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sábado, 21 de janeiro de 2017

Chifres em cabeça de cavalo ou pelo em ovo?


Entrevista: filho de Teori Zavascki denuncia ameaças após delação

Francisco Prehn Zavascki, filho de Teori, disse que prefere crer que a tragédia foi apenas um acidente. Mas pede que o poder público e todas as autoridades responsáveis investiguem as causas da tragédia que matou outras quatro pessoas

Não era fácil para Teori Zavascki, morto em acidente aéreo na última quinta-feira, ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Sobretudo, ser o relator-geral da Operação Lava-Jato, que desvendou o bilionário esquema de corrupção na Petrobras. “A vida dele era basicamente trabalho. De manhã e de noite, estava sempre envolvido com o trabalho”, diz o advogado Francisco Prehn Zavascki, 36 anos, filho de Teori. A pressão ficou ainda maior quando ele assumiu a relatoria da operação, ficando responsável pela homologação das delações da Odebrecht. Para segurança própria, o ministro deixou de frequentar restaurantes e outros ambientes que gostava. “Teve que ficar mais recluso”, afirma o herdeiro.


A apreensão em relação ao trabalho realizado no centro do poder do país era partilhada em desabafos a amigos e familiares. “Uma frase que ele sempre dizia para quem dizia querer trabalhar em Brasília ou fazer qualquer coisa na capital era: Brasília não é para amadores”, ressalta. Em luto, Francisco reluta em acreditar em teorias da conspiração envolvendo a morte do pai. Prefere crer que a tragédia foi apenas um acidente. Mas pede que o poder público e todas as autoridades responsáveis investiguem as causas da tragédia que matou outras quatro pessoas. “Seria terrível ter um juiz, seja de qual instância for, assassinado, pagando com a vida por causa de um processo”, afirma.

Embora tivesse um semblante fechado e sério, natural para quem tinha tantas responsabilidades, Teori era um homem muito apegado à família e aos amigos. Torcedor do Grêmio, amava jogar bola e não abria mão de fumar um bom charuto. “Uma coisa que pouca gente sabe é que ele era boleiro. Quando mais jovem, jogava muita bola. E sempre foi muito brincalhão. Na intimidade, era muito debochado”, conta Francisco. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Correio.

A morte de Teori pode, de alguma forma, esfriar a Operação Lava-Jato?
Eu acho que, no mínimo, haverá um retardamento da Lava-Jato. E, isso, em um momento crucial.

Mas o senhor acredita que a operação vai parar?
Acho que não. Parar não vai. Dependerá muito de quem será o próximo relator da Lava-Jato. Do rumo e do ritmo que vai tomar. E eu acredito que pode haver até mudanças importantes, dependendo de quem assuma o processo.

O senhor acredita que quem assumir no lugar de Teori terá a mesma competência à frente da relatoria da Lava-Jato?
Espero que sim. O que se perde ali é o conhecimento e todo o estudo do meu pai ao longo desses dois, três anos, nos quais ele estava à frente dos processos. Esse arquivo mental se foi com ele.
 

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