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domingo, 4 de junho de 2017

A delação de Palocci: MPF exige que tenha Lula e BTG - Tem também as de Mantega e Loures

Na negociação de delação de Antonio Palocci, o MPF fez um pedido explícito: que o ex-ministro fale sobre o BTG Pactual e Lula.

Na delação, há anexos sobre a Caoa, Cosan, BVA e o Carf.

Delações à vista



Não é preciso ter uma informação privilegiada para apostar na possibilidade de o ex-assessor do Palácio do Planalto Rodrigo Rocha Loures, preso ontem pela manhã em Brasília, fazer uma delação premiada, denunciando o presidente Michel Temer.  Assim como são conseqüências naturais das investigações as delações dos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega. Rocha Loures com mais razão ainda, pois não parece desses militantes convictos que se calam para ajudar o partido, como o ex-tesoureiro do PT João Vaccari, ou José Dirceu, que, condenado várias vezes por corrupção, tenta preservar artificialmente a narrativa do “guerreiro do povo brasileiro”.

Nem Palocci nem Mantega são desse tipo, embora petistas de raiz. Pelo que já se sabe, no esquema de corrupção implantado pelo PT, ajudaram o partido e se ajudaram, assim como Dirceu, mas não têm, mesmo falsa, uma biografia heroica a preservar.  Entre ficar na cadeia por muitos anos para proteger Lula e safar-se, escolherão a segunda hipótese, assim como Rocha Loures. O cerco parece estar se fechando em torno dos chefes da organização criminosa montada nos últimos anos no país.

A denúncia, também ontem, contra o ex-presidente Lula no processo do tríplex do Guarujá é uma antecipação do processo do quadrilhão que está sendo organizado pela Procuradoria-Geral da República. Como no famoso Power point do procurador Deltan Dallagnol, Lula é apontado como o chefe da organização criminosa, que montou todo o esquema de corrupção nas estatais do país, a começar pela Petrobras, para preparar um esquema de permanência no poder do PT.

O presidente Temer, por sua vez, terá mais um teste pela frente: o Supremo Tribunal Federal (STF) só poderá analisar o recebimento de uma eventual denúncia contra ele, que parece estar a caminho, com apoio de pelo menos dois terços (342 de 513) da Câmara dos Deputados.  Mais votos que para aprovar a emenda constitucional de reforma da Previdência, por exemplo, que precisa de três quintos dos membros de cada uma das Casas do Congresso, isto é, 308 deputados e 49 senadores.

Está difícil aprovar a reforma, mas, ao contrário, é possível que Temer escape de um processo por falta de quorum para condená-lo, por um corporativismo que domina a atuação dos parlamentares. Se antes os estrategistas do governo, à frente o ministro do Gabinete Civil Eliseu Padilha, considerado um especialista em medir a pressão da Câmara, faziam contas para aprovar as reformas, agora as fazem para evitar um processo contra Temer.  O governo precisa apenas de 171 votos a seu favor para impedir a continuidade de um eventual processo, e por enquanto parece que ainda tem esse apoio. Mas, a depender do impacto das revelações de Rocha Loures, se acontecerem, é possível que esse apoio a Temer desapareça.

À medida que a Operação Lava- Jato vai desvendado as tramas de corrupção acontecidas no país nos últimos anos, vai também revelando de que maneira os partidos políticos montaram seus esquemas de poder. E a auto-proteção acaba prevalecendo.  Só que a cada delação, a cada revelação de detalhes das tramóias, vai ficando insustentável essa situação. Um governo que luta para sobreviver, cujo principal objetivo passa a ser salvar-se da guilhotina em vez de aprovar projetos no Congresso, está fadado ao fracasso. [é sempre bom lembrar que o fracasso do Governo Temer representa o Brasil voltar a afundar na estagflação, a mistura mais diabólica contra um país: inflação + recessão.
Vale a pena ferrar o Brasil, perder mais dez anos para voltar ao que era em 2010, apenas para impedir um presidente de cumprir  alguns meses de mandato?
Mesmo sendo impedido via Congresso ou condenado pela Justiça, Temer vai levar o resto deste  ano e parte de 2018 para sair. 
E quem vai assumir no lugar de Temer?
Dependendo de quem assumir os dez anos a perder poderão se transformar em 20; parem de torcer pelo pior, deixem Temer governar, fazer o que for possível das reformas e não interromper o ciclo lento, mas real, de recuperação da economia.
Chega de estupidez ou mesmo birra infantil; o Brasil é maior do que a crise e vale a pena separar a economia da política e resolver a economia.]

A qualquer momento chegará à exaustão e não encontrará mais caminhos para superar os obstáculos pela frente. O julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que começa na terça-feira, é apenas mais um deles. Difícil sobreviver.   

Fonte:  O Globo