PF corrige informação de escrivão e informa que malas e dinheiro que seriam de Geddel não sumiram
A Polícia Federal corrigiu
no início da noite desta terça-feira a informação do escrivão Antônio
Lima de Sousa sobre o suposto sumiço de duas das nove malas de dinheiro apreendidas num apartamento usado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima em Salvador. Segundo a PF, ao contrário do que registrou o escrivão, as nove malas estão em Brasília.
Numa certidão incluída no inquérito sobre a origem dos R$ 51 milhões
apreendidos no apartamento usado por Geddel, o escrivão anotou que
apenas sete das nove malas tinham sido enviadas a Brasília. A assessoria
da PF chegou a dizer que as outras duas malas teriam ficado em
Salvador, mas depois fez a devida correção. Segundo a PF, não houve extravio de malas e nem do dinheiro. Os R$ 51
milhões foram apreendidos, contados e depositados numa conta judicial. O
destino a ser dado ao dinheiro deve ser definido até o final da
apuração do caso. O suposto desaparecimento das malas foi registrado por
Lima em documento formal da investigação.
"Certifico que quando do recebimento do material encaminhado pela
SRIPF/BA, referente à Operação Tesouro Pedido, através dos memorandos nº
3530/2017, 3531/2017 e 3532/2017, foi constatado a presença de somente 7
malas, sendo 6 grandes e 1 pequena, quando no Auto de Apreensão
relaciona 9 malas, sendo 6 grandes e 3 pequenas", afirma o escrivão.
A PF deverá agora emitir uma segunda certidão para dizer que as nove
malas apreendidas estão em poder dos investigadores, em Brasília. A
alteração não deverá ter impacto sobre o resultado das investigações. Geddel foi preso em oito de setembro, três dias depois da polícia
localizar e apreender 51 milhões num apartamento usado pelo ex-ministro
em Salvador. Até deixar o governo ano passado, Geddel era um dos dois
principais auxiliares do presidente Michel Temer.
Atualização: Jailton de Carvalho - O Globo