Tribunal vai analisar auditoria que confirma a confiabilidade da urna eletrônica e cria um calendário de fiscalizações para esvaziar ataques do presidente
Jair Bolsonaro deve sofrer nesta quarta mais uma grande derrota na sua cruzada para deslegitimar a Justiça Eleitoral. Depois de ver a Câmara enterrar o projeto do voto impresso, o discurso do presidente deve ser alvo de um duro voto do ministro Bruno Dantas no TCU. A Corte vai discutir nesta quarta os achados de uma auditoria técnica sobre as urnas eletrônicas. Colegas de Dantas na Corte, que tiveram acesso ao voto, dizem que o ministro será enérgico em suas conclusões em defesa da segurança da urna e da legitimidade das eleições no país.
A área técnica do TCU conclui que há diferentes formas de fazer a auditoria nas urnas eletrônicas e que o sistema é seguro. Na sessão desta quarta, o tribunal deve criar um mecanismo que promete dificultar bastante a retórica de conspiração adotada por Bolsonaro. [não se trata de dificultar a retórica do presidente Bolsonaro; o que ele e milhões de brasileiros querem é um sistema que impeça que a fraude ocorra, se desfaça no 'ar' e não possa ter sua ocorrência provada.] Além da auditoria ora concluída, o tribunal fará uma espécie de calendário de fiscalizações com um ciclo de auditorias nas urnas até as eleições de 2022. [até? e o durante?] O trabalho da Corte vai servir para atestar, quase que mês a mês, o que Luís Roberto Barroso e os integrantes do TSE afirmam desde sempre: as urnas são seguras.
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Um ministro do TCU, ouvido pelo Radar, lembra que os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral “são retóricos, não técnicos”, o que vai tornar o trabalho do tribunal, com suas auditorias, algo ainda mais relevante, pois a Corte de Contas vai fornecer ao país, com periodicidade e trabalho científico, elementos de confiabilidade do sistema eleitoral.
Radar - Revista VEJA