O time
formado por Paulo Guedes para a área econômica, ampliando esse conceito
para o comando das estatais, é intelectualmente preparado e tem coesão
ideológica.
É formado, sem dúvida, por liberais. Comece-se pelo óbvio, o
chefe da turma: Paulo Guedes, que responderá por Fazenda, Planejamento
e, se não houver mudança de rumo, Indústria e Comércio. Nesta segunda,
foi indicado o futuro presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco,
que disse o que, entendo, tem de ser dito sobre a Petrobras. Para o
Banco Central, vai Roberto Campos Neto; para o BNDES, Joaquim Levy.
Mansueto de Almeida será mantido na Secretaria do Tesouro. Ivan
Monteiro, hoje no comando da Petrobras, pode ser indicado para a
presidência do Banco do Brasil.
Nesse particular sentido, é correto
dizer que se está diante de uma configuração na tal equipe econômica
como nunca houve no país desde a redemocratização. Ou, se quiserem,
antes dela também. Não se pode dizer que os governos da ditadura militar
tivessem exatamente uma orientação liberal. Não quando se sabe a paixão
que os generais da ditadura mantinham por estatais, não é mesmo? O
maior criador de empresas públicas do mundo atendia pelo nome de Ernesto
Geisel. Se convicção liberal for igual a medidas de caráter liberal,
vamos então experimentar os sucessos dessa visão de mundo em economia.
Mas aí será preciso esperar um pouquinho para ver.
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