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sábado, 28 de março de 2020

CAPITÃO,OU GENERAL, PRESIDENTE? - Sérgio Alves de Oliveira


Provavelmente insatisfeito ou frustrado nas as suas expectativas de ascensão na carreira militar, onde chegou ao posto de “capítão”,Jair Messias Bolsonaro, atual Presidente da República, acabou abandonando o Exército Brasileiro para se dedicar inteiramente  à política, tendo sido eleito Deputado Federal, pelo Rio de Janeiro, durante sete mandatos consecutivos, de 1991 a 2018.       
          
E a carreira política pela qual Bolsonaro optou, de todas as atividades profissionais  no setor  público brasileiro, inclusive a de  “gari”, de prefeitura municipal, na verdade é a que menos requisitos e currículo exige para ser admitido, bastando o interessado possuir um título eleitoral, podendo ser analfabeto , ou semianalfabeto (na prática), candidatar-se, e  conquistar os votos dos eleitores. Segundo o Estatutos dos Militares (Lei Nº 6.680/1980), o Exército Brasileiro compõe-se, num primeiro momento, de “Oficiais, e “Praças”.                                                                              
No caso, Bolsonaro saiu do Exército, como “reformado”no posto de “Capitão”, a última graduação entre os “Oficiais Superiores”, [ Intermediários] e que é o 8º (oitavo) posto na hierarquia “castrense”, que começa com o “Marechal” (*****),O “General de Exército (****),o “General de Divisão (***),e o General de Brigada(**),dentre os Oficiais Generais; e  “Coronel”,”Tenente Coronel”, “Major” e “Capitão”, dentre os “Oficiais Superiores”.

Os “Oficiais Subalternos” do EB  são  “Primeiro Tenente”, ”Segundo Tenente”, e  “Aspirante”; os  “Praças ou Graduados” são  “Subtenente”,”Primeiro Sargento”,”Segundo Sargento”,”Terceiro Sargento”, ”Cabo” e “Soldado”. Mas resta um “ consolo” aos  que apostaram  em Bolsonaro como sendo a melhor opção presidencial  em outubro de 2018. Muito mais “modesto” que o currículo de Bolsonaro no Exército, onde entrou em l973, aos 18 anos de idade, na Escola Preparatória dos Cadetes do Exército, em   Campinas/SP, ganhando o posto de “Capitão”, o 8º na hierarquia do Exército, é justamente  o “currículo” do seu mais ferrenho opositor, o “líder” sindical que também chegou à Presidência da República, por dois mandatos consecutivos, de 2003 a 2010, Lula da Silva, com formação de “torneiro mecânico”, dizendo  alguns que das suas mãos jamais teria saído   um só “prego”. 

Mas esse “trabalhador” soube aproveitar como poucos as regalias oportunizadas aos dirigentes sindicais, pela CLT, de inspiração “fascista”- do “Codice Del Lavoro”, de  Benito Mussolini-  que  aos invés de trabalhar, como os outros, meteu-se na política sindical, e dali partiu direto  para a política partidária, chegando a Presidente da República. Na verdade a história sindical no Brasil confunde-se com “sujeira”. Abriga  quase sempre os piores trabalhadores, que ai adquirem “estabilidade”, tendo saído dessa “escola” o grupo  que assaltou e praticamente quebrou os maiores fundos de pensão do país, frustrando as expectativas  de muitos milhares dos seus trabalhadores por uma aposentadoria melhor.

Mas entre Bolsonaro e Lula, tem uma enorme diferença. Durante os 18 anos em que Bolsonaro esteve no Exército, sua ficha funcional sempre foi exemplar. A de Lula, uma “catástrofe”.  Embora tenha sido escolhido o maior líder do Partido dos Trabalhadores,de todos os tempos, ao qual inclusive  inspirou, Lula fez de tudo na vida...menos trabalhar! 

O “QI  de Lula (quoeficiente de inteligência),e  o “QC” (quoeficiente de cultura), mal e porcamente saem do “zero”. Mas enquanto isso , o seu  deficiente caráter  (“DC”),e o “QE” (quoeficiente de “esperteza”) sempre estiveram  nas “alturas”, batendo todos os recordes,aproximado-se  da “genialidade”. Conseguiu até convencer os “burros” que o tal “pré-sal”  (petróleo) teria sido descoberto durante o seu governo, por sua iniciativa, o que é descarada mentira. O pré-sal  na costa brasileira foi descoberto no Governo de Ernesto  Geisel.  Mas não foi explorado porque na época não valeria a pena, devido à política internacional  de preços “camaradas” do petróleo.

Mas a maior prova da “esperteza” de Lula é que ele conseguiu comandar uma quadrilha de ladrões do erário, que roubou cerca de 10 trilhões de reais, durante os governos do PT (de 2003 a 2016), recorde no mundo, e após processado, julgado, condenado e preso pela Justiça, acabou sendo solto por uma “safada” manobra do Supremo Tribunal Federal, cuja composição majoritária foi “obra”, ”aparelhamento”, do seu próprio partido, o PT.

Se comparado a  outros militares que governaram o Brasil antes dele, ou seja, com os cinco generais que exerceram a Presidência da República, de 1964 a 1985,o Governo Bolsonaro pode ser considerado um verdadeiro “desastre”, pois apesar de alguns méritos, não teve o pulso necessário para exercer o cargo que ocupa, tendo permitido que a antiga estrutura deixada pelo PT, no Poder Legislativo, e nos Tribunais Superiores, boicotasse e sabotasse  completamente o seu Governo, “acovardando-se”, todavia, no sentido   utilizar o único remédio “constitucional” que estaria à sua disposição para afastamento dos seus inimigos políticos, deixando-o  governar, popularmente conhecido como “intervenção”(art.142).

Fico na dúvida se o longo “estágio” de 28 anos que Bolsonaro fez na Câmara Federal,como deputado, teria  “somado”, ou “diminuído”, no seu currículo. “Más companhias” contaminam? O que parece muito claro é que os 5 (cinco) generais presidentes conseguiram governar e impulsionar o Brasil para a modernidade, deixando instalada uma infraestrutura de obras públicas que ficaram “estacionadas” no tempo, de lá para cá.  Será, então, que  generais  governam melhor, e  são mais respeitados que “capitão”?


Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo