Provavelmente insatisfeito ou frustrado nas as suas expectativas de ascensão na carreira militar, onde chegou ao posto de “capítão”,Jair Messias Bolsonaro, atual Presidente da República, acabou abandonando o Exército Brasileiro para se dedicar inteiramente à política, tendo sido eleito Deputado Federal, pelo Rio de Janeiro, durante sete mandatos consecutivos, de 1991 a 2018.
E a carreira política pela qual Bolsonaro optou, de todas as atividades profissionais no setor público brasileiro, inclusive a de “gari”, de prefeitura municipal, na verdade é a que menos requisitos e currículo exige para ser admitido, bastando o interessado possuir um título eleitoral, podendo ser analfabeto , ou semianalfabeto (na prática), candidatar-se, e conquistar os votos dos eleitores. Segundo o Estatutos dos Militares (Lei Nº 6.680/1980), o Exército Brasileiro compõe-se, num primeiro momento, de “Oficiais, e “Praças”.
No caso, Bolsonaro saiu do Exército, como “reformado”, no
posto de “Capitão”, a última graduação entre os “Oficiais Superiores”, [ Intermediários] e que é
o 8º (oitavo) posto na hierarquia “castrense”, que começa com o “Marechal”
(*****),O “General de Exército (****),o “General de Divisão (***),e o General
de Brigada(**),dentre os Oficiais Generais; e
“Coronel”,”Tenente Coronel”, “Major” e “Capitão”, dentre os “Oficiais
Superiores”.
Os “Oficiais Subalternos” do EB são “Primeiro
Tenente”, ”Segundo Tenente”, e “Aspirante”;
os “Praças ou Graduados” são “Subtenente”,”Primeiro Sargento”,”Segundo
Sargento”,”Terceiro Sargento”, ”Cabo” e “Soldado”. Mas resta um “ consolo” aos
que apostaram em Bolsonaro como sendo
a melhor opção presidencial em outubro
de 2018. Muito mais “modesto” que o currículo de Bolsonaro no
Exército, onde entrou em l973, aos 18 anos de idade, na Escola Preparatória dos
Cadetes do Exército, em Campinas/SP, ganhando
o posto de “Capitão”, o 8º na hierarquia do Exército, é justamente o “currículo” do seu mais ferrenho opositor, o
“líder” sindical que também chegou à Presidência da República, por dois
mandatos consecutivos, de 2003 a 2010, Lula da Silva, com formação de “torneiro
mecânico”, dizendo alguns que das suas
mãos jamais teria saído um só “prego”.
Mas esse “trabalhador” soube aproveitar como poucos as
regalias oportunizadas aos dirigentes sindicais, pela CLT, de inspiração
“fascista”- do “Codice Del Lavoro”, de
Benito Mussolini- que aos invés de trabalhar, como os outros, meteu-se
na política sindical, e dali partiu direto
para a política partidária, chegando a Presidente da República. Na verdade a história sindical no Brasil confunde-se com
“sujeira”. Abriga quase sempre os piores
trabalhadores, que ai adquirem “estabilidade”, tendo saído dessa “escola” o
grupo que assaltou e praticamente
quebrou os maiores fundos de pensão do país, frustrando as expectativas de muitos milhares dos seus trabalhadores por uma
aposentadoria melhor.
Mas entre Bolsonaro e Lula, tem uma enorme diferença.
Durante os 18 anos em que Bolsonaro esteve no Exército, sua ficha funcional
sempre foi exemplar. A de Lula, uma “catástrofe”. Embora tenha sido escolhido o maior líder do
Partido dos Trabalhadores,de todos os tempos, ao qual inclusive inspirou, Lula fez de tudo na vida...menos
trabalhar!
O “QI” de Lula
(quoeficiente de inteligência),e o “QC”
(quoeficiente de cultura), mal e porcamente saem do “zero”. Mas enquanto isso ,
o seu deficiente caráter (“DC”),e o “QE” (quoeficiente de “esperteza”)
sempre estiveram nas “alturas”, batendo
todos os recordes,aproximado-se da
“genialidade”. Conseguiu até convencer os “burros” que o tal “pré-sal” (petróleo) teria sido descoberto durante o
seu governo, por sua iniciativa, o que é descarada mentira. O pré-sal na costa brasileira foi descoberto no Governo
de Ernesto Geisel. Mas não foi explorado porque na época não
valeria a pena, devido à política internacional
de preços “camaradas” do petróleo.
Mas a maior prova da “esperteza” de Lula é que ele
conseguiu comandar uma quadrilha de ladrões do erário, que roubou cerca de 10
trilhões de reais, durante os governos do PT (de 2003 a 2016), recorde no
mundo, e após processado, julgado, condenado e preso pela Justiça, acabou sendo
solto por uma “safada” manobra do Supremo Tribunal Federal, cuja composição
majoritária foi “obra”, ”aparelhamento”, do seu próprio partido, o PT.
Se comparado a outros militares que governaram o Brasil antes
dele, ou seja, com os cinco generais que exerceram a Presidência da República, de
1964 a 1985,o Governo Bolsonaro pode ser considerado um verdadeiro “desastre”, pois
apesar de alguns méritos, não teve o pulso necessário para exercer o cargo que
ocupa, tendo permitido que a antiga estrutura deixada pelo PT, no Poder
Legislativo, e nos Tribunais Superiores, boicotasse e sabotasse completamente o seu Governo, “acovardando-se”,
todavia, no sentido utilizar o único
remédio “constitucional” que estaria à sua disposição para afastamento dos seus
inimigos políticos, deixando-o governar,
popularmente conhecido como “intervenção”(art.142).
Fico na dúvida se o longo “estágio” de 28 anos que
Bolsonaro fez na Câmara Federal,como deputado, teria “somado”, ou “diminuído”, no seu currículo.
“Más companhias” contaminam? O que parece muito claro é que os 5 (cinco) generais
presidentes conseguiram governar e impulsionar o Brasil para a modernidade,
deixando instalada uma infraestrutura de obras públicas que ficaram
“estacionadas” no tempo, de lá para cá. Será, então, que generais governam melhor, e são mais respeitados que “capitão”?
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo