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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Ou impeachment ou o caos.



Procura-se um jardineiro
Ou impeachment ou o caos.
O dia 12 de Abril será o enxotamento dos petralhas. Será o começo do fim.
Tenho dito que o mundo político é como o quintal da nossa casa, onde brincam os filhos e brincarão toda a descendência. Cabe ao dono da casa, o cidadão, escolher se seu quintal será um monturo ou se um jardim. O Brasil está um monturo e precisa urgentemente de um jardineiro para pôr mãos à obra.
Esse é o sentido das grandes manifestações populares anti-PT, como a do 15 de Março e como será a de 12 de Abril. Toda a gente anseia pelo jardineiro que irá fazer as flores florirem novamente. A higienização do quintal é a tarefa preliminar. Remover o PT é um imperativo histórico, é a expressão dessa higienização.
José Augusto Guilhon de Albuquerque, em excelente artigo  (Oday after) proclama o dilema brasileiro: ou impeachment ou o caos.

É claro que o caos não pode imperar, de onde se conclui que uma transição de poder terá que acontecer. A questão é saber qual virá. Eu torço para uma solução constitucional, com a saída de Dilma Rousseff e a posse do vice, Michel Temer. Como os motores da história estão em movimento e são imprevisível, nada pode ser antecipado.

Michel Temer tem o perfil adequado para ser esse jardineiro reparador do monturo. Não espero dele santidade, espero que faça o que o PMDB tem feito, de fortalecer as instituições, a separação de poderes e a contenção dos ímpetos revolucionários. Ter um jurista constitucionalista como ele como vice faz com que rememoremos o bordão: o homem certo no lugar certo. O PMDB, como partido hegemônico, poderá dar a estabilidade necessária.

Já o PSDB é um partido invertebrado e vacilante. Não recebe a ojeriza que o público devota ao PT, mas não encanta, não tem discurso, não tem esqueleto. A derrota em Minas Gerais do candidato Aécio Neves foi emblemática e decisiva e só não aconteceu em São Paulo porque aqui toda a gente quer o fim do PT. PSDB é um saco vazio que não pode se manter em pé. Aliás, nas eleições do ano que vem em São Paulo, para prefeito, poderemos ver o efeito desse desencanto dos eleitores. Poderemos ter grandes surpresas. O partido perdeu o timing dos acontecimentos e está a reboque dos fatos. Não consegue liderar nada. Um vácuo.

De qualquer modo, uma transição ensejará e demandará uma composição do PMDB e do PSDB. Este último não gosta muito do primeiro, mas é inevitável que algo assim acontece. O PT e seus íntimos aliados revolucionários é que formarão a nova oposição.
Tudo está pronto para a transição. Quem viver verá.

Fonte: Nivaldo Cordeiro - http://nivaldocordeiro.net/