Presidente afastada decidiu falar em sua defesa e aposta que vai conseguir encenar a farsa da mulher destemida contra uma tropa machista
Vai, Macunaíma, baixe aí: “Ai,
que preguiça!”. Dilma é arrogante
até quando tenta ser humilde. É truculenta até quando pretende posar de vítima.
Que coisa mais sem jeito! Que coisa mais sem solução! Em conversa com Natuza
Ney, do Painel da
Folha,
ela diz que
vai, sim, ao Senado se defender. E, segundo entendi, não vai impor como condição o silêncio dos senadores.
Quanta bondade! Indagada se não teme a reação dura dos senadores, a Afastada deu a seguinte resposta:
“Se eles quiserem que o Brasil veja um show do tipo de 17 de abril
(data da
votação do processo de impeachment na Câmara)…
O que ela quis dizer com a
frase? Naquele
dia, parte considerável da Câmara votou a favor do envio da denúncia para o
Senado em nome da família, do papagaio, do sua categoria profissional etc.
Houve, sim, momentos constrangedores.
Dilma, assim, diz o que
pensa do Senado da República. É esta senhora que pretende voltar à Presidência. Isso explica
muita coisa. Também está claro que a Afastada pretende levar para o Senado a
figura da militante política, da ex-torturada, daquela que teria lutado pela
democracia. Não custa lembrar: os grupos aos quais ela pertenceu matavam
inocentes em nome da causa.
Os petistas citam como
referência uma ida sua ao Senado, ainda ministra, quando teria “destruído” o senador José Agripino (DEM-RN). O democrata fez então
uma referência realmente infeliz ao tempo em que Dilma foi prisioneira
política, que deu a ela a chance de posar de heroína.
Os tempos são outros. Tudo
indica que Dilma pretende desempenhar o papel da mulher destemida e mártir,
obrigada a enfrentar o suposto machismo do Senado. Meu conselho aos senadores? Lembrar o Paulo Francis sobre os
comunistas: “A melhor propaganda
anticomunista é deixar um comunista falar”.
Assim, a melhor propaganda
anti-Dilma é deixar Dilma falar. Sozinha!
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo