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quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Quanto mais a “suprema corte” diz que Lula é inocente, mais gente acredita que ele é culpado - Gazeta do Povo

Vozes - J.R. Guzzo

O ministro Dias Toffoli.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli considerou provas colhidas nos sistemas da Odebrecht foram “contaminadas”; decisão atinge todos os processos que utilizaram as evidências, - Foto: Nelson Jr./SCO/STF.

O presidente Lula, definitivamente, tem uma neurose complicada com a noção geral de justiça. 
Já conseguiu do STF, TSE e coisas parecidas tudo o que um cristão poderia querer, mas não fica contente com nada. 
Saiu da cadeia, onde estava há vinte meses cumprindo pena por sua condenação pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, porque o STF anulou a lei que estabelecia a prisão fechada para condenados em segunda instância.

O mesmo tribunal declarou extintas as ações contra ele, criando um novo instituto no Direito brasileiro – a “descondenação”. O condenado não é absolvido, mas a partir daí “não deve nada à Justiça”, de acordo com os jurisconsultos da TV Globo. 

Lula obteve também uma declaração judicial de que o juiz que o condenou, o atual senador Sergio Moro, não foi “imparcial”.

    Lula não tem preocupação nenhuma com a qualidade jurídica dos manifestos que o STF lança em seu favor.

Conseguiu do TSE a decisão de que o seu principal adversário não pode mais disputar eleições. 
Conseguiu, ali mesmo, a cassação do deputado federal que foi promotor na sua condenação. 
Conseguiu agora uma declaração de que foi vítima de “um dos maiores erros judiciários da história do país”.  
É cômico, mas é assim que o STF se comporta em tudo o que tenha a ver com Lula.
O autor desta última proclamação judicial a favor de Lula é o ministro Dias Toffoli – advogado do PT, nomeado pelo próprio Lula para o STF e repetente, por duas vezes seguidas, no concurso público para juiz de Direito
 
Ele não apresenta nenhum fato objetivo para explicar de maneira coerente que erro foi esse. 
O despacho que deu é apenas um discurso político, escrito em mau português, desprovido de raciocínio lógico e sem sinais visíveis de vida inteligente. Mas quem está interessado nesse tipo de coisa? Lula não tem preocupação nenhuma com a qualidade jurídica dos manifestos que o STF lança em seu favor. O que exige, e obtém sempre, são esses certificados sucessivos de bom comportamento – é a sua ideia fixa, que não dá sinais de estar em processo de cura.
 
Para o que, afinal, serviria esse esforço todo? Não se sabe
Não é, certamente, para convencer ninguém da sua inocência; Lula não põe o pé na rua há anos, e muito menos hoje, com medo de ser chamado de ladrão. 
Não adianta nada o STF fazer o que faz. Na verdade, parece ser o contrário: quanto mais a “suprema corte” diz que Lula é inocente,  mais gente acredita que ele é culpado.
 
Também não há necessidade nenhuma de ficarem repetindo essa mesma história para mostrar ao PT que o presidente não fez nada de errado; foi, apenas, vítima de uma conspiração universal por parte dos inimigos do “Estado de Direito”
A esquerda brasileira nunca vai acreditar em qualquer denúncia de corrupção contra Lula – nem se ele mesmo, em pessoa, aparecer na televisão e confessar em público que roubou. 
As classes intelectuais não acreditam. 
A maioria dos jornalistas não acredita. 
O papa Francisco não acredita. Não precisam do STF, e nunca vão precisar, para que continuem achando exatamente o que acham.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

TV Globo é obrigada a noticiar a verdade e inimigos de Bolsonaro e do Brasil, perdem a principal testemunha

Globo se vê obrigada a noticiar a verdade. Bateu o desânimo na redação 

Aliás,  testemunha que é uma testementira e um dos maiores mentirosos do Brasil. O MAIOR MENTIROSO dispensa apresentações, todos sabem quem é.
 

Veja vídeo do locutor da Globo se explicando  


Veja acima vídeo do Trali  tentando se explicar

Mais lorotas vão caindo por terra e algumas não dá nem pra não noticiar.

 

 

quinta-feira, 6 de abril de 2023

O que explica tanta demissão repentina na TV Globo

Emissora cortou quadro de funcionários; sindicato vê prática ilegal de etarismo

 O ano de 2021 foi de prejuízo para o Grupo Globo, que só voltou a lucrar no ano passado, com faturamento de 1,25 bilhão de reais. Ainda assim, o número não foi festejado internamente. É que este resultado positivo só foi atingido porque a empresa vendeu para a Sony Music a gravadora Som Livre pelo valor de 1,295 bilhão de reais
Se não fosse isso, haveria um novo prejuízo milionário nas contas da emissora carioca. 
Como noticiado nesta semana pela coluna, os números ajudam a entender por que as demissões passaram a fazer parte da rotina dos funcionários, independentemente de suas premiações, produtividades e afins.[as demissões na ex-primeira Rede de TV do Brasil,  por falta de audiência, que produz queda no número de anunciantes, que reduz receita e o caminho é demitir - quanto mais elevado o salário do profissional, maiores as chances de estar na próxima lista; a TV Globo fez várias opções, erradas sendo as maiores e que causarão mais prejuízo:
- apostou no terrorismo via covid-19; 
- apostou que a volta do Lula seria a consolidação da esquerda - começa a perceber que se enganou e que o petista não vai salvar a emissora = de nossa parte aguardamos a demissão do Bonner (inocentador de criminosos) e de sua cúmplice e mais outros do tipo, incluindo a turma do BBB e do Fantástico; 
- apostou em defender causas bizarras  e o público expressa sua discordância mudando de canal.
Ainda vai rolar muita cabeça coroada  na ex-vênus platinada.]

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro informa que “as demissões ocorreram, traiçoeira e covardemente”. “No último dia 31 de março, o responsável pelos Recursos Humanos do grupo, Edmundo Lopes, reuniu-se com a Direção do SJPMRJ, quando informou que a empresa, embora sólida financeiramente, passa por um processo de ajuste. Ajuste este que aponta indisfarçavelmente ao ageísmo”.

Gente - Revista VEJA


segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Covardes - Gazeta do Povo

Guilherme Fiuza - Vozes

Semana passada neste espaço foi publicada uma única frase: o Brasil chegou onde não poderia ter se permitido chegar.

Todos entenderam o significado. A escalada na quebra das regras e os sinais emitidos por autoridades constituídas de que a lei passou a ser um detalhe das suas vontades tinha chegado ao ponto da ruptura. Para alguns sempre pode parecer que a ruptura está mais adiante. As aparências enganam mesmo. Olhe para o domingo em Brasília e diga se as referências civilizatórias estão intactas.

O texto de uma frase só foi publicado neste espaço na véspera do bloqueio de todas as minhas redes sociais
Quem acompanha o meu trabalho sabe que evito escrever em primeira pessoa. 
Nunca fui a primeira pessoa no meu trabalho, nem um especialista onisciente, nem protagonista de nada: sempre atuei como um observador da realidade, disposto a pensar sobre ela, sem o monopólio da verdade. Portanto é lamentável ter que falar das “minhas redes sociais”. De qualquer forma, não estou reivindicando nada.

O tempo de reivindicação, para mim, já passou. Foi o que tentei expressar ao dizer que o país não poderia ter se permitido chegar ao ponto em que chegou. Num estado de coisas onde o direito passa a estar sob uma neblina consentida, o valor da palavra desaba. Tudo pode significar o seu contrário no império da má fé. Por isso não tenho nenhum brado retumbante a dar sobre a censura imposta a mim. Fiz todos os alertas possíveis no tempo em que acreditava neles. Agora acho que tenho o direito de não querer pregar no deserto.

E estou falando em primeira pessoa porque os meus censores me colocaram nesse papel. A tática deles, como sempre, é tentar criar um estigma pessoal, projetar um personagem mau em quem está falando o que eles não querem que seja falado. É mais fácil do que apenas distorcer o que foi dito. E o kit estigmatização todos sabem qual é: golpista, propagador de ódio, bolsonarista, etc. Até aqui não sei exatamente quem são meus censores. Mas os colaboradores deles já se revelaram.

O bloqueio das minhas redes aparentemente seguiu uma ordem judicial. Digo aparentemente porque não fui informado e o advogado que consultei também não conseguiu ainda essa informação. O que chegou a mim foi um email de uma das plataformas avisando que a retenção do meu perfil seguiu uma determinação “legal”. Legal entre aspas porque naturalmente estamos diante de uma legalidade que passarinho não bebe.

Mas aí os cupinchas da censura se revelam. O jornal “O Globo” fez um papel vergonhoso me enfiando no pé de uma matéria sobre rifas e financiamentos de manifestações. Como eu não tenho nada a ver com isso, eles inventaram uma forma de me relacionar ao assunto me promovendo a “golpista” e afirmando que faço um “chamado ao tumulto”. Alguns dias depois, a mágica: minhas redes são bloqueadas.

Será que foi um daqueles expedientes imundos de catar um panfletinho de jornal decadente e usar como base de medida “judicial”? Do tipo: estamos calando o golpista que o jornaleco disse que é golpista?

Talvez. Porque poucas horas após o bloqueio (executado na noite de 3 de janeiro) surgiu uma matéria no site G1, também do grupo Globo, com meu nome na manchete - de novo uma atenção exclusiva à minha pessoa, dessa vez com o adjetivo “bolsonarista” na chamada de capa do Globo.com. E o mais interessante: a “matéria” afirmava que “Segundo apuração da TV Globo, o bloqueio das contas foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.” (A vírgula depois de “STF” é obra dos analfabetos do G1, que assim promoveram Alexandre de Moraes a único ministro da corte suprema. Ou talvez eles achem que é o único mesmo).

Como a TV Globo “apurou” a origem de uma ordem judicial que nem o atingido, nem seu advogado conseguem “apurar”? Você já entendeu a coreografia do bailado.

Já fui funcionário das Organizações Globo e considero uma instituição importante para o país.
Infelizmente está entregue a esse papelão, metida nesses Fora Bolsonaro, Fora Temer, etc - e o golpista sou eu. Quem tem relevância dentro das Organizações Globo sabe muito bem quem sou eu, sabe que sou autor de mais de uma dezena de livros bem sucedidos, com adaptações premiadas para o cinema, tratando dos mais diversos temas da vida e da arte. “Bolsonarista” deve ser quem não aderiu ao Fora Bolsonaro, quem reconheceu a boa gestão de Paulo Guedes, quem não vive de conspiração em conspiração. E quem não tenta transformar Lula em santo. Aliás, eu sei muito bem o que todos vocês acham do Lula.

Estou respeitando o bloqueio, não estou buscando atalhos para aparições nas redes sociais. Vamos ver se a Justiça se digna a informar o que se passa ou se ela vai preferir ficar nas sombras, falando por meio de porta-vozes informais, como se vê nos filmes de máfia.   
Lamento tudo isso, mas tenho a profunda felicidade de não ser um de vocês, e de não ter que encontrar toda hora um covarde no espelho.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 23 de agosto de 2022

Aliados veem saldo positivo de Bolsonaro no JN e dizem que ele não perdeu equilíbrio - Folha de S. Paulo

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) afirmam que a participação do presidente na sabatina do Jornal Nacional, na TV Globo, na noite desta segunda-feira (22), teve um saldo positivo para o mandatário, principalmente por ele não ter perdido o equilíbrio nos 40 minutos em que respondeu a perguntas dos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos.

A entrevista foi marcada por altas expectativas por parte da campanha do presidente. Como a coluna Painel da Folha mostrou, ela era vista como um dos momentos cruciais daqui até o dia da eleição —principalmente pela alta audiência do telejornal.

A maior preocupação do entorno de Bolsonaro era que ele pudesse perder o equilíbrio e cometer grosserias, especialmente com a apresentadora Renata Vasconcellos. Na avaliação deles, o presidente manteve o controle e evitou atritos excessivamente com a apresentadora. A rejeição entre as mulheres é um dos principais empecilhos de Bolsonaro. Um comentário machista ou agressivo poderia ser danoso para a imagem do presidente junto a esse eleitorado, segundo seus aliados.

O mandatário começou a entrevista mais calmo, dando respostas em um tom sereno. No decorrer do programa, porém, ficou mais irritado, principalmente após ser questionado se tinha algum arrependimento por ter imitado pessoas sem ar ao comentar os problemas da Covid-19. [convenhamos que foi uma pergunta feita com um único objetivo: provocar o presidente.]

A análise feita sob reserva por correligionários de Bolsonaro foi exposta pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que coordena a campanha do pai à reeleição. Em rede social, ele comemorou o fato de os entrevistadores não terem conseguido "desestabilizar" Bolsonaro. 
O presidente, por sua vez, ironizou e chamou a sabatina de "pronunciamento de Bonner".
 
No geral, quando o presidente tem postura mais incisiva e até grosseira, aliados avaliam que ele afasta eleitores mais moderados e de centro.
Em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro busca atrair o voto do grupo conhecido como "arrependidos": os que votaram nele em 2018 e que agora criticam sua gestão.

O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, que estava na TV Globo, defendeu o desempenho de Bolsonaro na sabatina."Hoje o Brasil pode ver o Bolsonaro de verdade que as narrativas esconderam e escondem há 4 anos: uma pessoa espontânea, sincera, de posições firmes e com profundo amor pelo Brasil e pelos brasileiros."

Os ministros Paulo Guedes (Economia) e Fábio Faria (Comunicações), além do ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, integraram a equipe que acompanhou Bolsonaro aos estúdios para a transmissão do telejornal.Apesar da avaliação positiva, alguns integrantes da campanha opinam que Bolsonaro poderia ter se saído melhor se tivesse explorado mais as comparações com governos anteriores.

Eles também esperavam que ele pudesse falar mais sobre o Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família e uma das principais apostas para a reeleição. Aliados comemoraram o fato de os entrevistadores não terem citado o caso da "rachadinha" protagonizado pelo senador Flávio Bolsonaro. [rachadinha que tentam provar desde 2018 e não conseguem.] O assunto costuma tirar o presidente do sério.

No final da entrevista, o presidente interagiu com apoiadores no Rio de Janeiro e Flávio Bolsonaro transmitiu o passeio nas redes sociais. Fábio Faria aproveitou o episódio para ironizar Bonner. "Depois de jantar o Bonner veio comer um hot dog aqui", disse, em referência ao apresentador do programa.

Nas redes sociais, bolsonaristas compartilharam trechos da entrevista. Foi bastante explorado o momento em que Bolsonaro respondeu a um questionamento de Bonner sobre sua aliança com o centrão dizendo que o jornalista o estimulava a se converter num ditador. "Por que o centrão são mais ou menos 300 parlamentares. Se eu os deixar de lado, eu vou governar com quem? Não vou governar com Parlamento", disse.

De acordo com levantamento da Quaest, durante a exibição da entrevista 9 milhões de pessoas foram impactadas, em média, com publicações nas redes sociais sobre a sabatina.  Os momentos em que ele se saiu melhor, de acordo com a Quaest, foram quando ele discutiu com Bonner sobre ter chamado o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de canalha; quando condicionou aceitar o resultado da eleição, e ao falar do centrão.

Poder - Folha de S. Paulo


quarta-feira, 6 de julho de 2022

Vira-lata is beautiful - Gazeta do Povo

Guilherme Fiuza

 

O Brasil gostou de ter o mundo aos seus pés através do futebol. Foi a superação do complexo de vira-latas, na psicanálise baldia imortalizada por Nelson Rodrigues. Em 2022 se completam 20 anos que o país teve pela última vez a glória máxima da Copa do Mundo – o Pentacampeonato no Japão. 
Por que os ex-vira-latas ficaram a ver navios desde então? 
O que há de errado com esse pedigree?

Talvez uma boa pista seja examinar o reverso da psicanálise rodrigueana. Sem nenhuma pretensão de pontificar, ou de suscetibilizar os especialistas, talvez o último triunfo da maior seleção de futebol do mundo tenha sido alcançado justamente pela falta do pedigree. Ou seja: o Brasil foi campeão mundial em 2002 como um vira-latas.

Ronaldo “Fenômeno” não só não estava em momento fenomenal, como se recuperava de uma cirurgia delicada no joelho e seu prognóstico para participação na Copa era duvidoso. Por outro lado, Romário, o herói do Tetra, ainda jogava em alto nível e tinha sido cortado de forma controversa na Copa anterior (por lesão que alguns achavam insuficiente para barrá-lo). A pressão pública era grande para que Romário estivesse na seleção de 2002.

 

O alvo dessa pressão era Luís Felipe Scolari, o técnico rude que viera substituir a escola “científica” de Parreira/Zagallo. E o gaúcho Felipão não queria saber de Romário. Criou um grupo fechado de alta confiança que a imprensa batizou de “Família Scolari”: comando, humildade, sacrifício, lealdade. Estrelismos e condutas temperamentais estavam fora. O mundo podia cair na cabeça de Felipão que ele não chamaria Romário.

Até na então nova série da TV Globo “A grande família” o tema aparecia de forma hilariante. Para disfarçar um arranca-rabo de casal diante de um hóspede, Lineu alegava que Nenê estava furiosa com o clamor geral por Romário: “A Nenê acha que o Romário não tem mais espaço na seleção”, tentava disfarçar o personagem de Marco Nanini. Já o “Casseta & Planeta” satirizava o estilo bronco de Felipão chamando-o de “Pré-Scolari”. O caminho da seleção brasileira rumo ao Japão tinha de tudo, menos soberba.

Teimoso, Felipão cismou de esperar Ronaldo para comandar o seu ataque – e as imagens do atacante de muletas não muito longe do início da competição davam um ar surrealista àquela aposta. Às vésperas do início da competição, o técnico perdeu seu capitão – o volante Emerson se contundiu numa situação prosaica de um treino recreativo, no qual estava atuando como goleiro. Parecia mesmo um roteiro todo errado.

Para o lugar de Emerson, um jogador forte de contenção, foi chamado o pouco conhecido Kléberson, que não tinha a mesma força. Muito menos a mesma liderança. Kléberson trouxe ainda mais humildade a um grupo já voltado para esse valor, e trouxe leveza ao time em campo. Foi um dos destaques do Penta.

Ronaldo se recuperou a tempo de jogar a Copa não como o “Fenômeno” imparável das grandes arrancadas, mas com uma versão, por assim dizer, minimalista da sua exuberância. Menos correria, toques cirúrgicos, passes precisos, arremates certeiros. Ronaldo foi Romário na Copa do Japão. Até gol de biquinho fez – uma das características do jogo econômico do Baixinho. E compôs uma dupla perfeita com Rivaldo, o Tímido. Nesse time de 2002 jamais seriam vistos jogadores ajeitando o penteado antes de entrar em campo, como passamos a ver depois.

Tudo bem, os tempos mudaram. Mas já na Copa seguinte – em 2006, na Alemanha – era possível ver a ascensão da arrogância. 
As exigências de hotelaria dos jogadores eram mais visíveis que as notícias sobre o treinamento em si. 
De novo estava no ar a sensação enganosa de que a taça estava à nossa espera era chegar e levar. Isso nunca deu certo.

Nesse time de 2002 jamais seriam vistos jogadores ajeitando o penteado antes de entrar em campo, como passamos a ver depois

E o clímax do erro se deu 12 anos após o Penta, quando o mesmo Felipão encarnou uma versão anti-Felipão: Copa do Mundo no Brasil, festa, oba-oba, a bola ia para dentro do gol só pelo empurrão da torcida – e ainda tinha um time estrelado com Neymar e cia para dar uma ajudinha. A austera Família Scolari de 2002 virou uma passarela de ungidos em 2014 – e consumou-se o maior vexame da história da seleção, surrada pela Alemanha por 7 a 1.

O Brasil tem muito a aprender com os “vira-latas” vitoriosos de 2002 – não só no futebol. Superar complexo de inferioridade é bom. Mas desenvolver complexo de superioridade não é nada bom. Quem desdenha da simplicidade já perdeu. A feira de afetações foi longe demais. Botem a bolinha no chão. Está cheio de falso pedigree por aí.[este ano o timinho brasileiro, tendo como técnico o tal de 'Tite"  e com jogadores que pensam ter pedigree, sem saber sequer o que é - sendo um dos seus principais o inútil 'cai-cai', se orgulham que ele joga no timinho, em Copa do Mundo,  desde 2010 e fingem esquecer que o timinho no mesmo período não ganhou nenhuma - não vai levar a Copa do Catar e agora tem duas ou três seleções querendo quebrar o recorde da Alemanha = surrar o timinho do Tite e TV Globo por 8 x 0. Confiram e nos cobrem, se errados estivermos.]

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 20 de junho de 2022

Imprensa em campanha - Revista Oeste

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Na terça-feira 7, leitores dos principais jornais impressos ou os que navegam por grandes portais de notícias toparam com a novidade: uma tarja preta no alto das páginas com os dizeres “Dia Nacional da Liberdade de Imprensa — Uma campanha em defesa do jornalismo profissional”. Mais uma ideia do “consórcio” um aleijão jornalístico que, durante a pandemia de coronavírus, unificou o noticiário e as opiniões dos principais veículos de comunicação.

A efeméride era o que menos importava nessa campanha. Nenhum jornal ou emissora de TV jamais celebrou esse dia. A data nunca foi lembrada nas salas das faculdades de jornalismo. 
A comemoração insincera não passava de outra provocação ao presidente Jair Bolsonaro, alvo da maior perseguição coletiva registrada nas redações desde o violento antagonismo que levaria Getúlio Vargas ao suicídio. [inclusive, jornalistas da velha imprensa, da mídia militante,   sugeriram ao presidente Bolsonaro que se suicidasse e um desejou que morresse.]

Também foi um ataque aos novos produtores de conteúdo que hoje predominam nas redes sociais e deixaram a velha imprensa para trás: os “blogueiros” — como são chamados pejorativamente. A perda de mercado publicitário em novas plataformas perturba os ex-gigantes da imprensa, que não sabem como reverter o quadro. Daí a soberba na frase: “Em defesa do jornalismo profissional”.

A abertura do Jornal Nacional, da TV Globo, naquela terça-feira foi um retrato de como os jornalistas vivem num mundo paralelo. 
Heraldo Pereira e Renata Vasconcellos ficaram em silêncio durante um minuto. 
Não anunciaram a tradicional escalada de manchetes e entreolharam-se duas vezes. Parte do público certamente não entendeu nada. Provavelmente, alguns telespectadores tentaram, sem sucesso, aumentar o volume do televisor.

Para o brasileiro que não frequenta redações, aquilo não fez o menor sentido. Mas, para os editores da Globo, o intuito era comover colegas de profissão — e tentar irritar Jair Bolsonaro.

“Despiora”
Depois de toda a histeria com as manchetes de festim da covid, tem chamado a atenção o malabarismo da imprensa com o noticiário econômico. 
O país reagiu com resiliência ao lockdown político de governantes determinados a sangrar o governo federal. O fôlego da economia surpreendeu bancos e consultorias de investimentos, e, apesar dos prognósticos dos especialistas de redação, não houve a anunciada recessão. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1% e deve chegar a 2% em dezembro
Esse número pode ser ainda melhor, porque houve reaquecimento da indústria; depois de um período de falta de insumos chineses, o setor de serviços está a todo vapor e o agronegócio espera por uma safra boa nos próximos meses.

Outro dado importante: o desemprego caiu e o volume de empregos com carteira assinada está aumentando foram 200 mil contratações em abril. As contas públicas também estão em ordem: o superávit primário foi de R$ 39 bilhões até abril. Segundo o Banco Central, o saldo positivo em 12 meses foi de R$ 138 bilhões — 1,5% do PIB. 

São números que mostram resistência ante a inflação galopante, um drama global pós-pandemia e uma guerra em curso na Europa há três meses.É aí que começa o festival de conjunções adversativas que precede algo desagradável. Tornou-se quase impossível encontrar uma manchete sem “mas”, “porém”, “entretanto”. Surgem aberrações como “despiora” da economia e a tristeza no semblante da apresentadora da CNN ao comunicar que, “infelizmente, vamos falar de notícia boa”.

A politização da morte
Durante dois anos, os jornais estamparam nas primeiras páginas os números de mortos pela covid e destacaram o que havia de mais mortal no vírus chinês. Em nenhum outro país do mundo o presidente da República foi responsabilizado pelas mortes decorrentes da pandemia de coronavírus.  
No Brasil, o jornalismo de necrotério colocou na conta de Bolsonaro os mais de 600 mil mortos. Nessa época, o adjetivo genocida foi acrescentado aos já usados fascista, racista, misógino e homofóbico, fora o resto.
Com o arrefecimento da pandemia, os veículos de comunicação saíram em busca de novas acusações. 
O presidente foi acusado pelas secas no Sul, pelas enchentes no Nordeste, pela alta no preço dos combustíveis, pela chegada da varíola dos macacos, pela teimosia da Ômicron, pelo que não deu certo na Cúpula das Américas e pela pobreza e pela fome que nunca abandonaram o país.

A mais recente acusação responsabilizou o chefe do Executivo pela morte do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, assassinados por praticantes da pesca ilegal numa reserva indígena da Amazônia. Mesmo quando o caso foi solucionado, os jornais continuaram a insinuar que Bolsonaro era o culpado pelo crime.

Desde sempre a Amazônia sofre com o narcotráfico e tem a presença de garimpeiros e pescadores ilegais. Como lembrou Rodrigo Constantino nesta edição de Oeste, “quando a missionária Dorothy Stang foi morta, com sete tiros, em 2005, ninguém achou prudente culpar o então presidente Lula pelo episódio”.

Indulto a Lula
Em maio, a edição 112 de Oeste relembrou o memorial de escândalos que marcou a era petista no Palácio do Planalto
 Não é exagero afirmar que nunca se roubou tanto dos cofres públicos. 
A reportagem citava personagens que um eleitor de 16 anos, apto a votar pela primeira vez em outubro, não conheceu. Mas os jornalistas sabem — ou têm a obrigação de saber — quem são esses personagens do submundo do poder: Delúbio Soares, Marcos Valério, João Vaccari Neto, Pedro Barusco, Nestor Cerveró, Renato Duque e tantos outros.

Na quarta-feira 15, a Folha publicou em seu site uma reportagem que tentava explicar por que Lula era inocente sem ter sido inocentado

Como pode um articulista que assistiu a horas de depoimentos da CPI dos Correios aceitar a volta de Lula e do PT ao poder? 
Como é possível um jornalista que acompanhou sete anos e 79 fases da Operação Lava Jato aceitar que o grupo condenado por formação de quadrilha retorne à cena do crime? 
Qual a lógica em defender a liberdade de imprensa e apoiar um candidato que promete censurar os meios de comunicação em seu programa de governo?
 
Há duas possibilidades de respostas: 
1) os jornais, as rádios e as TVs viveram mais de uma década de bonança com as verbas de publicidade da Secretaria de Comunicação da Presidência repassadas por Lula e Dilma Rousseff; 
2) #EleNão — o discurso de que Bolsonaro não pode exercer a Presidência da República simplesmente porque os jornalistas não gostam do jeito dele.

A aversão ao presidente nas redações é tamanha que o termo “bolsonarista” é usado como uma espécie de xingamento. Por exemplo: o deputado condenado é “bolsonarista”, o empresário, o blogueiro, o cineasta cujo filme o crítico não aprova etc. Não há arquivo de textos da velha imprensa citando empresários “lulistas” ou banqueiros “dilmistas”.

Na quarta-feira 15, a Folha publicou em seu site uma reportagem que tentava explicar por que Lula era inocente sem ter sido inocentado. “Lula é inocente? Sim. Não há nenhuma sentença válida atualmente contra o ex-presidente.” Segundo o palavrório, o ex-presidente chegou a ser condenado pelo então juiz Sergio Moro e por Tribunais Superiores na Operação Lava Jato, mas os processos foram anulados pelo STF. O jornal avisa que se amparou em “razões técnicas”: 1) “a parcialidade de Moro para punir o petista”; 2) “as causas deveriam ter tramitado no Distrito Federal, não no Paraná”.

O parágrafo seguinte pergunta e responde: “Lula foi inocentado? Não. Nos principais casos contra o ex-presidente e na acepção mais comum da palavra ‘inocentado’, que corresponde a absolvido, não é correto empregar o termo para se referir à situação de Lula”.

Como observou o jornalista J.R. Guzzo nesta edição de Oeste, sempre que você ler no jornal ou ouvir na televisão algo que não entende, ou que lhe parece uma cretinice, fique tranquilo — é você quem está com a razão, e não eles.

Em maio deste ano, a revista Piauí foi ainda mais explícita na campanha pelo ex-presidente. “Quando anoitecer será tarde demais para descobrir que Jair Bolsonaro cortou a energia da democracia e mergulhou o país na escuridão do autoritarismo”, afirma o texto de abertura. Depois de reconhecer que existem apenas dois candidatos com chances de ganhar as eleições, o articulista conclui que, “se ganhar, Bolsonaro não convidará seus adversários para a noite de autógrafos”. São quase 1,4 mil palavras. Não há uma única explicação para que a redação da Piauí enxergue em Bolsonaro o carrasco da democracia.

Pesquisa do dia
Outro fenômeno desta eleição é a multiplicação de pesquisas eleitorais — algo jamais visto no noticiário. São vários levantamentos semanais, feitos por institutos de todas as partes do país, alguns deles absolutamente desconhecidos, financiados por bancos, consultorias, corretoras do mercado financeiro, empresas de comunicação e até do ramo imobiliário. Os registros são feitos praticamente todos os dias no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na quarta-feira 8, havia mais de cem pesquisas registradas em seis meses.

Se no passado esses resultados eram guardados a sete chaves por jornais e emissoras de televisão até o horário nobre para ser divulgados, hoje são publicados a qualquer hora do dia nas redes sociais. Tampouco são exclusivos para os jornalistas — clientes de bancos e consultorias, por exemplo, recebem os números via WhatsApp ou conta de e-mail, de acordo com o seu perfil.

A quantidade de números é tamanha que o UOL criou um “selo de qualidade”. O portal considera confiáveis, por exemplo, as pesquisas do Datafolha, que faz parte do mesmo grupo empresarial. O jornal O Estado de S. Paulo fez pior: inventou o que foi batizado de “agregador” de pesquisas. É uma espécie de liquidificador das diversas sondagens realizadas em determinado período. Feita a mistura, chega-se a um número mágico. Em seis meses, foram trituradas 60 pesquisas de 14 institutos.

Tudo somado, fica evidente que Lula seria eleito no primeiro turno se a eleição fosse hoje. O problema é que está marcada para outubro. Caso ocorra o contrário, os fabricantes de porcentagens dirão que pesquisa é um retrato do momento. Sairão de cena por alguns meses para retomar a sequência de erros grosseiros na eleição seguinte.

Leia também “O golpe que nunca existiu”

Branca Nunes - Silvio Navarro, colunistas - Revista Oeste


quarta-feira, 1 de junho de 2022

Ministério Público do Trabalho ajuíza ação contra a Globo por denúncia de assédio sexual contra Marcius Melhem - Folha de S. Paulo

Mônica Bergamo

A empresa terá que responder por suposta omissão 

O Ministério Público do Trabalho ajuizou uma ação civil pública contra a TV Globo por causa das denúncias de assédio sexual que envolveram o ex-diretor do departamento de humor da emissora Marcius Melhem. A empresa terá que responder por suposta omissão em relação aos fatos narrados pelas vítimas.
 
PASSO ADIANTE 
Treze artistas, entre atrizes e roteiristas do núcleo de humor da Globo, participaram da denúncia coletiva que deu origem a uma investigação no Ministério Público do Trabalho (MPT). Depois de colher depoimentos, o inquérito foi encerrado e deu origem à ação agora apresentada ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região.
 
PASSO 2
O caso corre em segredo de Justiça. A TV Globo afirma desconhecer a ação. E diz que não comenta processos que estejam sub judice. O MPT também não quis se manifestar. Melhem sempre negou que tenha assediado as atrizes.

LINHA... 
A primeira denúncia contra Melhem foi feita pela atriz Dani Calabresa, em 2019. Mas foi mantida em segredo e veio a público, sem muito alarde, como um caso de assédio moral.

... DO TEMPO 
No ano seguinte, a advogada Mayra Cotta, representando 12 pessoas, afirmou à coluna que Melhem tinha agido de forma violenta contra as atrizes. E relatou a série de denúncias que existiam contra ele, a maior parte delas de assédio sexual.
 
DEMORA 
No ato de instauração do inquérito, o MPT cita o fato de as atrizes se mostrarem "desanimadas com a postura da empresa [Globo], que ainda se mostra de certa forma conivente ao demorar em tomar providências contra esse tipo de assédio moral e sexual".

 Mônica Bergamo, colunista - Folha de S. Paulo

 

domingo, 13 de fevereiro de 2022

Quanto a Globo deve ao governo e o risco à concessão em 2022 - Terra

As regras de concessão de rádio e TV

Bolsonaro avisou que só vai renovar a licença da emissora se não houver nenhuma pendência com a União

A renovação da concessão pública de um veículo de comunicação (rádio ou TV) depende de sua situação econômica e regularidade fiscal.  
Risco de insolvência, dívidas com a Receita Federal e pendências de recolhimento ao INSS podem servir de argumento para que o governona autoridade do presidente da República – suspenda a licença de funcionamento do concessionário
A atual concessão da Globo expira em 5 de outubro de 2022 e, há dois anos, gera uma guerra de nervos entre Jair Bolsonaro e a cúpula da emissora.

Bolsonaro espera a hora certa para decidir sobre a concessão da Globo
Bolsonaro espera a hora certa para decidir sobre a concessão da Globo
Foto: Fotomontagem: Blog Sala de TV

Com base na Lei de Acesso à Informação, o Poder360 revelou quanto a TV Globo deve à União. Entre impostos não recolhidos e dívidas com a Previdência, a pendência é de R$ 330 milhões (valor referente a novembro). Dessa quantia, a situação irregular corresponde a apenas R$ 1 milhão, ou seja, uma fração mínima. A maior parte do débito já foi negociada ou teve decisão judicial favorável ao canal. O risco de a Globo ser suspensa por questões burocráticas e tributárias é praticamente nulo.

Em várias ocasiões, Jair Bolsonaro avisou que só vai renovar a concessão se a TV do clã Marinho estiver em dia com todos os compromissos com o governo. Em 22 de novembro, o presidente falou a respeito ao fazer pit stop no cercadinho diante do Palácio da Alvorada. “A Globo tem encontro comigo ano que vem. Encontro com a verdade”, disse. “Não vou perseguir ninguém. Tem que estar com as certidões negativas em dia, um montão de coisas aí.”

Em maio de 2020, irritado com a cobertura que a Globo fazia da atuação do governo na pandemia, Bolsonaro atacou. “Não é ameaça, não, assim como faço para todo mundo, vai ter que estar direitinho a contabilidade, para que você (Globo) possa ter sua concessão renovada. Se não tiver tudo certo, não renovo a de vocês nem a de ninguém.”

O tom foi mais incisivo em live realizada em outubro de 2019, em reação a uma matéria do ‘Jornal Nacional’ que vinculava o nome do presidente às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco. “Temos uma conversa em 2022. Eu tenho que estar morto até lá... O processo (de renovação da concessão) tem que estar enxuto, tem que estar legal. Não vai ter jeitinho pra vocês nem pra ninguém.”

Inaugurada em abril de 1965 pelo empresário Roberto Marinho, a Globo possui cinco emissoras próprias: duas geradoras (TV Globo Rio de Janeiro e TV Globo São Paulo) e três filiais (Globo Minas, Globo Brasília e Globo Nordeste). Além disso, conta com mais de 120 afiliadas nos quatro cantos do País. A atual concessão foi assinada pelo então presidente Lula em abril de 2008, com data retroativa a outubro de 2007, e validade de 15 anos.

As emissoras de rádio e de televisão abertas operam sob concessões do poder público, que têm validade de 15 anos e cuja renovação costuma ser um processo burocrático que não chama muito a atenção. Mas o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a colocar em dúvida a continuidade das atividades de uma TV específica, a Globo. A concessão da maior rede aberta do país vence em 5 de outubro deste ano e, segundo o presidente, a renovação pode enfrentar “dificuldades”.

“A renovação da concessão da Globo é logo após o 1º turno das eleições deste ano. E, da minha parte, para todo mundo, você tem que estar em dia. Não vamos perseguir ninguém, nós apenas faremos cumprir a legislação para essas renovações de concessões. Temos informações de que eles vão ter dificuldades”, disse Bolsonaro neste sábado (12/2) em entrevista ao político (sem mandato) e radialista Anthony Garotinho (PROS), na Rádio Tupi.

Nessa mesma entrevista, Bolsonaro voltou a questionar o sistema eleitoral brasileiro: “A gente vê com preocupação, porque… Não quero entrar em detalhes, nós temos um sistema eleitoral que não é de confiança de todos nós ainda”, disse. “A máquina, tudo bem, a máquina não mente. Mas quem opera a máquina é um ser humano. Então, existem ainda muitas dúvidas no tocante a isso e a gente espera que nos próximos dias a gente tire essa dúvida”, prosseguiu ele, que tem usado questionamento sobre a segurança das urnas enviadas pelas Forças Armadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para levantar mais uma vez a tese de fraude eleitoral (da qual nunca apresentou provas, apesar de fazer várias acusações).

A concessão pública para a exploração de rádio e TV segue regras legislativas que datam da década de 1960, mas foram atualizadas no governo de Michel Temer (MDB) com algumas simplificações de procedimentos e ampliações de prazo.

Nos ataques que faz à Globo, Bolsonaro costuma sugerir que dívidas fiscais podem impedir a emissora de conseguir a renovação. A Globo não se pronunciou sobre as palavras do presidente da República.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ameaçar neste sábado, dia 12, a renovação da concessão pública da TV Globo. Segundo o presidente, a emissora carioca poderá “enfrentar dificuldades” para obter a renovação da outorga de serviços de radiodifusão, que vence em 5 de outubro, quando completa o prazo de quinze anos. “A renovação da concessão da Globo é logo após o primeiro turno das eleições deste ano. E, da minha parte, para todo mundo, você tem que estar em dia. […] Não vamos perseguir ninguém, nós apenas faremos cumprir a legislação para essas renovações de concessões. Temos informações de que eles vão ter dificuldades”, disse o presidente em entrevista ao ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PROS), na Rádio Tupi. [o presidente Bolsonaro fará cumprir a legislação - o Congresso não pode alterar a legislação em função dos interesses de um determinado grupo jornalístico; quanto à TV Globo ser parcial em relação ao governo Bolsonaro - maximizando o que pode ser narrado de forma desfavorável ao governo do capitão e minimizando os pontos positivos - é FATO que não pode ser contestado. 
O desenlace desejado e esperado por todos que gostam da mídia que apresenta a notícia verdadeira, imparcial, comentando os fatosnão as narrativas é que tendo a Rede Globo débitos com a União Federal a concessão não seja renovada. 
Os 'contadores de cadáveres' dos jornais da TV Globo, especialmente o JN, terão que procurar novos empregos e já sabem que não serão bem aceitos em outras emissoras.]

O presidente retomou, dias depois de alegar que defende a liberdade de imprensa, fez críticas à Globo e se disse perseguido pelo jornalismo do canal. “Eu fui muito mais perseguido que você, Garotinho”, acenou o presidente ao radialista da Tupi, agora seu aliado político. “Com todo respeito, eu sou um herói nacional. Sempre disseram que ninguém resiste a dois meses de Globo. Eu estou resistindo.”

As declarações de Bolsonaro também ocorrem num contexto de reiteradas críticas à ideia defendida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu virtual adversário nas eleições presidenciais deste ano, de regulação da mídia. [os fatos, a conjuntura mostram que o virtual neste parágrafo está no sentido do que não tem real valor, não expressa o material e sim,  o fantasioso.]

Ao longo do mandato, Bolsonaro deu diversas declarações dúbias, que deixam dúvidas sobre sua intenção de não recomendar a renovação da outorga à empresa da família Marinho. Ele costuma usar essas declarações como forma de mobilizar seus simpatizantes, principalmente nas redes sociais, contra a emissora. Em uma delas, disse que a empresa deveria estar “arrumadinha”, do ponto de vista tributário. [o presidente apenas citou o que a lei determina.]

Portal Terra - Jeff Benício


sábado, 29 de janeiro de 2022

De biquíni fininho, Patrícia Poeta esbanja beleza em Fernando de Noronha

Apresentadora deixou internautas de queixo caído ao exibir sua boa forma 

 (crédito: Reprodução)

 (crédito: Reprodução)

[Ela merece; além do visual maravilhoso, foi a primeira a enquadrar o coveiro-chefe da TV Funerária. ]

Patrícia Poeta vem compartilhando diversos momentos de suas férias em Fernando de Noronha com seus seguidores nas redes sociais. Na manhã desta sexta-feira (28/01), a apresentadora voltou a arrancar suspiros dos internautas após publicar uma sequência de fotos de biquíni todo colorido em verde, branco e marrom, e exibiu toda a sua beleza no Arquipélago de Pernambuco.

Aos 45 anos, ela deixou os fãs de queixo caído ao exibir seu físico invejável. Com o cabelão solto, ela ousou nas poses esculturais, a jornalista se clicou sentada e em pé nas pedras, e exibiu a barriga chapada.

Na legenda, Patrícia lamentou o fim das férias na praia paradisíaca e garantiu que já estará de volta às telinhas da TV Globo neste fim de semana. "Longe de casa, no paraíso. Registros dos últimos dias de folga. Se conectar com a natureza não tem preço, né?! Vou embora daqui sempre com o gostinho de 'quero mais'. Até breve, Noronha! Amo essa ilha e as pessoas que vivem nela! Valeu, mais uma vez! Ah, te espero amanhã no É de casa! De volta ao batente!".

Nos comentários, os fãs não deixaram por menos e elogiaram a beleza da comunicadora. "Que mulher linda, meu Deus", escreveu uma fã. "Um espetáculo, simplesmente perfeita", comentou outra. "Benza Deus com tanta beleza", reforçou uma terceira. "Nossa que mulher linda", pontuo um seguidor. "Mulherão maravilhosa levantou até a minha pressão", brincou um admirador. "É a nora que a mãe mamãe sonha", disparou um internauta.

Veja mais fotos

Arte - Correio Braziliense


segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

"Cometi um erro, mas não merecia ser humilhado", diz jovem algemado a moto de PM

 Jhonny Italo foi algemado a moto de policial e puxado por cerca de 300 metros depois de ser preso em flagrante por tráfico de drogas

 (crédito: Twitter/ reprodução)

 (crédito: Twitter/ reprodução)
 
O jovem, de 18 anos, que aparece algemado a moto de um policial militar em um vídeo que circula nas redes sociais se disse "humilhado" pela situação. Em um bilhete enviado do Centro de Detenção em que está preso preventivamente ao Fantástico, programa da TV Globo, Jhonny Italo da Silva, admitiu ter errado e disse ter tido medo de morrer. "Me senti humilhado, tive medo de morrer. Cometi um erro, mas não merecia ser humilhado", disse. 
 
Jhonny foi preso em flagrante após ser pego transportando maconha.  No vídeo, que viralizou nas redes sociais, ele aparece com o pulso algemado a moto de um policial militar e é forçado a correr enquanto é puxado pelo veículo. O caso aconteceu na terça-feira (30/11) na zona leste de São Paulo. No vídeo, a pessoa que filmou ri da situação e ainda diz que o jovem "está andando igual um escravo".  
 
 Na quarta-feira (1°/12), a prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela Justiça de São Paulo"A ocorrência de violência policial no momento da prisão em flagrante deverá ser apurada na esfera adequada através de procedimento próprio", registrou a juíza Julia Martinez Alonso de Almeida Alvim na decisão. 
 
[antes de acusarem o policial militar considerem que:
- o traficante Jhonny é um criminoso, um bandido, (não se trata de um reles punguista que é flagrado, leva uns cascudos e passa algumas horas sem furtar) um traficante de drogas  que foi preso em flagrante - quando transportava drogas para uma entrega; 
o policial militar em ato de extrema dedicação ao cumprimento do DEVER, efetuou a prisão em flagrante e se viu diante do dilema = prendeu um elemento perigoso, portando quantidade apreciável de drogas (não era para consumo próprio e sim  para uma entrega, evidenciando tráfico) sendo imperioso sua condução a uma delegacia policial para lavraturas do flagrante. 
Não podendo liberá-lo e sendo a moto inadequada para conduzir com o conforto que os defensores de bandido desejam, restava ao policial solicitar uma viatura e enquanto isso permanecer com um criminoso e com drogas em via pública, sem nenhuma cobertura, sujeito a que o dono da droga que o preso transportava, buscando recuperar sua mercadoria,  ou  outros bandidos tentassem roubar a droga e fuzilassem o policial; 
a outra alternativa era conduzi-lo à delegacia mais próxima - ato impossível de ser praticado em uma moto - ou algemasse o preso à moto e o transportasse.
Com a  conduta adotada o policial além de  cumprir seu DEVER, garantiu sua segurança e de a de terceiros - que seriam as primeiras vítimas caso o pessoal do tráfico, outros bandidos, tentassem resgatar a droga e/ou o transportador.
Não sejamos hipócritas, o que esse policial merece é uma medalha pela sua coragem e dedicação do CUMPRIMENTO DO DEVER.
O resto é politicagem barata. Clique aqui e veja vídeo gravado por um ex-candidato a presidência da República  - o tal de Boulos, aquele que manda invadir imóveis e depois cobra aluguel dos invasores que se tornam seus inquilinos.
O fato da Justiça ter convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva é prova inequívoca de que a prisão foi legal, adequada e cabível.]

A Polícia Militar de São Paulo determinou a instauração de um inquérito policial militar para apurar o caso e afastou o policial envolvido na ação. As associações Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo entraram com uma ação civil pública na Justiça contra o governo de São Paulo pedindo reparação por dano moral coletivo [dano moral coletivo?prender bandido em flagrante é dano coletivo?]  para a população negra e ao povo brasileiro de modo geral, em razão de graves atos de violência policial.
 
Brasil - Correio Braziliense