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domingo, 4 de novembro de 2018

Liberais: a direita que não votou em Jair Bolsonaro


Grupos de liberais, como Livres e Instituto Mercado Popular apoiam pautas do presidente eleito ligadas à economia, mas devem se opor ao conservadorismo nos costumes



Eles são favoráveis à reforma da Previdência, mas também a favor da legalização das drogas. Concordam com Paulo Guedes, mas discordam de Magno Malta. Quando Jair Bolsonaro entrou no PSL, eles saíram. São liberais, mas não votaram no capitão da reserva— alguns, inclusive, optaram pelo candidato do PT, Fernando Haddad. [os votos dessas pessoas são dispensáveis e podem ser doados ao PT, partido perda total, a prova de inutilidade de tais votos é que o capitão venceu com mais de 10.000.000 de diferença o poste petista, que foi receptador dos votos de tais liberais.
Felizmente, tudo indica que o CONSERVADORISMO nos costumes e em outras áreas será a tônica do Governo de JAIR BOLSONARO.]
 
No limbo da polarização política brasileira, movimentos liberais, como o Livres e o Instituto Mercado Popular, tentam se equilibrar entre o apoio a medidas pró-mercado de Bolsonaro, como na Previdência, e a oposição a pautas conservadoras nos costumes.
A maior parte dos integrantes desses movimentos votou nulo no segundo turno, como a presidente do Livres, a economista Elena Landau, ex-diretora do BNDES no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).   — Não tinha como votar no Bolsonaro. Ele não é liberal. Diz que é liberal mas usa a frase “não vou vender a empresa porque é estratégica” — contesta Elena.

Segundo ela, Bolsonaro não é um “restaurante selfservice”: não dá para escolher as partes que agradam e descartar as outras. Também do Livres, o cientista político Fábio Ostermann (Novo), eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul, diz que o voto nulo foi uma forma de demonstrar insatisfação ao que classificou de “piores opções disponíveis”.  Para ele, o PT é o símbolo de um projeto que fracassou, e Bolsonaro representa uma “visão retrógrada”. Os dois deputados federais eleitos ligados ao Livres dizem que pretendem manter uma política centrista, capaz de conversar tanto com a oposição quanto com a situação.
Algumas pautas vão ser alinhadas com o PSL. Outras vão ser com partidos de esquerda, como o PSOL. Não temos receio —diz Tiago Mitraud (Novo-MG), que também votou nulo na eleição presidencial.

Cofundador do Instituto Mercado Popular, um laboratório de políticas públicas liberais, Pedro Menezes declarou voto em Haddad.
— Bolsonaro me parece instável e a trajetória dele justifica essa desconfiança — diz.
—Acho que o caminho do Paulo Guedes é bom. O PT fala muita bobagem na economia, mas respeito o Haddad.