova ilícitas não serão anexadas ao processo (o que não está no processo não existe no mundo.

Provas que também não foram devidamente periciadas para confirmação de sua autenticidade.]

O STF examinará, logo mais, as condenações impostas a Lula. Hoje sabemos, graças à Vaza Jato, que os processos tinham cartas marcadas. O conluio entre Estado-julgador e Estado-acusador violou as leis que regulam o funcionamento do sistema de Justiça. A corte suprema tem o dever de preservar o Estado de Direito, declarando a nulidade dos julgamentos e colocando o ex-presidente em liberdade.
Lula livre. Evito adicionar o clássico ponto de exclamação porque, sob a minha ótica, Lula é politicamente responsável pela orgia de corrupção que se desenrolou na Petrobras.

A corrupção lulopetista nasce de uma tese política elaborada, em versões paralelas, por José Dirceu e Luiz Gushiken. O PT, no poder, deveria modernizar o capitalismo brasileiro, encampando o programa que uma “burguesia nacional” submissa ao “imperialismo” recusava-se a conduzir. Lula converteu a tese em estratégia, articulando a aliança entre empresas estatais, fundos de pensão e setores do alto empresariado privado que reativaria nosso capitalismo de Estado. Numa segunda volta do parafuso, parte da renda gerada pelo mecanismo financiaria o projeto de poder, assegurando ao lulopetismo uma maioria parlamentar estável e a hegemonia perene na arena eleitoral.

O mecanismo corrupto provocou uma erosão nos alicerces da democracia. Lula e o PT devem ser julgados por isso, mas no tribunal certo, que é o das urnas. Não creio em bruxas. Do Planalto, Lula avalizou pessoalmente a colonização de diretorias da Petrobras por agentes do PT, do PMDB e do PP que aplicaram as regras do jogo da corrupção, distribuindo contratos ao cartel de empreiteiras e cobrando propinas destinadas tanto a seus amos políticos quanto a formar patrimônios próprios.

A promiscuidade entre o presidente e as empreiteiras estendeu-se para além das fronteiras nacionais, gerando contratos corruptos, financiados pelo BNDES, com governantes amigos na América Latina e na África. Lula beneficiou-se diretamente do mecanismo, por meio de palestras no exterior patrocinadas pelas empreiteiras. Nelas, um ex-presidente que detinha a palavra final no governo da sucessora traficava influência, trocando seus bons ofícios por remunerações milionárias. Segundo minha convicção, o tribunal dos eleitores não cobre toda a responsabilidade de Lula. Acho que ele deve responder perante a lei por uma cadeia de atos de corrupção que lhe propiciaram benefícios políticos e materiais. Mas, felizmente, [sic]  na esfera jurídica, o que eu penso —e o que você, leitor, pensa— não tem valor nenhum. No Estado de Direito democrático, juízes independentes ignoram o “clamor popular”, escrevendo sentenças embasadas na lei e informadas por um processo delimitado por formalidades que protegem os direitos do réu. Fora disso, ingressamos no mundo da Justiça politizada, que é o de Putin, Erdogan e Maduro.

Sergio Moro agiu como juiz de instrução italiano, uma espécie de coordenador dos procuradores —mas no Brasil, onde inexiste essa figura, não na Itália, onde um juiz diferente profere a sentença. Batman e Robin. Moro e Dallagnol, comparsas, esculpiram juntos cada passo do processo, nos tabuleiros judicial e midiático. No Partido dos Procuradores, milita também a juíza Gabriela Hardt, que copiou a sentença de Moro para fabricar a do sítio —e que, num trecho original de sua peça plagiária, trata José Aldemário Pinheiro e Leo Pinheiro, nome e apelido da testemunha-chave, como pessoas distintas.

Batman, Robin e cia merecem sentar no banco dos réus sob a acusação de fraudar o sistema de Justiça. Lula livre, não por ele ou pelo PT, mas em defesa de um precioso bem público, de todos nós, ao qual tantos brasileiros pobres precisam ter acesso: o Estado de Direito. Que o ex-presidente seja processado novamente, segundo os ritos legais, e julgado por magistrados sem partido.

Demétrio Magnoli, sociólogo, artigo publicado na Folha de S. Paulo
 
 

terça-feira, 11 de junho de 2019

As controversas mensagens entre Dallagnol e Moro

Faltam informações sobre contexto e sentido de conversas divulgadas de forma fracionada

A Operação Lava-Jato se notabilizou por descobertas de grande repercussão em torno do esquema montado pelo lulopetismo e empreiteiras, para desviar dinheiro público por meio da Petrobras e de outras empresas públicas. Foi dessa forma que altas autoridades nos governos Lula e Dilma terminaram apanhadas pela força-tarefa. Entre elas, o próprio ex-presidente Lula, preso em Curitiba, por ter sido condenado no processo do tríplex do Guarujá.

Agora, é a Lava-Jato que se torna alvo, com a divulgação pelo site Intercept Brasil de mensagens atribuídas ao ainda juiz Sergio Moro, da Lava-Jato, e ao procurador Deltan Dallagnol, também da força-tarefa. O site sugere que frases dispersas apontam para o conluio entre o magistrado e Dallagnol. A defesa de Lula e de qualquer outro tem, é claro, direito de protestar e recorrer pelas vias apropriadas. Mas não se pode menosprezar o fato de que os processos da Lava-Jato, em que se destacam políticos e grandes empreiteiros, como Marcelo Odebrecht, têm sólida fundamentação em provas.

Se o juiz e o promotor quebraram alguma norma, reclamações devem também ser encaminhadas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Conselho do Ministério Público (CNMP). Em ambos, pedidos de investigação já foram apresentados. O PT adotou, no combate político à Lava-Jato e em defesa de Lula, o argumento da falta de isenção de Moro e de procuradores, Dallagnol o principal deles. Tem agora grossa munição para sua artilharia. Mas sempre no campo da luta política, porque essa estratégia não pode contaminar o Judiciário e os conselhos da magistratura e dos procuradores.

São previstos recursos de sentenças no Judiciário para reduzir a margem de erros, inclusive causados por qualquer influência externa. É o que tem acontecido nos processos da Lava-Jato, em que pedidos de revisão de penas são normalmente julgados, com os direitos dos acusados devidamente respeitados.  Sabe-se que é natural o convívio entre procuradores e juízes. E a constituição de forças-tarefas (entre MP, polícia e Justiça) é de comprovada eficácia. O próprio site que divulga os diálogos consultou juristas que “disseram que a proximidade entre procuradores e juízes é normal no Brasil — ainda que seja imoral e viole o código de ética dos magistrados”.

Assusta em tudo isso a possibilidade do hackeamento de conversas, seja entre quem for. É crime grave, que expõe todos e viola direitos básicos do cidadão. A origem do material e a forma como foi divulgado deixam dúvidas. Não se sabe se os diálogos estão completos e no devido contexto. É impossível ter segurança de que não há omissões que mostrariam que o procurador e o juiz agiram de forma correta. Os diálogos, por óbvio, reativam paixões políticas, o que costuma embaralhar o raciocínio. Nessa hora, deve-se ter a frieza necessária para esperar que tudo seja esclarecido.
 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

'O Planalto ficou sem o troféu'

[melhor ficar sem o troféu - com a alegria de saber que o terrorista agora está realmente preso e o lulopetismo perdeu MAIS UMA  - que correr o risco do 'mico' = risco da Justiça brasileira impedir a extradição do terrorista.]

O pragmatismo boliviano e o receio dos italianos de uma possível reviravolta em solo brasileiro deixaram o governo Bolsonaro sem a foto oficial com Battisti

A polarização política no Brasil atingiu um nível que até mesmo os mais distraídos são obrigados a tentar pelo menos uma opiniãozinha de vez em quando. Se o tema for a prisão do italiano Cesare Battisti, aí teremos pano longo para muitas mangas, sejam elas da esquerda ou da direita. O primeiro a tocar fogo nas redes sociais foi, como se sabe, o próprio presidente Jair Bolsonaro. Foi logo cedo, às 9h10: “Parabéns aos responsáveis pela captura do terrorista Cesare Battisti! Finalmente a justiça será feita ao assassino italiano e companheiro de ideias de um dos governos mais corruptos que já existiram no mundo (PT)”.

Tirando as exclamações do texto do capitão reformado — uma tônica nos twitters —, sobram a campanha ainda aberta, mesmo depois da posse e de dois meses e meio das eleições, e a imprecisão, pois seria impossível um ranking mais ou menos preciso sobre a corrupção mundial por partidos. Concentremos-nos no essencial: Bolsonaro e os ministros sabiam desde a madrugada que tinham ouro em mãos, pois Battisti, com a incompetência petista, representa, para o torcedor fanático do presidente brasileiro, um novo troféu do fracasso do lulismo ou pelo menos de determinadas defesas do PT.

Battisti, assim como Luiz Inácio Lula da Silva, está preso. O sonho dos governistas era que o italiano desse uma paradinha no Brasil, pois a primeira foto do homem tinha como fundo a marca da polícia boliviana de Evo Morales, um governante pragmático. Tudo que a Polícia Federal brasileira queria era que a fotografia tivesse os agentes brasileiros enquadrados, mas acabou perdendo o alvo, inclusive com uma série de tiros n’água na busca por Battisti ao longo dos últimos dias. A reunião na manhã de ontem no Planalto tinha como pauta um roteiro preparado pelo governo para desgastar o PT, a ponto de um avião da Polícia Federal brasileira ter saído de Corumbá (MS) em direção à Bolívia para trazer o italiano.

Mas o pragmatismo boliviano e o receio dos italianos de uma possível reviravolta em solo brasileiro deixaram o governo Bolsonaro sem a foto oficial com Battisti. Restou a manifestação do presidente brasileiro pelas redes sociais, aquela feita logo pela manhã. Com as exclamações.