Felizmente, mais um pesadelo maquinado nos laboratórios do ambientalismo neocomunista parece ter-se desfeito como um pesadelo à luz do sol. E isso em virtude do talento humano aplicado, da ciência e da tecnologia bem ordenadas a seus fins. “Verdes”, mas também alumbrados das esquerdas e Campanhas da Fraternidade, entre outros, ficavam martelando que a água doce escasseia, é rara e cara. E jogavam a culpa na civilização moderna, que a usaria inescrupulosamente.
A ficção vem acompanhada de ilustrações propagandisticamente aterradoras e projeções para um futuro que nenhum dos homens hoje vivos poderá conferir. Porém, o bom senso e a ciência objetiva falavam outra linguagem: água há à vontade no planeta. E se ela vier a faltar, a inteligência que Deus deu ao homem aí está para resolver os problemas até nas regiões naturalmente mais secas.
Mais de 70% da superfície do planeta está coberta pela água salgada dos mares. Ela não poderia ser dessalinizada e aproveitada? A dificuldade consistia em que as técnicas para dessalinizar em grande escala são caras. Agora, pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, excogitaram uma ‘peneira’ de grafeno que remove o sal da água do mar a baixo custo. A invenção, segundo a BBC, tem o potencial de ajudar milhões de pessoas sem acesso direto à água potável.
Os resultados da pesquisa foram divulgados na renomeada publicação científica Nature Nanotechnology. O grafeno é uma das formas cristalinas do carbono, como o diamante e o grafite, mas muito fácil e barato de produzir. Seu derivado químico, o óxido de grafeno, é altamente eficiente na filtragem do sal, muito melhor que as membranas de dessalinização existentes. O grafeno, descoberto em 1962, foi pouco estudado até que pesquisadores da Universidade de Manchester, analisando em 2004 sua estrutura, verificaram que consiste em uma camada fina de átomos de carbono organizada em uma espécie de treliça hexagonal.
Sua força elástica e condutividade elétrica tornaram-no um dos metais mais promissores para futuras aplicações. Rahul Nair, que liderou a pesquisa, revelou, no entanto, que o óxido de grafeno pode ser feito facilmente em laboratório, informou “La Nación” de Buenos Aires. Nair e seus colegas puderam ajustar as membranas de grafeno para deixar passar mais ou menos sal de modo mais eficiente e muito mais econômico que os filtros conhecidos até agora.
O grafeno já começava a ser considerado o material do futuro quando a equipe criou o filtro que resolveria a escassez de água potável e que é capaz de ser produzido em escala industrial. “O óxido de grafeno pode ser produzido por simples oxidação em laboratório”, explicou à BBC Rahul Nair, chefe da equipe. “Para produzi-lo em grande volume e pelo custo, o óxido de grafeno tem uma vantagem potencial”. “Nós conseguimos controlar a dimensão dos poros na membrana e efetivar a dessalinização que antes não era possível”, sublinhou Nair.
A descoberta deverá ainda passar pelo crivo da indústria de baixo custo e da resistência ao contato com a água do mar. Mas seu desenvolvimento é promissor.