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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

“De olho no agro” e outras notas - Revista Oeste

Bruno Meyer

Campo de plantação | Foto: Shutterstock
Campo de plantação - Foto: Shutterstock 

…depois do tiro no pé…
A elaboração dessa nova linha de crédito ocorre cerca de um mês depois de o Bradesco ter arranhado a imagem com o público-alvo. Um vídeo publicitário para promover um aplicativo do banco que calcula pegadas de carbono foi tirado do ar após irritar o agronegócio e levou o presidente do Bradesco a se retratar. Diversas associações, federações e sindicatos emitiram notas de repúdio e ameaças de fechamento de contas. Não ficaram só nas ameaças. A Caixa e o BB viram um aumento de novas contas no setor nos últimos dias de 2021.

…100 agências
Com 4.200 agências atualmente, a Caixa vai abrir mais 300, sendo 100 exclusivas para o agronegócio, sem porta giratória, uma em cada Estado brasileiro, para servir de relacionamento ao pequeno, médio e grande produtor. Executivos do banco, incluindo o presidente, identificaram o Espírito Santo e Santa Catarina como regiões de maciços pequenos agricultores, que praticamente nunca receberam auxílio. “São colônias italianas e alemãs, com 10 ou 15 hectares, mas com grande produtividade. A orientação da Caixa antes era o repasse apenas para cooperativas de crédito e bancos, como Bradesco e Santander. “Decidi acabar com os repasses e assumir a operação”, disse Guimarães a Oeste.

I have a dream
Pessoas próximas a João Doria nutrem um sonho: colocar o governador de São Paulo na liderança da chapa presidencial, com a senadora Simone Tebet como vice e o ex-juiz Sergio Moro como senador. Argumentam, inclusive, que o silêncio de Doria neste mês é estratégico e seria uma prova de que ele quer deixar o ex-juiz da Lava-Jato “se queimar” sob os holofotes no começo de 2022, para abraçá-lo daqui uns meses. Todos são unânimes em dizer que não há nenhuma chance de Doria abrir mão da candidatura a presidente para ser vice de um nome da terceira via.

Sem calça apertada
Aos 60 anos, o empresário de hotéis e restaurantes de luxo Rogério Fasano vai se aventurar em outro ramo em 2022: ele prepara o lançamento de uma grife de roupas masculinas. A Gero Fasano será uma linha mais sofisticada, premium — com a promessa, diz Fasano, de acabar com as calças justas para os homens.

Tudo por um popstar
A ordem na operação brasileira da Netflix, com sede em Barueri, é não economizar para reter as grandes estrelas de seu casting no país. Na surdina, o maior serviço de streaming do mundo tem oferecido a seletos nomes bolsas de estudos para cursos de atuação, direção ou inglês no Estado norte-americano da Califórnia e um contrato maior para estrelar produções estrangeiras da empresa. A ideia é investir no que o país tem dado em troca: a Netflix tem cerca de 221 milhões de assinantes no mundo, e o Brasil já é o segundo maior mercado da empresa. No último trimestre de 2021, a empresa adicionou 8,2 milhões de novas contas em sua base. Parece muito (e é), mas o mercado financeiro esperava mais — razão pela qual as ações da companhia já recuaram 40% só em janeiro. 

Duelo de gigantes
Os mimos oferecidos a poucos nomes brasileiros são uma resposta à concorrência feroz no mercado. A Disney quer expandir seu orçamento de conteúdo em US$ 8 bilhões em 2022. A Netflix deve gastar US$ 17 bilhões. A Amazon nem precisa falar: o gigante norte-americano de Jeff Bezos não mede esforços no conteúdo do Prime Video. Entre os funcionários da Netflix no Brasil, o nome mais temido é o da executiva Malu Miranda, da Amazon. É ela quem tem assediado nomes fortes do showbiz nacional, para atrair para a plataforma. Na lista, figuras com contrato vigente na Globo e na Netflix.

Brasil na tela
De fato, o Brasil gosta de ver o Brasil na tela:
entre as dez produções mais vistas da Netflix, a maioria é nacional, como as novelas infantis do SBT. Com uma semana no ar, a comédia brasileira Lulli, estrelada por Larissa Manoela, virou o filme de língua não inglesa mais visto no mundo na Netflix. A consultoria inglesa Ampere Analysis reportou, recentemente, que o investimento em conteúdo vai ultrapassar US$ 230 bilhões (R$ 1,3 trilhão), sobretudo por serviços de streaming por assinatura.

“Os brasileiros estão lendo mais e continuarão a ler”
Além dos gigantes norte-americanos — como Google, Amazon e Microsoft, esta última viu o lucro crescer 21% no último trimestre —, um dos setores que se beneficiaram na pandemia foi o mercado de livros. No Brasil, o faturamento das editoras brasileiras subiu 29% em 2021, comparado com o ano anterior. A bonança se traduz em mais números: a indústria faturou R$ 2,28 bilhões no ano passado, contra R$ 1,76 bilhão em 2020. Os brasileiros compraram 55 milhões de exemplares em 12 meses, outro aumento significativo, comparado aos 42,5 milhões de 2020. Os dados são do Sindicato Nacional de Editores de Livros, o SNEL, em parceria com a consultoria Nielsen.

“Os brasileiros estão lendo mais”, conclui Marcos da Veiga Pereira, dono da editora Sextante e que acaba de encerrar um ciclo de sete anos na presidência do SNEL. Ele fala, em entrevista a Oeste, sobre os resultados positivos atuais e os desafios da indústria livreira, com a concorrência de gigantes como a Amazon às séries populares de TV. Para ele, o hábito das pessoas em maratonar uma série talvez inviabilize o surgimento de um novo fenômeno livreiro nos próximos anos, como Harry Potter, Cinquenta Tons de Cinza, O Código da Vinci, A Cabana e O Segredo. A propósito, os três últimos foram lançados por Pereira. 

Como o senhor vê o aumento de faturamento e exemplares vendidos no Brasil?
Foi uma gratíssima surpresa. Nenhum de nós imaginava isso no início da pandemia. Os brasileiros estão lendo mais e continuarão a ler, porque o hábito da leitura é muito poderoso. Há ainda uma porção de novas lojas menores surgindo e fazendo sucesso, como a rede Leitura, em Salvador, e a Vila, no Rio. Entre setembro de 2020 até o fim de 2021, 40 novas lojas foram abertas. Estão redescobrindo os novos lugares. Não é mais a megastore. A ideia da megastore (um dos motivos da recuperação judicial da Saraiva e da Cultura, duas redes que já foram as maiores do país) é ineficiente, desnecessária. Para que 100 mil títulos diferentes? A livraria tem de ter uma boa curadoria, bons livreiros, bom atendimento, ter os lançamentos. Hoje, a tendência são lojas que precisam ser menores, aconchegantes, como se fosse um ponto de encontro.  

Leia também “‘Os abusos do politicamente’ correto e outras notas”

Por falar em agro,  sugerimos: Cultivar é preciso

Bruno Meyer, Colunista,Revista Oeste - MATÉRIA COMPLETA


sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

VACINAÇÃO OBRIGATÓRIA PODE ABRIR CAMINHO PARA OUTRAS POLÍTICAS SOCIAIS COERCITIVAS: DR. AARON KHERIATY - Ella Kietlinska e Joshua Philipp

Epoch Times

Segundo o Dr. Aaron Kheriaty, ex-professor de psiquiatria e diretor do Programa de Ética Médica da Universidade da Califórnia, Irvine (UCI), uma vez que a vacinação obrigatória é introduzida na sociedade e as pessoas se acostumam a mostrar seu certificado de vacina COVID-19 para participar da vida social, as autoridades podem usar essa infraestrutura para outras políticas coercitivas,

A vacinação obrigatória anula o direito de fornecer consentimento informado quando se trata de intervenção médica, não permitindo que pacientes ou pais de crianças tomem suas próprias decisões a esse respeito, disse Kheriaty, que foi recentemente demitido de seu cargo na UCI por contestar a política de vacinação contra COVID-19 na Universidade.

Para muitas pessoas, mostrar um comprovante de vacinação para poder viajar, ir a um restaurante, uma arena esportiva, comprar comida ou fazer outras coisas pode parecer trivial, pois tomar a vacina COVID-19 faz com que alguns se sintam mais seguros, especialmente aqueles que são mais velhos ou têm comorbidades, disse Kheriaty ao programa “Sacrossantos” da EpochTV. [mais uma vez, fazemos o que neste Blog é recorrente: ratificar nossa posição favorável ÀS VACINAS = uma opção
que recomendamos de forma enfática.
Mas, tornar obrigatória uma prática que deveria ser uma escolha, em nossa opinião,  não está correto sendo perigoso e até abusivo. Sabemos que incrustados em posições de importância no Poder Judiciário e mesmo no Legislativo temos pessoas, algumas sequer foram eleitas, com ideias autocráticas, ditatoriais e a cada vez que criam algo e tornam obrigatório, sua sede de poder só aumenta e logo agirão de forma tirânica, no estilo EU QUERO, EU POSSO, EU FAÇO.
Para contê-los, pensem nesse poema:

No caminho, com Maiakovski, adiante transcrito:
"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho e nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada."

Talvez o momento da corda arrebentar,  seja  quando alguém disser NÃO.
LEIA MAIS.]

No entanto, “uma vez que a infraestrutura está pronta, e as pessoas se acostumaram, isso se tornou normal. Essa infraestrutura pode ser facilmente usada para todos os outros fins”, disse o especialista em ética, chamando-a de “um desenvolvimento muito nefasto”.

Não há vacinas esterilizantes para COVID-19, pois os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) admitiram que essas vacinas não impedem a infecção e a transmissão, ao contrário da imunidade natural, continuou Kheriaty. De acordo com o CDC, “as pessoas vacinadas ainda podem ser infectadas e têm o potencial de espalhar o vírus para outras pessoas, embora a taxas muito mais baixas do que as pessoas não vacinadas”. “É por isso que a ética tradicional de consentimento livre e informado é tão importante manter com essas intervenções”, disse Kheriaty.

Outra consequência da vacinação obrigatória sem consentimento informado é “o problema de as pessoas se acostumarem com as coisas sob o pretexto de uma emergência de saúde pública ou em uma situação na qual foram submetidas a propaganda que induz ao medo por dois anos, [e] aceitando coisas que eles nunca teriam aceitado em circunstâncias normais ”, observou ele. “Estou muito preocupado com o uso das liberdades civis comuns como incentivos e castigos para fazer as pessoas se comportarem da maneira que as autoridades de saúde pública querem que você se comporte”, continuou Kheriaty.

“Lançar isso com uma vacina que muitas pessoas queriam faz com que pareça mais benigno e inócuo do que realmente é. … Isso concentra muito poder nas mãos, não apenas de funcionários do governo, mas também de pessoas com interesses econômicos que podem querer nos empurrar nessa ou naquela direção. ”

Por exemplo, quem está no poder pode usar essa infraestrutura para desligar a capacidade de uma pessoa de comprar gasolina porque a pegada de carbono dessa pessoa é muito alta, disse o ex-professor. A nova tecnologia avançada, especialmente a tecnologia do smartphone, que permite rastrear onde as pessoas estão e se estão próximas a outras pessoas, foi "ligada a objetivos médicos e de saúde pública de maneiras que são novas" e não era vista há 10 a 15 anos atrás, disse Kheriaty.

Nos últimos 10 anos, os governos se envolveram no tipo de cenários de planejamento de pandemia que envolveram não apenas médicos e epidemiologistas tentando encontrar a melhor resposta à gripe, gripe aviária ou outros surtos, mas também muitas vezes envolveram agências de segurança, como a CIA ou aspectos dos militares, ele explicou. “Sob o pretexto de [uma] emergência de saúde pública, houve uma enorme mudança de poder durante a pandemia e, na verdade, uma enorme mudança para cima da riqueza durante a pandemia que considero muito preocupante”.

O especialista em ética médica está particularmente preocupado com a falta de definição do que constitui uma emergência de saúde pública. O governo federal ou os governos estaduais prorrogaram o estado de emergência a cada 90 dias nos últimos dois anos, mas os critérios para determinar o que é uma emergência de saúde, como o número de casos, o número de hospitalizações, percentual da população infectada, ou outros métricas nunca foram definidas, ele explicou.  “[Isso] significa que não temos como saber quando a emergência acabou... Tipos comuns de proteção e limites constitucionais comuns foram colocados de lado por dois anos, e não sabemos, e não temos nenhuma medida para saber quando isso vai parar. ”

“Isso me parece altamente problemático apenas de uma perspectiva social e política, porque significa que essas pessoas receberam poderes enormes. Quero dizer, nunca antes em minha vida os governadores exerceram tanto poder sobre aspectos muito pessoais e íntimos de nossas vidas. ”

“Cidadãos comuns, pessoas comuns ao redor do mundo, eu acho, precisam começar a exigir de seus líderes definições claras, limites claros sobre quem pode declarar este estado de emergência, por quanto tempo ele pode durar.”

Conflito de interesses
A pesquisa científica é frequentemente financiada pelo governo federal, explicou Kheriaty, acrescentando que agências como o National Institutes of Health, o CDC, a Food and Drug Administration (FDA), todas reportando ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) “tornaram-se estreitamente alinhadas ao longo dos anos, com os interesses das empresas farmacêuticas de formas muito concretas e tangíveis”.

Por exemplo, o NIH “projetou e fez os testes clínicos para a vacina Moderna e, na verdade, copossui a patente da vacina Moderna”, disse o especialista em ética. Os dólares do contribuinte foram usados??como subsídios para financiar estudos científicos e o desenvolvimento da vacina, disse Kheriaty observando que "como o [NIH] tem copropriedade dessas patentes, eles lucram quando a vacina é vendida".

“Para mim, seria um claro conflito de interesses”, acrescentou.

O FDA autoriza o uso da vacina e o CDC faz a recomendação sobre como usar a vacina, disse Kheriaty. “E essas recomendações são normalmente traduzidas hoje em dia em vacinação obrigatória.” O Epoch Times entrou em contato com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Institutos Nacionais de Saúde, CDC, FDA e Moderna para comentários.

Um assessor de imprensa do FDA disse em um e-mail para o Epoch Times que “o FDA não exige vacinações. Se um estado, governo local ou empregador, por exemplo, pode exigir ou exigir a vacinação contra COVID-19 é uma questão de estado ou de outra lei aplicável”. “A outra questão importante é que as empresas farmacêuticas são totalmente indenizadas contra qualquer responsabilidade pelas vacinas”, disse Kheriaty.

Como resultado, os medicamentos passam por testes de segurança mais rigorosos do que as vacinas, porque os fabricantes de produtos farmacêuticos são os únicos responsáveis?? por quaisquer danos causados?? por um medicamento, observou ele.

("As empresas farmacêuticas] convenceram o governo federal, há vários anos, de que as vacinas não eram suficientemente lucrativas e os custos de pesquisa e desenvolvimento eram muito altos se fossem responsáveis?? por danos.”)

Outra maneira pela qual as empresas farmacêuticas podem exercer influência indevida sobre a opinião pública é a publicidade direta de produtos farmacêuticos aos consumidores, disse Kheriaty. Ele foi originalmente proibido pela lei federal, então as empresas farmacêuticas costumavam comercializar seus produtos apenas para médicos, explicou ele. No entanto, essa lei foi alterada no final dos anos 90 para permitir que as empresas farmacêuticas anunciassem seus medicamentos diretamente aos pacientes, o que deu a essas empresas influência sobre muitos meios de comunicação e redes de TV, acrescentou.

“Para que os interesses econômicos não ultrapassem os interesses da saúde pública, provavelmente precisamos de algumas das proteções antigas em vigor que foram reduzidas nas últimas duas décadas. E precisamos de uma separação mais rígida entre as agências encarregadas de regulamentar as empresas farmacêuticas e seus produtos e as próprias empresas”, concluiu Kheriaty.

Ele também aconselhou as pessoas a buscarem muitas fontes diferentes de informação, avaliá-las cuidadosamente e pensar sobre sua credibilidade. “Embora seja verdade que você pode não ser um virologista, ou pode não ser um epidemiologista, você é um ser humano racional que pode reconhecer uma contradição aberta, que pode reconhecer quando algo é completamente ilógico e não faz sentido . ... Então, uma suspeita saudável de um especialista que não está disposto a explicar as coisas, citar evidências, responder perguntas, acho que é saudável para as pessoas comuns nos dias de hoje. ”

“Acho que todos precisam realmente examinar suas próprias convicções e se perguntar: ‘Ok, onde está minha linha na areia?’”.

 

*      Ella Kietlinska é repórter do Epoch Times em Nova York.

**   Joshua Philipp é um repórter investigativo premiado do Epoch Times e apresentador do programa "Crossroads" da EpochTV. Ele é um especialista reconhecido em guerra irrestrita, guerra híbrida assimétrica, subversão e perspectivas históricas sobre as questões de hoje. Seus mais de 10 anos de pesquisas e investigações sobre o Partido Comunista Chinês, subversão e tópicos relacionados lhe dão uma visão única da ameaça global e do cenário político.

***   Texto original de 5 de janeiro de 2022, em Epoch Times .

 

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

O BRADESCO E A TURMA DO “CARBONO NEUTRO”

 J. R. Guzzo

Campanha de publicidade

O Bradesco levou ao ar recentemente, através das redes sociais, uma campanha de publicidade com a pretensão de promover a ideia do “carbono neutro”. A campanha é mais uma repetição daquilo que fazem hoje, com o dinheiro das grandes empresas que pagam a conta, os departamentos de marketing, agências de propaganda e produtoras de comerciais para salvar o mundo do capitalismo destruidor da natureza – e dos delitos ambientais cometidos pelos próprios clientes dessas mesmas empresas, em suas vidas nocivas ao “planeta” e carentes de consciência ecológica.

O conteúdo é aquilo que se pode imaginar: um amontoado de aulas de conduta com teor de inteligência nas vizinhanças do zero, pregando essas superstições disfarçadas de verdade científica tão na moda nos dias de hoje. Até aí, é oportunismo direto na veia. De um lado, executivos da área de criatividade, de imagem e de “responsabilidade social” ganhando dinheiro com as causas em circulação na praça. De outro, um banco que quer, ao mesmo tempo, tirar vantagem da ideologia ambientalista barata que cresce pelo mundo afora e fingir que está prestando um serviço de interesse público.

Só que, desta vez, deu errado. A campanha do “carbono neutro”, num dos seus vídeos, mostra três comunicadoras, ou algo assim, dizendo que a pecuária é uma inimiga da natureza e que as pessoas deveriam comer menos carne para reduzir o carbono que está destruindo o mundo. Seria apenas mais uma estupidez. Mas é uma estupidez paga e promovida pelo Bradesco, e aí a coisa muda de figura.

Os pecuaristas, sobretudo os que são clientes do Bradesco, ficaram indignados: quer dizer que o seu banco, no qual depositam seu dinheiro e sua confiança, está dizendo que eles são delinquentes ambientais? Com a falta de coragem típica da falta de convicção que marca essas campanhas, o Bradesco tirou imediatamente o tal comercial do ar. Em nota oficial, lamentou profundamente o que estava dizendo, pediu desculpas aos pecuaristas e prometeu providências “internas” para que o desastre não se repita. [esperamos que as providências internas comecem, incluam, a demissão sumária de todos os que de alguma forma colaboraram  para o absurdo.]

É este, precisamente, o grau de honestidade que marca a maior parte da comunicação pretensamente “social” das grandes empresas no Brasil de hoje. Por causa da covardia, preguiça e insuficiência mental dos seus presidentes e principais imediatos, a coleção de princípios e valores das maiores corporações brasileiras foi abandonada em favor do primeiro zé-mané executivo que ganha a vida sendo, ou fingindo ser, politicamente correto.

Os acionistas não mandam mais nada nessa área. É a turma do “carbono neutro” e a favor do extermínio da pecuária que decide o que a empresa tem de dizer para o público. É ela que proíbe a divulgação de publicidade nos veículos de imprensa carimbados como “de direita”. É ela que corta patrocínios e manda demitir atletas deste ou daquele clube. É ela que define a virtude e o pecado.

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 5 de maio de 2021

Supermercados britânicos e europeus ameaçam boicotar Brasil por risco de desmatamento na Amazônia - O Estado de S.Paulo

Empresas, como a britânica Tesco e a alemã Aldi, dizem que projeto de regularização fundiária pode aumentar destruição da floresta; mal recebido também por empresários e ambientalistas brasileiros, texto foi retirado da pauta de votação do Senado

[uma única pergunta aos estúpidos candidatos a um boicote que já fracassa ao ser pensado: boicotem os produtos brasileiros e de quem irão comprar: dos franceses? parece que o presidente deles andou pensando em plantar soja suspensa - o que complicou foi como impedir que a plantação do andar de cima esmague a dos pisos inferiores?  
ou dos noruegueses?
O Brasil não precisa de clientes para seus produtos do agronegócio, já vocês, mesmo contando com o apoio do atual presidente dos Estados Unidos continuam com o hábito de se alimentar diariamente.
 E já que o Biden é chegado a uma ameaça, será que em seus momentos de lucidez reduzida, ele considera viável lançar uma bomba nuclear na nossa Amazônia?
Os latidos desses ambientalistas fajutos são na prática = ZERO.
Quando ocorriam boicotes dos produtores de petróleo, os países consumidores ameaçavam bombardear os campos da OPEP; só que bombardear plantações no Brasil, não vai dar certo. ] 
 

Em carta aberta aos legisladores de Brasília, as empresas dizem que a apresentação do projeto de lei 510/21 é "extremamente preocupante" após a retirada, no ano passado, de proposta semelhante, apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro, à qual já haviam se oposto. [quem tem que se opor ou não nos  assuntos internos do Brasil são os brasileiros - os gringos que cuidem do que sobrou de suas terras agricultáveis.]

O texto apresenta "ameaças potencialmente ainda maiores para a Amazônia do que antes", consideram os 38 signatários da carta, incluindo grandes redes de supermercados britânicos como Tesco, Sainsbury's e Marks & Spencer, mas também a gigante alemã Aldi, empresas de produção de alimentos como National Pig Association, o fundo de pensões público sueco AP7 e gestores de investimento.

O projeto foi criticado também no Brasil por anistiar a ocupação irregular de terras públicas em todo território nacional. A proposta ressuscita, em boa parte, o conteúdo da "MP da grilagem", que foi proposta pelo governo no ano passado, mas perdeu a validade após não ter sido votada pelo Congresso. A Câmara discute um projeto de lei semelhante, que também não andou. 

No último dia 28, após forte reação negativa de empresários de todos os setores e ambientalistas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), retirou o projeto da pauta e admitiu que o assunto precisa ser discutido com profundidade antes de entrar em votação. Ele não deu prazo para retomar a medida.

Apesar de anunciar durante a Cúpula do Clima virtual, [des] organizada em abril pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que o Brasil buscará a neutralidade de carbono até 2050, o presidente Jair Bolsonaro não fez nada para desencorajar a exploração da floresta amazônica para a agricultura, dizem as empresas europeias. “No ano passado, presenciamos uma série de circunstâncias que levaram a níveis extremamente elevados de incêndios florestais e desmatamento no Brasil”, denunciam os signatários da carta.

A companhias dizem considera "as proteções existentes" na legislação brasileira "fundamentais" para garantir que empresas cumpram seus compromissos ambientais e anunciaram que, caso esses compromissos desapareçam, não terão "escolha a não ser reconsiderar nosso apoio e uso da cadeia de abastecimento do produto agrícola brasileiro".

Em 2019 e 2020, o desmatamento na Amazônia foi de 10.700 quilômetros quadrados e 9.800 quilômetros quadrados, respectivamente, seus maiores níveis desde 2008, de acordo com dados oficiais. Em entrevista à agência de notícias AFP, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse em abril que, se o Brasil recebesse US $ 1 bilhão em ajuda da comunidade internacional, poderia reduzir em até 40% o desmatamento ilegal da maior floresta virgem do mundo.

Economia - O Estado de S. Paulo

 

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Usam o verde como camuflagem - "Biden ameaça com sanções e nos oferece esmola para nos comprar"

Alexandre Garcia

''O verde é uma boa camuflagem para os interesses reais no subsolo e na biodiversidade. Se a demanda do mundo fosse árvores, a Europa trataria de se reflorestar, depois de devastar sua mata original''

Joe Biden ainda vê Brasil como quintal dos Estados Unidos. No debate eleitoral da semana passada, o candidato ameaçou os brasileiros: “Aqui estão US$ 20 bilhões. Parem de destruir a floresta e, se não pararem, então enfrentarão consequências econômicas significativas”. Ele debatia com Donald Trump, mas se dirigiu aos brasileiros e afirmou que a Floresta Amazônica absorve mais carbono que o que é emitido nos Estados Unidos. Quis mostrar que a floresta interessa ao mundo, por absorção de carbono, o que pressupõe internacionalização. [Tentem internacionalizar - talvez até consigam, difícil, porém possível - talvez se surpreendam, se decepcionem, se desesperem, com o que conseguiram 'internacionalizar'] Desinformado e atrapalhado, Biden repetiu chavões. Estudiosos mostram que a Floresta Amazônica praticamente empata na geração de oxigênio e absorção de carbono.

O verde é uma boa camuflagem para os interesses reais no subsolo e na biodiversidade. Se a demanda do mundo fosse árvores, a Europa trataria de se reflorestar, depois de devastar sua mata original. Biden ameaça com sanções e, em atitude de humilhação, nos oferece esmola para nos comprar. Já antecipa o que fará se for presidente.

A Amazônia não caiu em nossas mãos por acaso. Foi objeto de conquista dos portugueses, que foram além de Tordesilhas, expulsando franceses do Maranhão e holandeses do Xingu; depois, subindo o rio, empurrando os espanhóis, com soldados e flecheiros até Quito e erguendo fortes em pontos estratégicos, até que o Tratado de Madri consolidou os limites. Pedro Teixeira, Plácido de Castro, Rio Branco garantiram as fronteiras com a espada e a caneta. Em 1849, uma missão “científica” da marinha americana concluiu que a livre navegação pela Amazônia seria um “grande benefício para o povo americano”. Coube ao Barão de Mauá organizar apressadamente a Cia. de Navegação do Amazonas para o Brasil ocupar o rio, antes de ser ocupado. Em abril de 2013, o rei Harald V da Noruega, visitou o território Ianomâmi, em Roraima, a convite da Fundação Noruega para a Floresta Tropical, como se estivesse em área internacional. Golbery do Couto e Silva, na “Geopolítica do Brasil”, lembra que a fronteira só existe com a ocupação pelos brasileiros. JK, ao construir Brasília, alargou o Brasil e os brasileiros ocuparam a amplidão antes deserta, criando uma superpotência de alimentos.

O defensor da nossa Amazônia, do nosso petróleo, o juiz e escritor de esquerda, cassado pelo AI-1, Osny Duarte Pereira, ficaria horrorizado ao constatar que a mídia brasileira aprovou as ameaças do intrometido Biden. No Brasil, as ameaças de Biden ganharam apoios que, em outros tempos, seriam tachados de entreguistas pela esquerda liderada por Leonel Brizola. E a direita recebe de presente a bandeira do nacionalismo.

Alexandre Garcia, jornalista - Coluna no Correio Braziliense


segunda-feira, 5 de outubro de 2020

De costas para o gol - Fernando Gabeira

In Blog

terça-feira, 10 de março de 2020

Um conto árabe - Nas entrelinhas

”Com a nova crise do petróleo, a conjuntura mudou completamente, mas parece que o presidente Jair Bolsonaro ainda não percebeu a verdadeira dimensão do problema”

“Aquele que não sabe se adaptar às realidades do mundo sucumbe infalivelmente aos perigos que não soube evitar (…) Aquele que não prevê as consequências de seus atos não pode conservar os favores do século” (As Mil e Uma Noites). Desde a década de 1970, a Arábia Saudita manipula o fato de que o petróleo não tem uma fonte renovável, virando a mesa na relação com as grandes potências. O desenvolvimento da economia do carbono, com a industrialização e a ampliação do consumo, somente aumentou seu poder de barganha, liderando a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Foi-se o tempo em que as chamadas “Sete Irmãs” (Standard Oil, Royal Dutch, Shell, Móbil, Gulf, BP e Standard Oil da Califórnia) controlavam os preços do mercado.

A primeira crise do petróleo ocorreu em 1956, quando o Egito nacionalizou o Canal de Suez, que era de propriedade anglo-francesa. A medida fez com que o abastecimento de produtos nos países ocidentais fosse interrompido, o que causou aumento dos preços do petróleo. O segundo momento foi em 1973, em protesto ao apoio que os Estados Unidos deram a Israel durante a Guerra do Yom Kipur: os países-membros da Opep novamente supervalorizaram o preço do petróleo. Entre outubro daquele ano e março de 1974, ou seja, em cinco meses, aumentou 400%, com reflexos nos Estados Unidos e na Europa, e desestabilizou a economia mundial.

Essa crise foi um fator decisivo para o colapso do chamado “milagre brasileiro”, durante o governo de Ernesto Geisel, o que colocou em xeque o regime militar. A resposta do governo foi criar o programa do álcool e iniciar a busca de petróleo no mar, para reduzir a dependência. Só recentemente o Brasil passou a ser autossuficiente na produção de petróleo. Nova crise ocorreu após a Revolução do Irã, cuja guerra com Iraque reduziu a produção de petróleo, eram os dois maiores produtores, e a oferta do petróleo foi bastante reduzida no mercado mundial. Em 1991, a Guerra do Golfo gerou outra crise. O Kuwait foi invadido pelo Iraque, os Estados Unidos intervieram no conflito e expulsaram os iraquianos do Kuwait, que, ao sair, incendiaram poços de petróleo.

Na crise financeira de 2008, iniciada no mercado imobiliário dos Estados Unidos, movimentos especulativos de escala global fizeram com que o preço do petróleo subisse 100% entre os seis primeiros meses do ano. Agora, estamos diante de nova crise, provocada pela Arábia Saudita, num cenário em que os preços do petróleo já estavam em baixa, por causa da epidemia de coronavírus, que desacelerou a economia global e afetou a demanda por energia. Os membros da Opep ainda são os maiores produtores de petróleo do mundo, juntos somam 27,13% da produção mundial.

Desabando
Na sexta-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep) sugeriu a diminuição da produção, estabilizando os preços da commodity. Mas a Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo, condicionou o corte à colaboração da Rússia, que não faz parte da Opep e rejeitou a medida. No domingo, a Arábia Saudita, em retaliação, anunciou uma redução no preço de venda e um aumento na produção a partir de abril, o que provocou uma nova crise. Ontem, os preços do petróleo desabaram cerca de 25%, para perto de US$ 30, na maior queda diária desde a Guerra do Golfo. As bolsas de valores derreteram, inclusive a de Nova York.

No Brasil, a Bovespa desabou 12,16%, sua maior queda em mais de 20 anos. Voltou ao patamar de 27 de dezembro de 2018, quando marcou 85.460 pontos. Logo na abertura da sessão, o índice despencou 10%, atingindo mínimas em mais de um ano, o que provocou a interrupção das negociações (circuit breaker). Às 10h32, o índice registrou queda de 10,02%, recuando a 88.178 pontos, quando as negociações foram interrompidas por 30 minutos. O Banco Central (BC) teve de intervir no câmbio, vendendo dólar, torrando R$ 3 bilhões em reservas. A Petrobras perdeu R$ 91 bilhões em valor de mercado, avaliada em R$ 215,8 bilhões, contra um valor de R$ 306,9 bilhões no fechamento dos mercados na sexta-feira.

Com o PIB de 1,1% de 2019, o Brasil já estava em marcha lenta, correndo risco de desaceleração, por causa do impacto no coronavírus na economia mundial, principalmente a chinesa. Com a nova crise do petróleo, a conjuntura econômica mudou completamente, mas parece que o presidente Jair Bolsonaro ainda não percebeu a verdadeira dimensão do problema. Briga com aqueles com os quais precisa contar para enfrentar o cenário mundial, sobretudo o Congresso. [infelizmente, o Congresso não resolve os problemas econômicos brasileiros;
qualquer ação do Congresso, em favor do Brasil, além de lenta, custa caro.
O Poder Executivo tem que pagar um alto preço. A maior parte dos parlamentares - existe exceções - está mais preocupada com o que vai ganhar.]  Precisa se dar conta das mudanças em curso e da gravidade do momento que o país atravessa. Os principais problemas do país são de ordem objetiva, ou seja, não se resolvem com narrativas ideológicas, num jogo de perde-perde.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense




sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Greve, preços e o futuro da Petrobras - Míriam Leitão




O Globo

A Petrobras enfrenta há 13 dias uma greve de funcionários, mas segundo seu presidente, Roberto Castello Branco, não houve queda de produção. “Até agora nenhum barril de petróleo deixou de ser produzido.” Ele nega que a empresa esteja sendo privatizada aos poucos, mas reafirma que continuará vendendo ativos porque a estatal é a petrolífera mais endividada do mundo. Castello Branco diz que as maiores companhias do setor estão diminuindo sua participação no refino, e é o que a Petrobras pretende fazer. Sobre preços, ele garante: “Até hoje a interferência do presidente Bolsonaro tem sido zero.”

Na semana passada, Bolsonaro usou a primeira pessoa para falar sobre queda dos reajustes: “Eu baixei o preço três vezes”, disse. Roberto Castello Branco garante que a empresa tem decidido os preços livremente. Perguntei o que ele achava que o presidente queria dizer:  Ele é o presidente, tem o direito de falar o que quiser. Uma coisa é a política, outra é a administração de uma empresa. Nós seguimos administrando. O importante é que ele respeita a independência da Petrobras. Ele nunca me telefonou pedindo que baixasse o preço ou fizesse qualquer coisa.

Desde o dia primeiro, há uma greve na Petrobras, mas Roberto Castello Branco diz que espera que o problema seja superado em breve. Equipes de contingência têm mantido a produção e ele tem a expectativa de que os grevistas voltem ao trabalho:
— O Tribunal Superior do Trabalho classificou a greve como de motivação política, porque não existem motivos no campo real. Depois de seis meses de negociação, um acordo coletivo de trabalho foi assinado pela Petrobras e os sindicatos, em novembro, e a empresa vem cumprindo rigorosamente o que foi estabelecido.

Com a venda das ações que estavam com o BNDES, o Estado brasileiro agora tem apenas 50,3% dos papéis com direito a voto. E inúmeros ativos têm sido privatizados, como os gasodutos, a distribuidora, e vai vender grande parte das refinarias. Perguntei, em entrevista na Globonews, sobre a crítica de que, na verdade, a empresa está sendo privatizada aos poucos:  — A empresa não está sendo privatizada, não há nenhum desmonte, como falam. Estamos reenergizando a empresa, tornando-a mais forte e saudável. O Estado brasileiro é o acionista controlador, com 50,3% das ações, e isso não está em discussão. A Petrobras só pode ser vendida quando houver um mandato para isso, do governo e do Congresso. E não há.

Ele nega que a estatal esteja ficando menor. Na opinião dele, ela está “ganhando músculos”: Nós vendemos ativos de baixo retorno que não constituíam parte do negócio principal.

Perguntei se os gasodutos não são parte do negócio. A empresa venderá até a malha de cabos submarinos que traz o gás das plataformas para o continente: — Nós precisamos do serviço de gasoduto, mas não precisamos ser donos dos gasodutos. Era uma atividade que proporciona um retorno para o acionista de 6% a 7%. Se pegarmos esse capital e investirmos no pré-sal, o ganho é de 15%. A Petrobras é ainda a empresa de petróleo mais endividada do mundo. Não vamos esquecer isso. Em 2019, pagamos US$ 20 bilhões e ainda devemos US$ 90 bilhões.

Sobre os preços dos combustíveis, ele diz que no Brasil eles não estão elevados, e que no diesel inclusive está um pouco abaixo da média em 163 países. A Petrobras quer vender oito refinarias, mas permanecerá com as quatro de São Paulo e a Reduc no Rio, e segundo o presidente a empresa vai se concentrar em exploração e produção em águas profundas. Por enquanto, a produção está parada, mas ele diz que a estatal tem metas de ampliá-la, principalmente a partir de 2025: - Em Búzios, nós vamos colocar sete plataformas gigantes com capacidade cada uma de produzir de 180 mil a 225 mil barris/dia.

Segundo ele, a ideia da verticalização das petrolíferas, refletida na máxima “do poço ao posto” está mudando: As maiores empresas de petróleo venderam 89 refinarias nos últimos anos, reduzindo em 30% sua capacidade de refino.  As companhias de petróleo estão entrando em outras fontes de energia, para reduzir as emissões de carbono. A Petrobras, ao contrário, está se concentrando em petróleo:
— Nós estamos aproveitando a riqueza que está no fundo do mar, se não, vai virar museu. Estamos entrando em energia de baixo carbono com o gás natural. E vamos nos preparar para no futuro adquirir competência nos negócios renováveis.

Blog da Míriam Leitão, colunista - O Globo - Com Alvaro Gribel, São Paulo