O incêndio provocou 1 apagão que afeta cerca de 700 mil pessoas em todo o Estado desde 3 de novembro.
“O perito emitiu uma constatação informando que o problema ocorreu em uma das buchas do transformador, houve 1 superaquecimento, e isso gerou o incêndio. E esse incêndio foi contido pelo Corpo de Bombeiros do Estado. Na empresa não havia uma guarnição que pudesse conter o fogo”, informou a delegada Janeci Monteiro, da Polícia Civil do Amapá, em entrevista concedida nessa 4ª feira (11.nov). Dos 3 transformadores no local, 1 pegou fogo e sobrecarregou o 2º, que acabou danificado. O 3º já não estava funcionando.
Segundo a polícia, haverá outro laudo mais detalhado, com informações mais precisas, que ainda estão sendo apuradas. A polícia abriu investigações para verificar se o incêndio foi provocado por ação humana. Essa suspeita levou a polícia a cumprir mandados no escritório da empresa responsável pela subestação.
A empresa responsável pela transmissão de energia é a Linhas de Macapá Transmissora de Energia. Pertence ao grupo Gemini, e que comprou a Isolux, empresa que prestava o serviço anteriormente. Caso seja comprovada a responsabilidade da empresa, os responsáveis legais poderão responder pelo crime de atentado à segurança ou ao fornecimento de serviço público. A pena é de 1 a 5 anos de reclusão, além de reparação civil.
O apagão deixou praticamente todo o Estado do Amapá sem energia por cerca de 80 horas. Após esse 1º momento, a luz começou a ser distribuída, mas em regime de rodízio. Regiões ficam por algumas horas com luz e depois ela é cortada, para que outras regiões passem a receber luz. Mas os moradores reclamam que o rodízio está sendo feito de forma desigual, com alguns locais recebendo energia por mais tempo que outros.
EmpresaEm relação aos pontos levantados pela Polícia Civil do Amapá, a Linhas de Macapá Transmissora de Energia informou que estava operando de acordo com o contrato vigente e a anuência dos órgãos reguladores; que as causas do acidente estão sendo investigadas pela empresa e pelos órgãos competentes e ainda não há como esclarecer a origem do problema.
A empresa afirmou também que as medidas de contenção respeitaram todas as normas, tendo evitado, inclusive a propagação do fogo para os demais equipamentos da subestação. A LMTE também disse que não tomou conhecimento de nenhuma acusação formal ou processo judicial sobre supostas alegações de atentado ao serviço público e bloqueio de bens da empresa.
Agência Brasil - Há 8 horas