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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

MPDFT pede prisão de policial federal que atirou em convidados em festa de barco

Confusão teria sido motivada por ciúmes. Policial federal disparou contra dois amigos. Um deles morreu

O promotor da 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília, Leonardo Jubé, vai pedir a prisão do policial federal Ricardo Matias Rodrigues, que atirou contra dois homens em uma festa em uma embarcação na noite do último sábado (8/10). Uma das vítimas, Cláudio Müller Moreira, 47 anos, morreu.

O sobrevivente, Fábio da Cunha Correia, 36 anos, prestará depoimento na 5ª Delegacia de Polícia (área central de Brasília) nesta sexta-feira (14/10). Na terça-feira passada (11/10) uma nova testemunha compareceu à unidade e contou o que viu na noite do crime.
Por telefone, o advogado de Fábio da Cunha, Karlos Eduardo de Souza Mares, contou a versão da vítima para o Correio. A confusão teve início após uma das aniversariantes agredir a mulher de Cláudio Müller, Valderly da Silva Feitosa, 30 anos, na porta do banheiro. Ao sair do local, a mulher se encontrou com Fábio, que a tirou do barco, de acordo com o defensor.

Cláudio encontrou o amigo e a mulher do lado de fora e retornou para tirar satisfações. Vendo a confusão, o bate-boca e o grupo que se aglomerava em volta do amigo, Fábio decidiu retornar. “Quando ele chegou, o policial sacou a arma e disparou. Ele conta que caiu no chão, se levantou, correu por mais 600 metros e caiu novamente. O tiro atingiu o peito esquerdo”, relatou o advogado.
Fábio pretende processar o policial federal também na esfera cível, por danos materiais e morais. Ele pedirá uma indenização de cerca de R$ 700 mil. “A bala ficou alojada. Ele não poderá mais realizar determinados esforços e, além de gerente de uma mecânica, ele trabalha como mecânico. Isso vai afetá-lo por toda a vida”, concluiu Karlos.
 
Relembre o caso
A festa que aconteceu na noite de sábado (8/10) no Lago Paranoá ocorria normalmente até a hora em que os convidados começaram a ir embora. Entre 22h20 e 22h40 a confusão começou. Na ocorrência que investiga o assassinato e a tentativa de homicídio a mulher de Cláudio, Valderly da Silva Feitosa, 30 anos, contou que foi ao banheiro no fim da festa e, ao sair, uma das aniversariantes, identificada como Fran a agrediu com três tapas na cara e palavras de baixo calão.

Ela contou para o marido que foi tirar satisfação. O amigo, Fábio da Cunha Correia, 36 anos, apoiou o amigo e também acabou atingido pelos disparos do policial federal.
À Polícia Civil o agente federal contou, em depoimento, que a mulher, Renata de Andrade Silva, era promoter da festa, e tentou intervir na briga entre os dois homens e a aniversariante. Na versão de Ricardo, a dupla passou a agredi-la e ele decidiu sacar a arma. Nesse momento, eles teriam investido contra o policial, que disparou. 

 Fonte: Correio Braziliense