Estamos vivendo a maior e mais profunda crise política da história do
Brasil republicano. A velha elite política não consegue mais obter
nenhum consenso social. A instabilidade virou rotina. Tudo começou no
longo processo que levou ao impeachment de Dilma Rousseff. Entre
2015-2016, a sociedade civil se organizou e foi às ruas exigindo o fim
do projeto criminoso de poder petista. Foi a maior mobilização popular
da nossa história. O que parecia impossível, no início de 2015, em pouco
mais de um ano possibilitou uma vitória que abriu caminho para uma
redefinição não só da forma de fazer política, como também do que os
cidadãos imaginam que deva ser o nosso País.
Contudo, como em um grande paradoxo, a mesma sociedade civil que
derrotou o PT e seu projeto de se perpetuar no poder com base no maior
esquema de corrupção da história, o petrolão, um ano depois não
conseguiu construir formas para edificar efetivamente a república. Isso
porque a estrutura estatal e seus braços são mais poderosos, até o
momento, do que do que as forças de transformação. Como em outros
momentos da nossa história, o velho é mais forte do que o novo.
Em meio à turbulência política, os cidadãos não encontram caminhos
que possam conduzir à construção de um efetivo Estado democrático de
Direito. Se os partidos políticos são considerados ultrapassados, o que
dizer dos candidatos à Presidência da República?
Até o momento o
panorama é desanimador. Os nomes que são especulados não conseguem
sequer estabelecer um simples rascunho de ideias do que almejam para o
Brasil. A pobreza ideológica é patente. Devido à ausência de projetos, o
espaço político é ocupado pela troca de agressões e pelos extremismos à
direita e à esquerda.
O vazio de lideranças identificadas com o novo momento é evidente. A
velha elite continua ocupando os espaços tradicionais – e nada indica
que abdicará dessas posições. O problema é mais complexo do que aparenta
ser. Não é só – o que já é muito – uma questão de quadros políticos. É
estrutural, ou seja, os canais e as formas de representação estão
petrificadas. Como construir uma candidatura à Presidência da República
sintonizada com a modernidade desejada pela sociedade civil em meio a
uma ordem carcomida? Como romper esse impasse? Como qualificar o debate
eleitoral em 2018?
A velha elite continua ocupando os espaços tradicionais – e nada indica que abdicará dessas posições
Fonte: Marco Antonio Villa - historiador, escritor e comentarista
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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domingo, 21 de maio de 2017
À procura de um presidente
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