Atacado, Haddad ficou desconfortável, Ciro exibiu um conforto dissimulado, Geraldo Alckmin exibiu a placidez de sempre, assim como o formalismo de Meirelles
Jair Bolsonaro (PSL), o líder das pesquisas de
intenção de voto, ficou de fora do debate entre os candidatos a presidente da
República promovido pelo SBT, UOL e Folha de S. Paulo. Poucos se
referiram a ele pelo nome (“É uma aberração” produzida pelo PT, disse Ciro
Gomes, PDT). No centro da roda, o PT do encarcerado em Curitiba e de Fernando
Haddad.
Foram
todos contra o PT, e Marina Silva (Rede) a que mais bateu sem dó nem piedade.
Ela protagonizou o melhor momento do debate quando encarou Haddad e disse:
– É muito
engraçado Haddad, você vir falar do Temer e do impeachment, quando você mesmo
foi pedir a benção ao Renan Calheiros que também apoiou o impeachment. O PT que
faz o discurso dos trabalhadores juntou-se com Temer para levar o Brasil ao
buraco.
Era
visível o desconforto de Haddad com a situação, assim como o conforto
dissimulado de Ciro que garantiu que, se eleito, tentará governar sem o PT. A
placidez de Geraldo Alckmin foi a de sempre, bem como o formalismo de Henrique
Meirelles. Nas redes sociais, o Cabo Daciolo (Patriota) brilhou. Debate
não muda voto de quem já escolheu seu candidato – salvo se ele for mal, muito
mal. Nenhum foi mal. Debate serve a eleitores indecisos ou sem candidato. O
último dos debates está marcado para a quinta-feira da próxima semana na TV
Globo e a 72 horas do dia da eleição. Até lá, e mesmo depois, o voto estará em
movimento.
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