Impeachment do ministro bravateiro, que usou a frase chavão de assaltantes "perdeu, mané" para responder a um brasileiro que o abordou durante passeio em Nova York, era algo esperado. Nesta quarta (23), eis que o pedido foi protocolado no Senado.
É mais um, o 59º pedido de impechmanet de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pelas contas do senador Eduardo Girão (Podemos-CE). Ele é um dos autores do novo pedido de impeachment, agora contra o ministro Luís Roberto Barroso.
Na entrevista, publicada aqui, faço a pergunta que a maior parte dos brasileiros faria: de que adianta apresentar novos pedidos se o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, assim como fizeram seus antecessores, finge não haver fundamentos para sequer colocar esses e os anteriores em votação.
A
resposta tem a ver com o momento que o Brasil vive. A pressão sobre os
políticos é o melhor caminho para as mudanças que queremos para o país. O
fato de milhões de brasileiros sequer estarem se importando com a Copa
do Mundo, por excesso de preocupações com a política, é um bom começo. [e o Brasil inteiro já sabe que a omissão criminosa do Pacheco é por excesso de falta de coragem, talento que ele possui por demais.]
Outro tema abordado pelo senador nesta entrevista é a manobra que está sendo feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em parceria com o ministro do STF Ricardo Lewandowski. Juntos eles pretendem aprovar, a toque de caixa, mudanças na lei do impeachment.
Lewandowski
foi o ministro que, por conta própria e à revelia do que prevê a
Constituição, decidiu fatiar a lei do impeachment em 2016. Como
presidente da comissão que julgou o afastamento de Dilma Rousseff da
presidência da República, por irresponsabilidade fiscal, ele aceitou a
sugestão de aliados para manter seus direitos políticos.[só que o eleitor mineiro revogou a manobra de Lewandowski = Dilma foi candidata em 2018 e levou um chute no traseiro dos eleitores.]
Será que esta é uma das alterações que pretende implantar agora de forma definitiva? Como pressionar senadores para que não permitam mudar a lei de impeachment de modo a beneficiar presidentes da República que venham a sofrer o mesmo processo de Dilma?
Como impedir que o próprio Lewandowski e seus colegas do STF, eternamente ameaçados de afastamento do cargo, venham a ser beneficiados por uma mudança na lei, caso algum dia sejam efetivamente julgados no Senado?
Fato é que Pacheco e Lewandowski andam se reunindo em manhãs de segunda-feira, como fizeram esta semana, enquanto parte do Brasil se distrai com jogos de Copa do Mundo e outra parte, com preocupações diversas envolvendo o futuro do país e denúncias de irregularidades nas eleições 2022.
Senado, impeachment de ministros do /STF – mudanças da leina surdina
Eduardo Girão também comenta, na entrevista, sobre a audiência pública que sugeriu e conseguiu aprovar para a semana que vem.
O Senado vai finalmente debater, publicamente, as diversas denúncias já apresentadas ao TSE e ignoradas pelo ministro Alexandre de Moraes. Vai ser na quarta-feira (30), às 9:30, com transmissão pela TV Senado, YouTube e redes sociais do Senado.
Assista à entrevista com o senador Eduardo Girão clicando no play da imagem que ilustra esta página. Depois deixe sua reação a este conteúdo e um comentário que contribua para o debate. Você está no time dos distraídos com Copa do Mundo ou está de olho nas manobras do Senado?