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domingo, 14 de outubro de 2018

Problemas para quem for eleito: diesel, salário mínimo, teto dos gastos...

Veja quais são os temas econômicos que próximo presidente não pode ignorar

A seriedade de como o ajuste fiscal será tratado pelo novo presidente e o ritmo das mudanças nas regras tributária e da Previdência determinarão o investimento e o crescimento do setor produtivo no próximo ano, segundo especialistas

Independentemente de quem vencer as eleições, o cenário para a economia em 2019 ainda é incerto. As previsões para a taxa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do próximo ano começam a minguar aos poucos, porque o ritmo de retomada da atividade continua lento e abaixo da média de crescimento global. Atualmente, as projeções dos analistas ouvidos pelo Correio variam de 1,2% a 2,7%, ante os 3% do inicio do ano. E a maioria ainda deve reduzir as estimativas, como fez o Fundo Monetário Internacional (FMI), que diminuiu a projeção do PIB de 2,5% para 2,4% e pode não parar por aí.

Os analistas esperam o resultado das urnas para começarem uma nova rodada de ajustes. Na opinião dele, será preciso incluir na conta a forma como cada candidato trata a questão fiscal, que será fundamental para prever os rumos da economia. 
 
Resolvê-la é o principal problema do próximo governo, e, nesse sentido, a reforma da Previdência é considerada a prioridade zero para conter o ritmo de crescimento da dívida pública. Pelas estimativas do FMI, o gasto deverá chegar a 90,5% do PIB neste ano — acima da previsão anterior, de 87,3% —, patamar insustentável para países emergentes, cuja média deve ser inferior a 50% do PIB.
 
A agenda de reformas, avisam, é o que vai estimular ou não investidores e o setor produtivo, que continuam sem confiança na capacidade do governo em reequilibrar as contas. Vale destacar que apenas o saldo negativo do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) previsto para 2018 é de R$ 202 bilhões, valor crescente, e é bem maior do que a meta fiscal do governo federal deste ano, de deficit primário de até R$ 159 bilhões.
 
Para especialistas, mesmo se o governo cortar todos os gastos não obrigatórios daqui para frente, o que pararia a máquina pública, não cobrirá esse rombo nos próximos anos. Especialistas estimam que o ajuste fiscal que precisará ser feito pelo novo governo gira em torno de 5% do PIB. 
 
Para se ter uma ideia, a soma do deficit dos regimes de aposentadorias público e privado em 2017 foi de R$ 267 bilhões, ou 4,1% do PIB, e, neste ano, será bem maior, em torno de R$ 300 bilhões.

Na avaliação da economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria, o PIB corre o risco de encolher no ano que vem se a agenda de reformas for abandonada pelo próximo presidente. Ela lembra que a melhoria nas expectativas dos empresários e do mercado é que definirá o ritmo de retomada nos investimentos, principal motor para o crescimento econômico sustentável. 
 
Um consenso entre especialistas é que a taxa de investimento em relação ao PIB no Brasil, de 16%, é muito baixa, pois, para o país conseguir crescer acima de 5% ao ano, seria necessário que esse indicador ficasse acima de 25% do PIB.

Para Roberto Padovani, economista-chefe do Banco Votorantim, qualquer que seja o presidente da República terá que fazer reforma para estabilizar o crescimento da dívida pública. “Se isso não acontecer, ele jogará a economia em uma nova crise que pode levar até cinco anos. O incentivo para a reforma é esse. O que vai ser diferente é como o candidato vencedor vai apresentar essa agenda e como o mercado vai reagir a ela”, alerta.

“O cenário está muito aberto no momento. Se o próximo presidente não conseguir aprovar a reforma da Previdência logo no primeiro semestre, isso vai gerar muita instabilidade, com um novo patamar para o câmbio, para a Selic, por exemplo”, explica Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos. 
 
Para ela, mesmo se houver a possibilidade de mudança no sistema de aposentadoria ao longo de 2019, não há garantia de que haverá uma estabilização das pressões no câmbio e nos juros ao longo do próximo ano, o que pode comprometer o crescimento. “O quadro, no momento, está muito aberto e muito dependente do timing da reforma da Previdência. Se não houver aprovação no próximo ano, o quadro pode ficar bastante dramático para o Brasil”, completa.

Matéria completa no Correio Braziliense
 

 

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Depois de sete meses de alta, país perde 12 mil postos de trabalho em novembro



Resultado é o primeiro divulgado após reforma

Depois de sete meses com o mercado formal criando empregos, o país fechou novembro com a saldo negativo de 12.292 postos de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Resultado é o primeiro divulgado após reforma trabalhista entrar em vigor, no dia 11 de novembro. No mesmo mês do ano passado, o Brasil perdeu 116.747 vagas. O único setor em que as contratações superaram as demissões no país foi o comércio, que registrou a criação de 68.602 vagas.
 
De acordo com o Ministério do Trabalho, os efeitos das novas regras trabalhistas sobre o mercado ainda é residual, pois só contemplou dois terços do mês. Mas já inclui contratos firmados sob as novas modalidades previstas na reforma, como a jornada intermitente e a jornada parcial. Resultados até outubro de 2017 não incluíam essas informações. Em novembro, primeiro mês de vigência das novas regras, houve geração de 3.120 postos de trabalho intermitente, contra 53 desligamentos. O saldo ficou positivo em 3.067.

Na jornada parcial, que também teve sua carga de trabalho alterada pela reforma, houve 744 admissões contra 513 desligamentos (saldo positivo em 231).  Segundo o ministro do Trabalho, o impacto da reforma será sentido ao longo de 2018, quando a pasta projeta gerar entre 1,7 milhão e 2 milhões de empregos.  Com exceção das regiões Nordeste e Sul, as demais regiões tiveram saldo negativo, sendo que o maior número de demissões ocorreu no Sudeste, onde foram fechadas 16.421 vagas. O Rio de Janeiro, no entanto, registrou resultado positivo: foram criados 3.038 postos.

Esse é o primeiro dado do emprego formal depois da entrada em vigor da reforma trabalhista, em novembro. De acordo com o Caged, foram contratados 3.120 trabalhadores no regime de trabalho intermitente e do total, 53 foram desligados - o que resultou num saldo positivo de 3.067. Entre as atividades que mais contrataram foram assistente de vendas, montador de andaimes (edificações) e servente de obras. Houve 805 desligamentos por acordo entre patrão e empregados.

Entre janeiro e novembro, foram abertas 299.635 vagas. O resultado consolidado de 2017 ainda será impactado pelos dados de dezembro, um mês tradicionalmente negativo devido às rescisões dos contratos temporários de trabalho. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, minimizou o resultado. Segundo ele, o mês de novembro tem uma tendência de saldo negativo e além disso, a geração de empregos está ligada ao crescimento da economia, que está em recuperação.  — Os dados do Caged apontaram um pequeno saldo negativo na geração de empregos formais. Contudo, isso não significa uma interrupção no processo de retomada da economia — disse o ministro.

Segundo estimativas do Ministério do Trabalho, se o país crescer 3% em 2018, serão criados 1,7 milhão de empregos formais. Num cenário ainda mais otimista, se a atividade econômica subir 3,5%, o saldo do mercado de trabalho poderá bater a marca de dois milhões.

O Globo