Auxílio emergencial foi negado porque em sua carteira de trabalho consta o mais alto cargo da nação
A capixaba está sem trabalho desde que foi exonerada do cargo de auxiliar de secretaria escolar da prefeitura de Vila Velha, em março de 2019. No entanto, este contrato também aparece em aberto na sua carteira de trabalho digital. O marido de Adeyula teve o salário reduzido pela MP 936 e ela tem dois filhos, de 7 e 11 anos. Assim, deveria estar habilitada a receber o auxílio.
No entanto, ao fazer a solicitação, aparecia no aplicativo que ela era trabalhadora formal e, portanto, não tinha direito.Para Adeyula, os R$ 600 fariam toda a diferença neste momento: “O salário reduzido do meu marido mal dá para as despesas básicas, e as contas estão atrasadas. Faço faculdade à distância e não estou conseguindo pagar. Preciso muito resolver isso, mas não consegui atendimento nos departamentos de recursos humanos”. Em nota, a Secretaria de Estado de Educação do Espírito Santo informa que seu cadastro lista a servidora como “cuidadora”. Segundo o órgão, a opção “presidente da República” sequer consta no sistema. Já a prefeitura de Vila Velha reconhece que, em 2019, Adeyula foi desligada por término de contrato.
E o que Adeyula faria se chegasse ao mais alto cargo da nação? “Sou a favor do isolamento social, única forma de protegermos as nossas vidas. O auxílio emergencial é fundamental para nos mantermos neste momento. Mas quem deveria receber não está recebendo. Se eu fosse presidente da República, iria regularizar as informações e fazer uma análise decente, para que o dinheiro chegasse a quem necessita”, diz.
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