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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

OS LIMITES DA OPOSIÇÃO - Stephen Kanitz

Só no Brasil os partidos políticos, que perdem uma eleição, imediatamente se colocam em oposição ao governo democraticamente eleito.

Brados de união para um bem maior não existem. Não me lembro da Direita se colocar imediatamente contra o Governo Lula, impedindo-o de governar desde o primeiro dia.  

Não me recordo de nenhum processo contra os filhos do Lula, apesar de indícios de valores bem maiores do que os 10% da rachadinha. A Dilma foi para impeachment devido aos desmandos econômicos do seu Ministro da Economia, Guido Mantega. Ele saiu ileso.

Essa oposição não se dá conta que foi ela justamente aquela rejeitada pelo povo brasileiro.

Espera-se dos que perderam 4 anos de meditação, 4 anos para analisarem no que erraram, 4 anos para fazerem planos mais bem elaborados para o futuro, e não impedirem que o eleito governe.

Avaliar o governo Bolsonaro fica difícil porque não fica claro quanto a oposição boicotou um governo democraticamente eleito. Oposição não é democracia, oposição no Brasil é claramente antidemocrática.

A oposição brasileira precisa se dar conta que foi rejeitada pelo povo brasileiro nas urnas, e que não foi eleita para fazer oposição.

Blog para se Pensar - Stephen Kanitz - Publicado originalmente 

 

domingo, 25 de abril de 2021

A Constituição e o Kama Sutra - Revista Oeste

Guilherme Fiuza, jornalista 

Um togado com vontade férrea pode até dizer que o roubo do pré-sal só pode ser julgado em vara submarina

Depois que o Supremo Tribunal Federal reabilitou politicamente Lula, condenado a mais de 20 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o mundo do crime ficou mais leve. 
Não pense que é fácil você passar anos da sua vida assaltando e depois não ter paz para desfrutar tudo que você conquistou com o suor alheio. O STF resolveu essa injustiça e agora muita gente que estava vivendo nessa insegurança jurídica — na dúvida se precisa ou não continuar fugindo da polícia — está resolvendo a sua vida também.

Depois que o Supremo Tribunal Federal reabilitou politicamente Lula, condenado a mais de 20 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o mundo do crime ficou mais leve. Não pense que é fácil você passar anos da sua vida assaltando e depois não ter paz para desfrutar tudo que você conquistou com o suor alheio. O STF resolveu essa injustiça e agora muita gente que estava vivendo nessa insegurança jurídica — na dúvida se precisa ou não continuar fugindo da polícia — está resolvendo a sua vida também.

O ex-ministro Guido Mantega já obteve um bom upgrade com a turma do Gilmar — que, conforme já assinalamos, é uma turma que não entra em briga para perder. Mantega não foi ministro do sítio de Lula, mas foi ministro da Fazenda de Lula, o que não é pouco. Tomar conta do dinheiro num governo que virou quadrilha dá trabalho. E ele ainda continuou por lá com Dilma, aquela que caiu por pedalar — ou seja, por transformar contabilidade fiscal em ficção científica. Imagina a trabalheira que esse pobre ministro não teve.

Gilmar foi compreensivo e passou uma borracha nisso tudo — ou ao menos em parte disso. O recurso usado foi aquele mesmo que consagrou Lula como o ladrão mais honesto do país:  
afirmar que a tramoia foi julgada pelo juiz errado. 
É uma tecnologia fantástica que economiza um trabalhão para ficar negando crimes flagrantes que todo mundo viu. Isso é muito desgastante — mas acabou. Nem é mais preciso falar de crime. Basta falar de “competência” — e “plim”, some a dor de cabeça.
A “competência” do juízo que condenou Lula já tinha sido confirmada até em tribunal superior. 
Mas isso não é nada diante da vontade de ajudar os homens de bens. 
E vamos combinar que a sociedade está meio aparvalhada mesmo com a normalização da pancada em quem anda na rua, a assimilação do toque de recolher ditatorial como gesto de “empatia” e a onda de tarados querendo transformar em cidadão de segunda classe quem não tomar agulhada com aquela poção mágica feita na velocidade de um hambúrguer. O que é uma doce hipnose jurídica diante disso tudo? Relaxa.
Alvo da Operação Pentiti da Lava Jato, Mantega foi iluminado pelo farol de Gilmar e sua turma, que enxergaram imediatamente problemas de “competência” na investigação do ex-ministro. E lá se foi outro processo para gavetas bem mais competentes. A tese é aquela: a vara de Curitiba só pode julgar delitos relativos à Petrobras. 
Como você e todo mundo sabe, a Petrobras era só o centro de um sistema de corrupção montado no Palácio do Planalto e executado em escala nacional (e internacional). 
Mas um togado com vontade férrea pode até dizer que o roubo do pré-sal só pode ser julgado em vara submarina. 
Eles descobriram que competência territorial é um poder extraterreno. [aliás, falando em competência extraterrena, dizem as más línguas (não endossamos nem desadoçamos) que já está com o ministro especializado no STF, em competência territorial e temporal,  projeto de decisão monocrática, alterando a competência terrena do STF passará a alcançar toda a Via Láctea. O que está complicando é que esse ajuste, que envolve ano-luz, complica muito. 
Um ano luz demora demais a passar e talvez quando a decisão chegar ao extremo da Via Láctea, o estremo já tenha mudado. É complicado, mas...]

O ex-ministro de Lula era investigado, entre outras coisas, por supostamente ordenhar os arquivos de contratos da Petrobras para preparar pedidos de propina aos fornecedores. O STF está certíssimo: fornecedor da Petrobras não tem nada a ver com Petrobras. Cada um na sua — e a propina na minha, que ninguém é de ferro.

Fica combinado assim: quem tiver sido pego com dinheiro roubado na cueca deve pedir imediatamente ao STF a averiguação de competência judicial. [vai dar rolo..... o Zé Guimarães, aquele petista que inaugurou o transporte de dólares na cueca, vai pedir ao STF averiguação e vai parar tudo. Afinal, o parlamentar perda total, integra a comissão da covid-19. 

O meliante que está sendo investigado na área de jurisdição do flagrante pode pedir a suspensão do processo porque o roubo foi em outra localidade. Questão de competência. 
Mas, se o roubo tiver ocorrido desgraçadamente na mesma localidade do flagrante, não é o caso de perder a esperança: o dinheiro estava na cueca, portanto a cueca é o local do crime. Se ela for importada, o juiz natural do processo não pode estar no Brasil.

Entendeu? A diferença da Constituição para o Kama Sutra está no intérprete. No moderno direito nacional, em se plantando tudo dá.

Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste 


segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Montando as peças - Merval Pereira

O Globo

Bolsonaro tirou Moro da lista de indicados para o STF e passou a citá-lo como um vice ideal para a chapa de reeleição


O presidente Jair Bolsonaro vai montando seu quebra-cabeças com vista à reeleição presidencial nas respostas sobre as indicações que poderá fazer para o Supremo Tribunal Federal (STF). Já anunciou dois candidatos para as duas vagas, e nenhum deles é o ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, a quem a primeira vaga estava prometida. Em novembro de 2020 o ministro Celso de Mello se aposenta compulsoriamente por ter chegado aos 75 anos, e Bolsonaro colocou ontem o atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, na disputa, dizendo que ele “é um bom nome para o STF”.



Oliveira trabalha com Bolsonaro há cerca de 10 anos, e é filho de um seu antigo colaborador. O presidente reafirmou que o ministro da Advocacia Geral da União, André Luiz Mendonça, “terrivelmente evangélico”, é um bom nome para a outra vaga no Supremo, que se abrirá no meio de 2021, com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.



Com isso, Bolsonaro tirou Moro da lista, e passou a citá-lo como um vice-presidente ideal para a chapa de reeleição em 2022. “Seria imbatível essa chapa”, é o pensamento generalizado entre os principais assessores do presidente no Palácio do Planalto, embora Moro em nenhum momento tenha indicado que gostaria de trocar uma vaga certa no STF pela possibilidade incerta de vir a ser candidato a vice-presidente. Ao mesmo tempo em que especula em voz alta sobre essa escolha, o presidente Bolsonaro vê-se às voltas com outras vertentes de seus auxiliares que querem esvaziar o papel do ministro Sérgio Moro, mais popular que o próprio presidente, e volta e meia apontado como possível candidato ele mesmo.



Surgiu recentemente a proposta de dividir o ministério de Moro em dois, dando a parte de Segurança Pública para o ex-deputado Alberto Fraga, da chamada “bancada da bala”. Bolsonaro demorou alguns dias para desmentir o boato, e só o fez depois que Sérgio Moro deu uma declaração pública de que não acreditava nessa divisão, apontando os avanços alcançados no combate à corrupção e à melhoria da segurança pública.



A queda dos índices de criminalidade é argumento indesmentível sobre a eficiência do novo ministério que ocupa. Além disso, o projeto anticrime está no Palácio do Planalto para sanção do presidente Bolsonaro, e precisará ser retomado mais adiante para voltar a ter a cara que Moro gostaria. Sem a segurança pública, Moro ficaria em um ministério da Justiça esvaziado, pois na atual estrutura ministerial a costura política não é feita lá, e nem Moro seria a pessoa indicada para exercer essa função.



A simples possibilidade de Alberto Fraga assumir a segurança pública, porém, já é uma indicação de que qualquer mudança seria para radicalizar a atuação do governo. Assim como acontece com o ministro da Economia Paulo Guedes, embora continuem sendo superministros, os dois já tiveram que se adaptar à presidência imperial de Bolsonaro, e engoliram muitos sapos.



Se a crise econômica for mesmo sendo superada, e o crescimento se confirmar nos próximos anos, o perigo é que ocorra com Bolsonaro o mesmo que aconteceu com Lula. O ministro da Fazenda Antonio Palocci tendo que deixar o governo ainda no primeiro mandato, por conta de denúncias de negociatas com seus amigos da República de Ribeirão Preto, foi substituído por Guido Mantega, que começou a mudar a política econômica, tornando-a mais ao gosto de Lula e do PT. Bolsonaro, que nunca foi um liberal, pode ser tentado a colocar no lugar de seus superministros pessoas ligadas a ele, com o mesmo pensamento. Mas isso só acontecerá se recuperar a popularidade perdida, o que depende paradoxalmente do desempenho dos dois.



As indicações dos candidatos às vagas do Supremo mostram essa tendência de valorizar a proximidade pessoal e a supremacia dos valores conservadores, inclusive religiosos. O ministro Moro já deu uma indireta ao declarar que a religião não diz muito da pessoa escolhida para o STF. 
[o ministro Moro errou feio, quando disse tal indireta:
- a religião é importante em qualquer aspecto, incluindo na política.
Para o Brasil, em que assassinos cruéis estão na espreita de uma oportunidade para retirar de seres humanos inocentes e indefesos (ainda abrigados no ambiente em que deveriam contar com total segurança = a barriga da mãe) o mais sagrado dos direitos: DIREITO à VIDA.

Sabemos que alguns dos supremos ministros se julgam deuses - e de deuses em minúsculas nunca passarão - e que na primeira oportunidade votarão a favor do aborto e estão com pressa, visto que não são eternos como só DEUS e a alma do ser humano é.] 

Se não lhe for oferecida a primeira vaga ano que vem, Moro terá que se manter no cargo até o meio de 2021, para ver para onde o vento sopra. Para isso terá que conservar a popularidade atual, que o torna um ministro quase indemissível e um companheiro de chapa desejável.


Merval Pereira, jornalista - O Globo

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Confissões do centro do poder - José Casado

Segundo Palocci, ministros da Fazenda vazavam informações privilegiadas para bancos

Conhecer pessoas certas em áreas-chave do governo pode ser lucrativo, embora seja radioativo.

Amigos no poder podem prover informações exclusivas, que possibilitem ganhos de 90% em 24 horas ou lucros de 400% em um ano. Também podem criar um monopólio na corretagem de planos de saúde. Decidir uma bilionária disputa entre sócios de um supermercado. Resgatar um industrial arruinado na especulação cambial. Ou mandar fundos de pensão estatais salvar banqueiros. Cenas explícitas desse capitalismo de laços estão nas confissões de Antonio Palocci à polícia. O ex-ministro de Lula e Dilma conta em 39 episódios como funcionavam as conexões entre governo e empresas amigas. 

Narra uma constante de troca de favores com bancos (Bradesco, Unibanco, Santander, Safra, BTG e Votorantim); supermercados (Grupo Diniz e Casino); construtoras (Odebrecht, OAS, Camargo, Queiroz, Andrade, Asperbras, UTC, Engeform e PDG Realty); indústrias (JBS, Ambev, BRF, Souza Cruz); serviços (Rede D’Or, Grupo São Luiz, Amil e Qualicorp); estaleiros (Keppel e Jurong); montadoras (Mitsubishi e Caoa) e seguradoras (BB Seguros, Prudential e Mapfre), entre outras. Todos negam ilícitos. 

De 2009 a 2011, segundo ele, ministros da Fazenda vazavam informações privilegiadas para bancos. Adiantavam o valor referencial dos juros — conhecer a taxa Selic antes da divulgação é como obter antecipadamente o resultado da loteria.
Confessa “beneficiado o Bradesco”, que refuta “ilações descabidas”. Diz que o sucessor na Fazenda, Guido Mantega, informava o BTG: “Só para se ter uma ideia, entre 31 de agosto e 1º de setembro (de 2011), dia de inflexão dos juros, o Fundo Bintang saltou de 252,84% de rentabilidade acumulada para 335,76%. Num só dia!”O banco diz que era só administrador desse fundo. Advogados de Mantega qualificam tudo como falsidade.

Palocci anuncia um livro de memórias para este mês. Ontem, ele completou 13.793 dias de filiação “oficial e ativa” ao PT. Seguem unidos no cartório eleitoral desde 1981. Mas, no momento, o partido nega-lhe “qualquer resquício de credibilidade”. 

José Casado - O Globo
 
 

terça-feira, 1 de maio de 2018

Mais cadeia para Lula, Palocci, Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo

PGR denuncia Palocci, Lula, Gleisi e Bernardo

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou ontem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e os ex-ministros Antonio Palocci e Paulo Bernardo, por corrupção passiva, e o empresário Marcelo Odebrecht por corrupção ativa.  A denúncia, encaminhada ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), trata das suspeitas de que a construtora Odebrecht fez repasses ao PT em troca de decisões políticas que favorecessem a empresa.

Segundo a PGR, o PT teria à disposição US$ 40 milhões – equivalente a R$ 64 milhões na época dos fatos – em uma conta mantida pela Odebrecht, para cobrir uma série de despesas indicadas pelos petistas, como a campanha de Gleisi ao governo do Paraná em 2014.  A senadora, presidente nacional do PT, também foi denunciada por lavagem de dinheiro. Gleisi já é ré em outro caso da Lava Jato em que é acusada por corrupção e lavagem de dinheiro. O caso envolve o suposto recebimento de R$ 1 milhão do esquema de propinas da Petrobrás para sua campanha de 2010.

Entre as decisões políticas que teriam beneficiaram os interesses do grupo Odebrecht, segundo o Ministério Público Federal, está o aumento de uma linha de crédito do BNDES entre Brasil e Angola voltada para o financiamento da exportação de bens e serviços entre os dois países. A PGR sustenta que Marcelo Odebrecht pediu ajuda a seu pai, o empresário Emílio Odebrecht, para que o então presidente Lula intercedesse pela ampliação da linha de crédito para a empreiteira. Segundo Raquel, Lula foi “determinante” para o BNDES aumentar para US$ 1 bilhão a linha de financiamento que beneficiou a Odebrecht e outras empresas.  Raquel aponta que a ampliação da linha de crédito “teve seu preço ilícito pago sob a forma de vantagem indevida” a integrantes do PT, em uma conta corrente criada em 2008 para arrecadação de “vantagens indevidas” da sigla – inicialmente gerenciada por Antonio Palocci; depois, por Guido Mantega.

Campanha
Ainda de acordo com a denúncia, Gleisi, seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, e um auxiliar da senadora, Leones Dall’agnol, pediram a Marcelo Odebrecht “vantagem indevida” no valor de R$ 5 milhões para despesas da campanha da petista ao governo do Paraná “via caixa 2”. Desse valor, o trio teria comprovadamente recebido pelo menos R$ 3 milhões, em parte por intermediários, diz a denúncia. Gleisi teria ocultado e dissimulado os valores recebidos.
A procuradora pede a “condenação solidária” de Lula, Paulo Bernardo e Palocci, para pagar ao erário o equivalente a US$ 40 milhões, além de R$ 10 milhões a título de indenização por dano moral coletivo. Já para Gleisi, Paulo Bernardo, Leones e Marcelo Odebrecht, os valores são respectivamente R$ 3 milhões e R$ 500 mil, também em “condenação solidária”.

Defesa
Em nota, Gleisi afirmou que a PGR atua de “maneira irresponsável” ao formalizar denúncia contra ela e o marido “sem provas, a partir de delações negociadas com criminosos em troca de benefícios penais e financeiros”. A defesa de Antonio Palocci informou que só se manifestará após ter acesso à denúncia. A defesa de Lula disse que analisará o caso antes de se pronunciar.
Em nota, a defesa de Marcelo Odebrecht reafirmou “o seu compromisso contínuo no esclarecimento dos fatos já relatados em seu acordo de colaboração e permanece à disposição da Justiça para ajudar no que for necessário”. A Odebrecht, por sua vez, reiterou que está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua. A reportagem não localizou Leones. 

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo



 

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Janot leva país a colapso moral; bandido eleva michê a ser pago por procurador e ameaça Temer

Nunca se viu nada parecido! Em cena aberta, Lúcio Funaro deixa claro que quer um pagamento melhor do que lhe ofereceu Vovó Mafalda para denunciar presidente

Será que teremos, algum dia, a clareza do desastre legal e institucional em que Brasil se meteu ao se entregar ao arbítrio de procuradores aloprados, que resolvem agir ao arrepio da lei, da Constituição e do decoro, contando, para tanto, com a colaboração de alguns ministros do Supremo e com a condescendência, quando não o incentivo, de boa parte da imprensa? Será que verdadeiros crimes não estão sendo cometidos às claras, sem que a gente se dê conta da enormidade em curso? Vamos ver.
 
Leio na Folha um texto realmente nauseante. Olhem a que lixo moral nos conduz Rodrigo “J&J” Janot, o difamador-geral da República. Não! A minha indisposição até física nada tem com o trabalho do repórter em si, que cumpre a sua missão. A questão é o que se informa lá. Transcrevo um trecho: O corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, preso na Papuda, em Brasília, disse nesta quarta (16) que “ainda tem” o que entregar sobre o presidente Michel Temer caso feche um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República).
Réu em uma ação na Justiça Federal em Brasília sob acusação de envolvimento em desvios no fundo de investimentos do FGTS (FI-FGTS), Funaro acompanhou uma audiência do processo.
Ao sair, escoltado, o corretor foi abordado por jornalistas que perguntaram se ainda tem o que entregar aos procuradores envolvendo o presidente. “Ainda tem”, respondeu, ao entrar no elevador do prédio da Justiça Federal.
Funaro não deu detalhes sobre o acordo de colaboração que negocia. Disse apenas que há “uma diferença muito grande” entre o que a PGR ofereceu como benefícios e o que ele desejava obter
.

Eis aí. Quantas vezes já afirmei aqui que Janot tentou entregar os destinos do Brasil a gente como Funaro, Joesley Batista e o próprio Eduardo Cunha, outro cuja delação emperrou? Resta evidente, na fala do dito “corretor”, um bandido que também foi personagem do mensalão, que lhe foi pedida a cabeça de Temer. E que ele estabeleceu um preço: o mesmo cobrado por Joesley. Pode ser traduzido assim: “Vocês me livram de todas as imputações, e denuncio quem vocês quiserem que denuncie”.

Todos sabem que, depois dos benefícios oferecidos a Joesley e sua então quadrilha — hoje, são todos “ex-bandidos”, certo? —, a Lava Jato caiu em descrédito. Parece-me certo que Funaro cobrou facilidades idênticas às concedidas ao açougueiro de casaca para acusar o nome que Janot quer ouvir: “Michel Temer”. Tudo indica que, desta vez, a Vovô Mafalda da PGR não pode fazer o seu “Tumbalacatumba Tumba Tá”, garantindo de novo a impunidade total a marginais.

E então assistimos a isso que vai na reportagem. Observem que temos um bandido — Funaro ainda não é ex-bandido que, a um só tempo, ameaça o presidente e chantageia o procurador-geral. Esses são hoje os parceiros de trajetória de Janot, de setores da imprensa que querem derrubar Temer e da direita xucra.

As delações, na forma que tomaram no Brasil, são o maior fator de impunidade do país. E quem o atesta é gente do próprio Ministério Público Federal. O que Joesley conseguiu com a Janot? A im(p)unidade absoluta. Só para os crimes que confessou? Não. Para qualquer um. Segundo o procurador Ivan Marques, que integra a operação Bullish, fraudes envolvendo empréstimos do BNDES ao grupo JBS podem chegar a R$ 1 bilhão. E isso tudo foi varrido para baixo do tapete. Investiga-se, por exemplo, eventual propina paga a Guido Mantega, então presidente do banco e depois ministro da Fazenda, mas não operações lesivas à instituição.

A verdade é que, hoje, a ala messiânica do MPF reivindica o direito de primeiro condenar para depois investigar as causas da condenação. Ou, então, de absolver previamente para que nada se investigue. Desde que o absolvido mande para a guilhotina, em delação, aqueles que são os alvos dos ilustres procuradores.  Agora é assim: os “bandidos de programa” fazem o seu preço, e o procurador-geral da República decide se paga ou não o michê pedido.

Isso tem de ter fim. Pelo bem do Brasil, dos brasileiros, do Ministério Público Federal e da Justiça. E aqueles que transgrediram as leis, também no MPF, têm de pagar por seus crimes.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

quarta-feira, 26 de julho de 2017

A fervura de Henrique Meirelles

O ministro da Fazenda está sendo fervido por Temer, pelo Congresso e, sobretudo, pela própria parolagem

Não se diga que estão fritando Henrique Meirelles. Ele é um queridinho do mercado, entende-se bem com Michel Temer e vocaliza as ortodoxias de gênios que sabem como consertar o Brasil, mas não conseguem conviver bem com seu povo. Meirelles está sendo fervido. A fervura de um ministro difere da fritura porque enquanto a frigideira é desconfortável desde o primeiro momento, inicialmente o panelão oferece um calorzinho agradável. Depois é que são elas. 

Desde o amanhecer do governo, Michel Temer flertava com a abertura de um balcão no Planalto. O ministro da Fazenda conseguiu contê-lo, até que surgiu o grampo de Joesley Batista. Para salvar seu mandato, o presidente abriu os cofres para os piores interesses predatórios instalados no Congresso. Não se deve esquecer que Meirelles foi levado para a Fazenda numa equipe em que estavam o senador Romero Jucá e o deputado Geddel Vieira Lima.

Temer deu a Meirelles quase toda a autonomia que ele pediu, mas o ministro não entregou os empregos e a perspectiva de crescimento que prometeu. Entrou no governo oferecendo um aumento de 1,6% para este ano e elevou o balão para 2%. Tudo fantasia, hoje o FMI espera 0,3%.

Na segunda-feira, ao ser indagado sobre a possibilidade de um novo aumento de impostos, ele informou: “Tudo é possível, se necessário”. Frase típica das serpentes encantadas pelos refletores. Não quer dizer absolutamente nada. Enuncia um dilema que exige a definição de “possível” e de “necessário”. Atravessar uma rua com o sinal fechado, por exemplo, pode parecer necessário, mas deixa de ser possível se o cidadão é atropelado. O Visconde de Barbacena achava que a derrama era necessária. Descobriu que não era possível.

Todos os ministros da Fazenda desempenham o papel da animadores do auditório. Alguns fazem isso com elegância, como Pedro Malan, outros, de forma patética, como Guido Mantega. Meirelles distanciou-se de Malan e caminha para o modelo de Mantega, num governo onde estão Michel Temer e seu mundo de bichos fantásticos. Em fevereiro, Meirelles anunciou pela primeira vez: “A mensagem importante é que essa recessão já terminou”. Atrás dele veio uma charanga comemorativa. No mundo real, seu teto de gastos estourou, a reforma da Previdência será diluída e benza-se aos céus se o piso dos 65 anos for preservado. No caso da reforma trabalhista fingiu-se que acabou o imposto sindical, ao mesmo tempo em que o governo negocia uma nova tunga. Antes, os trabalhadores formais pagavam um dia de trabalho a uma máquina infiltrada pela pelegagem e trabalhadores e patrões. Pelo que se negocia, algumas categorias serão mordidas em mais que um dia.

O remédio de Meirelles foi aumentar um imposto. Faça-se justiça ao doutor registrando que ele nunca se comprometeu a não aumentá-los. O seu problema é outro. Ele lida com essas taxações como se fossem uma arma para punir uma sociedade que é obrigada a pagar porque ele e seu presidente não fazem o serviço que prometem. 

Um dia Meirelles deve dar uma olhada na galeria de doutores que o antecederam. Nos últimos 20 anos, foram 14. Pelo menos sete foram fritos. Antonio Palocci está na cadeia, uns três deveriam ter ido para o hospício. Inteiros, saíram só dois, Malan e Fernando Henrique Cardoso, mas todos foram homenageados pela mesma orquestra que hoje ensaboa Meirelles.

Fonte: O Globo - Elio Gaspari, jornalista 



domingo, 18 de junho de 2017

Um país perdido

Já não há mais possibilidade de um debate racional sobre a situação do país. Quando jornalistas são constrangidos dentro de aviões por militantes políticos que querem calá-los, como aconteceu com Miriam Leitão e Alexandre Garcia, um após a outra, para demolir as tentativas de desmentido orquestrado;  

Quando procuram explicações conspiratórias para a denúncia jornalística de uma gravação do diálogo entre o presidente da República e um empresário, onde diversos crimes são descritos e abordados; é que a surdez deliberada de setores políticos e empresariais, por razões que vão da manutenção do poder ao interesse financeiro, domina o quadro político da mesma maneira que aconteceu quando o ex-presidente Lula ou a ex-presidente Dilma foram denunciados por crimes variados.

Cada grupo político vê os acontecimentos da maneira que lhe convém, e o debate vai para o brejo. Agora disputa-se qual é a maior quadrilha em ação nesse país abandonado por Deus, que, diziam, era brasileiro. Só que não. O PT e o PMDB são acusados de terem organizado quadrilhas para manipular o governo, e existem fatos que demonstram que aos dois cabe o epíteto.

O dono da JBS, empresário Joesley Batista, na entrevista que deu à revista Época, avalia que a quadrilha do PMDB é a mais perigosa em ação, e enumera seus membros, todos presos ou assessores do Planalto. Mas diz que a corrupção institucionalizada, organizada por núcleos sob a supervisão de ministros e outras autoridades, começou com o governo Lula do PT.

Para quem era acusado de ter dado uma sociedade oculta a um dos filhos do ex-presidente, parece pouco o que diz sobre Lula, e a teoria da conspiração dita que ele se voltou contra Temer, orientado pelo Procurador-Geral da República, para proteger Lula e tirá-lo da presidência.  O próprio presidente Michel Temer sugere isso na nota oficial em que rebate as acusações de Joesley Batista. O empresário livra a cara de Lula diretamente, quando afirma que nunca tratou com ele da corrupção, mas joga para o ex-ministro Guido Mantega a responsabilidade por todas as vantagens que recebeu de órgãos governamentais como BNDES e Caixa.

É o mesmo que disse outro ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que atribui a Mantega as ordens para pagamento de propina de interesse do PT. Mas a acusação é direta:"Foi no governo do PT para frente. O Lula e o PT institucionalizaram a corrupção. Houve essa criação de núcleos, com divisão de tarefas entre os integrantes, em estados, ministérios, fundos de pensão, bancos, BNDES. O resultado é que hoje o Estado brasileiro está dominado por organizações criminosas. O modelo do PT foi reproduzido por outros partidos".

Não me parece, portanto, que Lula esteja a salvo das delações de Joesley, até mesmo devido à conta na Suíça de U$ 150 milhões que, ele garante, financiava as campanhas políticas do PT nos governos Lula e Dilma, e mesmo gastos pessoais, até de Mantega. Mas acho natural que o foco da vez esteja voltado para o presidente Temer, assim como já esteve prioritariamente voltado para o ex-presidente Lula.  Os processos contra ele já estão na fase final, e brevemente as primeiras sentenças judiciais serão anunciadas. Quando isso acontecer, e a primeira deve vir a público até o final do mês, novamente surgirão as acusações de que Lula e o PT estão sendo perseguidos, os organismos internacionais serão acionados. [Lula condenado e encarcerado não provocará reação de organismos internacionais  - pelo menos os com alguma moral e que prezem o nome - haja vista que o mundo inteiro já comprovou que Lula é o chefe de todos os chefes de todas as organizações criminosas e tudo com abundância de provas.
O fato do delator marchante Joesley voltar sua artilharia contra Temer não surpreende; o autor de mais de 200 crimes - cujas penas, por baixo, ultrapassam 2.000 anos, isto se fosse condenado mas o MP com o aval de Fachin já cuidou para que o açougueiro tenha perdoado seus crimes passados, presentes e futuros - começou a perceber que a revolta dos brasileiros contra sua impunidade,  por oferecer uma delação vazia, sem credibilidade, sem provas, pode levar a ter seus benefícios cancelados e só lhe resta centrar sua artilharia em Temer: afinal acusar sem provas é fácil., apesar de muitas vezes levar o acusador a ser punido e o acusado ter mias um caminha para provar a inocência.]

É surpreendente que uma entrevista claramente de interesse público, já que o empresário que gravou o presidente da República não falara ainda para um órgão jornalístico, seja considerada estranha, ou parte de uma conspiração para a sua derrubada.
Se não houvesse nada a ser delatado, Joesley Batista não teria importância para as investigações da Procuradoria-Geral da República. A conversa, em tom de sussurros, mesmo àquela hora da noite no subsolo do Palácio Jaburu, revelou os bastidores do submundo político e só pode ser considerada uma banalidade num país que já se perdeu.

Fonte: Merval Pereira - O Globo

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Joesley presta depoimento sobre repasse de US$ 80 milhões para Lula e Dilma


O [bandido confesso, delator e empresário Joesley Batista], principal acionista do grupo J&F, dono da JBS, está no Brasil desde domingo e prestou depoimento na Procuradoria da República do Distrito Federal no âmbito da operação Bullish. A oitiva foi realizada no inquérito que investiga as afirmações prestadas no acordo de colaboração de Joesley sobre repasses de mais de R$ 80 milhões para os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do Partidos dos Trabalhadores.

Deflagrada no dia 12 de maio, cinco dias antes do vazamento da delação dos executivos da J&F, a Bullish investiga possíveis irregularidades no repasse de R$ 8,1 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas do Grupo J&F. A investigação em que Joesley foi ouvido foi instaurada pelo procurador Ivan Marx porque o desmembramento promovido pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), baseou-se na conexão dos fatos narrados pelos delatores com as irregularidades no banco público.

Na delação, Joesley Batista narrou que, em 2009, foi criada uma conta para receber os repasses relacionados a Lula e, no ano seguinte, outra foi aberta para envio de valores relacionados a Dilma. O empresário revelou que, em dezembro naquele ano, o BNDES adquiriu de debêntures da JBS, convertidas em ações, no valor de US$ 2 bilhões, “para apoio do plano de expansão”. “O depoente escriturou em favor de Guido Mantega, por conta desse negócio, crédito de US$ 50 milhões e abriu conta no exterior, em nome de offshore que controlava, na qual depositou o valor”, relatou Joesley. Segundo o empresário, em reunião com Mantega, no final de 2010, o petista pediu a ele “que abrisse uma nova conta, que se destinaria a Dilma”. Nesse momento, disse o delator, foi perguntado a Mantega se Lula e Dilma sabiam do esquema. “Guido confirmou que sim”, disse ele.

Em outro caso, Joesley declarou que foi feito um financiamento de R$ 2 bilhões, em maio de 2011, para a construção da planta de celulose da Eldorado. O delator disse que Mantega “interveio junto a Luciano Coutinho (então presidente do BNDES) para que o negócio saísse”.  O empresário declarou que depositou, “a pedido de Mantega”, por conta desse negócio, crédito de US$ 30 milhões em nova conta no exterior. “O depoente, nesse momento, já sabia que esse valor se destinava a Dilma; que os saldos das contas vinculadas a Lula e Dilma eram formados pelos ajustes sucessivos de propina do esquema BNDES e do esquema-gêmeo, que funcionava no âmbito dos fundos Petros e Funcef; que esses saldos somavam, em 2014, cerca de US$ 150 milhões. [as perguntas que não calam: - qual a razão de Andrea Neves estar presa preventivamente apenas por Joesley ter declarado que ela lhe pediu dois milhões de dólares?
- qual a razão de Lula e Dilma não estarem presos, também preventivamente, já que o mesmo Joesley os acusa do recebimento de quantias superiores à solicitada por Andréa Neves?
Segundo o delator, Lula e Dilma receberam a grana - houve a contrapartida - enquanto Andréa Neves apenas pediu.
Convém lembrar que a capacidade de interferir no processo, destruir provas, amedrontar testemunhas é bem maior por parte da dupla Lula e Dilma do que  da parte da irmã do senador Aécio Neves.]


Em outra ocasião, em novembro de 2014, Joesley disse que “depois de receber solicitações insistentes para o pagamento de R$ 30 milhões para Fernando Pimentel, governador eleito de Minas Gerais, veiculadas por Edinho Silva (tesoureiro da campanha de Dilma em 2014), e de receber de Guido Mantega a informação de que ‘isso é com ela’, solicitou audiência com Dilma”.
“Dilma recebeu o depoente no Palácio do Planalto; que o depoente relatou, então, que o governador eleito de MG, Fernando Pimentel, estava solicitando, por intermédio de Edinho Silva, R$ 30 milhões, mas que, atendida essa solicitação, o saldo das duas contas se esgotaria; que Dilma confirmou a necessidade e pediu que o depoente procurasse Pimentel”, narrou aos investigadores.

Em nota, a J&F confirmou que Joesley está no Brasil e que sua viagem nos últimos dias teve como objetivo “proteger a integridade de sua família, que sofreu reiteradas ameaças desde que ele se dispôs a colaborar com o Ministério Público.” De acordo com o comunicado da empresa, Joesley “estava na China – e não passeando na Quinta Avenida, em Nova York, ao contrário do que chegou a ser noticiado e caluniosamente dito até pelo presidente da República.”

À época da abertura da investigação, o ex-presidente Lula afirmou que não comentaria o caso antes de ter acesso ao conteúdo da delação. A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que “jamais tratou ou solicitou de qualquer empresário, nem de terceiros doações, pagamentos ou financiamentos ilegais para as campanhas eleitorais, tanto em 2010 quanto em 2014, fosse para si ou quaisquer outros candidatos.”

Fonte: Isto É


sábado, 10 de junho de 2017

Lula obstrui a Justiça e não é preso

Destruição de provas, tentativa de ludibriar juízes e a abertura de contas no exterior para esconder dinheiro sujo compõem o novo mosaico de ilícitos praticados por Lula. Por menos que isso, outros réus tiveram a prisão decretada. Por que não ele?

Em depoimentos ao juiz Sergio Moro, dois importantes personagens da Operação Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, e o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, confessaram que foram procurados pelo réu Lula para lhes propor que destruíssem provas contra petistas que foram pegos dilapidando os cofres públicos. O primeiro a confirmar que Lula pediu que destruísse provas foi Léo Pinheiro, da OAS. Lula lhe perguntou se ele tinha algum documento do acerto de contas de pagamentos de propinas feitos ao ex-tesoureiro do PT, João Vaccari. “Você tem registro de encontro de contas com o Vaccari? Se tiver, destrua”, disse Lula. O outro ato de obstrução de Justiça aconteceu entre Lula e Renato Duque

O ex-diretor da Petrobras informou que teve três encontros com o petista depois que ele deixou a presidência e, em um deles, em 2014, num hangar no Aeroporto de Congonhas, o ex-presidente lhe perguntou se ele tinha alguma conta na Suíça por onde teria recebido propinas. “Presta atenção”, disse Lula a Duque, “se tiver alguma coisa no teu nome, destrua”. Apesar dessas duas ordens de Lula para a destruição de provas na Lava Jato, o ex-presidente na teve a prisão decretada.

 Se tiver, destrua” O réu Lula pediu a Léo Pinheiro e a Renato Duque  que destruíssem provas para encobrir sujeiras do PT
 
A obstrução de Justiça e a prática de mentir em juízo não é uma primazia de Lula. Seus advogados também são useiros e vezeiros na arte de ludibriar o Poder Judiciário. Na segunda-feira 5, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, entrou no Tribunal Regional Federal da 4ª Região pedindo que fossem suspensos os depoimentos do empreiteiro Emílio Odebrecht e do ex-diretor da companhia Alexandrino Alencar, Zanin alegou que só soube naquela segunda-feira pela manhã, dia dos depoimentos, do teor das delações de Emílio e de Alencar, e que não teria tempo de analisar o que disseram na audiência que aconteceria na segunda à tarde. Mentira tem perna curta. Funcionários do juiz Sergio Moro entraram no sistema de processos eletrônicos da Justiça Federal e verificaram que Zanin acessou os dados nos dias 31 de maio e 1 de junho. O advogado disse que o juiz estava “espionando” seu escritório. Moro divulgou nota desmascarando o advogado do petista.

Na verdade, quem anda espionando decisões de Moro são amigos de Lula. No dia 4 março do ano passado, quando Lula teve a condução coercitiva determinada pelo juiz do Paraná, o ex-presidente já sabia de tudo com antecedência. Espiões a seu serviço lhe contaram tudo antes. Então, quando a PF foi a seu apartamento em São Bernardo do Campo naquele dia, o ex-presidente fez cara de espanto só para dramatizar. Esta semana tudo ficou claro com o depoimento da auditora da Receita Federal Rosicler Veigel. Ela declarou à Lava Jato que disse ao seu namorado Francisco José Abreu Duarte, petista confesso, que ela tinha uma “bomba” contra Lula em sua bolsa. Tratava-se de uma cópia do mandado da condução coercitiva contra o petista. Francisco “roubou” uma cópia do documento, segundo Rosicler, e telefonou para o blogueiro Eduardo Guimarães, do blog Cidadania, ligado ao PT, passando-lhe os dados. Imediatamente, Guimarães ligou para José Crispiniano, assessor de imprensa de Lula, transmitindo todas as informações. Crispiniano, obviamente, avisou Lula que, portanto, já sabia da ação da PF bem antes de todo mundo.

Cadê o dinheiro?
O réu Lula está sendo instado também a explicar onde foram parar quase R$ 350 milhões que lhe foram pagos em propinas pela JBS, Odebrecht e Sete Brasil. Os dirigentes dessas empresas disseram, em delação premiada na Justiça, que o ex-presidente recebeu esses valores em contas no Brasil e no exterior e agora o Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) quer saber onde o dinheiro foi parar. O procurador da República Ivan Claudio Marx, do MPF-DF, abriu inquérito na segunda-feira 5 para saber o destino de US$ 80 milhões (R$ 256 milhões) depositados pelo empresário Joesley Batista numa conta na Suíça, a pedido do ex-ministro Guido Mantega.


Além do dinheiro da JBS, Lula ainda é acusado de ter recebido R$ 40 milhões em propinas da Odebrecht, numa conta corrente mantida pela empreiteira em seu Setor de Operações Estruturadas, o “departamento de propinas”. Segundo Marcelo Odebrecht, essa conta, com o codinome de “amigo”, era atribuída a Lula. Outra “bolada” que Lula ainda não explicou é uma propina de R$ 51 milhões que ele teria recebido durante a criação da Sete Brasil no ano de 2010. O negócio gerou uma propina de R$ 102 milhões para o PT, dos quais metade teria sido destinada a Lula, segundo depoimento de Rogério Araujo, ex-executivo da Odebrecht, que fez acordo de delação premiada com a PGR.

Caça ao tesouro
• O Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) abriu inquérito para investigar o que foi feito de R$ 256 milhões (ou US$ 80 milhões) depositados por Joesley Batista na Suíça em nome de Lula
• A conta foi aberta a pedido de Guido Mantega
• Marcelo Odebrecht disse em sua delação premiada que a empreiteira mantinha em seu Setor de Operações Estruturadas, o “departamento de propina”, uma conta em nome de Lula com R$ 40 milhões “para atender demandas” do ex-presidente
• A conta era administrada pelo ex-ministro Antonio Palocci
• O ex-diretor da Odebrecht, Rogério Araújo, disse em delação premiada que metade de R$ 102 milhões (ou R$ 51 milhões) em propinas para o PT na venda de seis sondas da Sete Brasil para a Petrobras, era destinada ao ex-presidente Lula
• A comunicação de que metade era de Lula foi feita por Palocci


Fonte: Germano Oliveira - Isto É

 

domingo, 4 de junho de 2017

A delação de Palocci: MPF exige que tenha Lula e BTG - Tem também as de Mantega e Loures

Na negociação de delação de Antonio Palocci, o MPF fez um pedido explícito: que o ex-ministro fale sobre o BTG Pactual e Lula.

Na delação, há anexos sobre a Caoa, Cosan, BVA e o Carf.

Delações à vista



Não é preciso ter uma informação privilegiada para apostar na possibilidade de o ex-assessor do Palácio do Planalto Rodrigo Rocha Loures, preso ontem pela manhã em Brasília, fazer uma delação premiada, denunciando o presidente Michel Temer.  Assim como são conseqüências naturais das investigações as delações dos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega. Rocha Loures com mais razão ainda, pois não parece desses militantes convictos que se calam para ajudar o partido, como o ex-tesoureiro do PT João Vaccari, ou José Dirceu, que, condenado várias vezes por corrupção, tenta preservar artificialmente a narrativa do “guerreiro do povo brasileiro”.

Nem Palocci nem Mantega são desse tipo, embora petistas de raiz. Pelo que já se sabe, no esquema de corrupção implantado pelo PT, ajudaram o partido e se ajudaram, assim como Dirceu, mas não têm, mesmo falsa, uma biografia heroica a preservar.  Entre ficar na cadeia por muitos anos para proteger Lula e safar-se, escolherão a segunda hipótese, assim como Rocha Loures. O cerco parece estar se fechando em torno dos chefes da organização criminosa montada nos últimos anos no país.

A denúncia, também ontem, contra o ex-presidente Lula no processo do tríplex do Guarujá é uma antecipação do processo do quadrilhão que está sendo organizado pela Procuradoria-Geral da República. Como no famoso Power point do procurador Deltan Dallagnol, Lula é apontado como o chefe da organização criminosa, que montou todo o esquema de corrupção nas estatais do país, a começar pela Petrobras, para preparar um esquema de permanência no poder do PT.

O presidente Temer, por sua vez, terá mais um teste pela frente: o Supremo Tribunal Federal (STF) só poderá analisar o recebimento de uma eventual denúncia contra ele, que parece estar a caminho, com apoio de pelo menos dois terços (342 de 513) da Câmara dos Deputados.  Mais votos que para aprovar a emenda constitucional de reforma da Previdência, por exemplo, que precisa de três quintos dos membros de cada uma das Casas do Congresso, isto é, 308 deputados e 49 senadores.

Está difícil aprovar a reforma, mas, ao contrário, é possível que Temer escape de um processo por falta de quorum para condená-lo, por um corporativismo que domina a atuação dos parlamentares. Se antes os estrategistas do governo, à frente o ministro do Gabinete Civil Eliseu Padilha, considerado um especialista em medir a pressão da Câmara, faziam contas para aprovar as reformas, agora as fazem para evitar um processo contra Temer.  O governo precisa apenas de 171 votos a seu favor para impedir a continuidade de um eventual processo, e por enquanto parece que ainda tem esse apoio. Mas, a depender do impacto das revelações de Rocha Loures, se acontecerem, é possível que esse apoio a Temer desapareça.

À medida que a Operação Lava- Jato vai desvendado as tramas de corrupção acontecidas no país nos últimos anos, vai também revelando de que maneira os partidos políticos montaram seus esquemas de poder. E a auto-proteção acaba prevalecendo.  Só que a cada delação, a cada revelação de detalhes das tramóias, vai ficando insustentável essa situação. Um governo que luta para sobreviver, cujo principal objetivo passa a ser salvar-se da guilhotina em vez de aprovar projetos no Congresso, está fadado ao fracasso. [é sempre bom lembrar que o fracasso do Governo Temer representa o Brasil voltar a afundar na estagflação, a mistura mais diabólica contra um país: inflação + recessão.
Vale a pena ferrar o Brasil, perder mais dez anos para voltar ao que era em 2010, apenas para impedir um presidente de cumprir  alguns meses de mandato?
Mesmo sendo impedido via Congresso ou condenado pela Justiça, Temer vai levar o resto deste  ano e parte de 2018 para sair. 
E quem vai assumir no lugar de Temer?
Dependendo de quem assumir os dez anos a perder poderão se transformar em 20; parem de torcer pelo pior, deixem Temer governar, fazer o que for possível das reformas e não interromper o ciclo lento, mas real, de recuperação da economia.
Chega de estupidez ou mesmo birra infantil; o Brasil é maior do que a crise e vale a pena separar a economia da política e resolver a economia.]

A qualquer momento chegará à exaustão e não encontrará mais caminhos para superar os obstáculos pela frente. O julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que começa na terça-feira, é apenas mais um deles. Difícil sobreviver.   

Fonte:  O Globo


sexta-feira, 2 de junho de 2017

Banco suíço denunciou supostas contas de Lula e Dilma com a JBS

Informação foi publicada nesta sexta-feira pelo jornal 'O Estado de S. Paulo'.  

Em sua delação, Joesley Batista diz que valor nas contas chegou a US$ 150 mi

Em sua delação premiada firmada com a Procuradoria-Geral da República, o empresário Joesley Batista, dono da JBS, revelou que a empresa mantinha duas contas na Suíça com dinheiro de propina reservado aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. As contas, que teriam chegado ao valor de 150 milhões de dólares em 2014, contudo, foram fechadas pelo banco suíço Julius Baer e o dinheiro, transferido pela instituição a um banco nos Estados Unidos antes mesmo de o conteúdo das delações da JBS vir à tona. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, que publicou a informação nesta sexta-feira, o banco suspeitou do volume de dinheiro e dos padrões das transferências e denunciou as transações aos órgãos de combate de lavagem de dinheiro do país europeu.

De acordo com o jornal, o Julius Baer não sabe quem são os beneficiários das movimentações financeiras, uma vez que o dinheiro era movido por doleiros e operadores e as contas estavam em nome de duas empresas, a Lunsville International Inc. e a Valdacro. Fontes do setor financeiro suíço ouvidas pelo Estado de S. Paulo sugerem, contudo, que as datas das transferências de valores podem indicar alguma relação com eleições no Brasil.  Segundo o jornal, o Julius Baer informou aos administradores do dinheiro que não manteria em seus sistemas os recursos, que teriam sido oriundos de um esquema “misto”, com dinheiro lícito e ilícito da JBS. O Estado de S. Paulo diz que a Procuradoria-Geral da República espera que as autoridades suíças enviem as informações ao Brasil.

Na delação de Joesley Batista, o empresário afirma que o dinheiro sujo era pago para garantir que nenhum pleito do grupo fosse atrapalhado por burocratas do governo. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega era o responsável, de acordo com Joesley, por receber os pleitos e negociar a propina devida em cada operação.  Foi por ordem de Mantega que o empresário abriu as duas contas para depositar a propina que, diz ele, era destinada a Lula e Dilma. “Os saldos das contas vinculadas a Lula e Dilma eram formados pelos ajustes sucessivos de propina do esquema BNDES e do esquema-gêmeo, que funcionava no âmbito dos fundos Petros e Funcef. Esses saldos somavam, em 2014, cerca de 150 milhões de dólares”, afirmou o delator.

Joesley disse aos procuradores ter tido encontros com os ex-presidentes nos quais discutiu abertamente o emprego da propina escondida no exterior nas campanhas do partido. Com o ex-presidente, numa conversa no Instituto Lula, em outubro de 2014, o empresário relatou a preocupação com o fato de o grupo já ter doado 300 milhões de reais a campanhas petistas. “Não havia plataforma ideológica que explicasse tamanho montante”, ponderou Joesley Batista. Lula, segundo ele, ignorou: “O ex-presidente olhou nos olhos do depoente, mas nada disse”.

Um mês depois, naquele mesmo ano, Joesley diz ter encontrado Dilma Rousseff no Palácio do Planalto para tratar de um repasse de 30 milhões de reais para a campanha do petista Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais. Na conversa, o empresário alertou Dilma de que o saldo das contas de propina no exterior seria liquidado a partir da doação. “Dilma confirmou a necessidade e pediu que procurasse Pimentel”, disse.

A defesa do ex-presidente Lula alega que ele é inocente e que os trechos da delação divulgados pela imprensa já mostram que as afirmações não decorrem de qualquer contato do presidente com o empresário Joesley. Já a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff diz que a petista jamais tratou ou solicitou de qualquer empresário ou de terceiros doações, pagamentos e ou financiamentos ilegais para as campanhas eleitorais, tanto em 2010 quanto em 2014.

Fonte: O Estado de S. Paulo - Transcrito da Revista VEJA

 

terça-feira, 30 de maio de 2017

A campanha da fraude

A reunião do Jaburu concentrou muita atenção, por claros motivos que o Brasil ainda debate. Em segundo plano ficaram outras revelações do empresário Joesley Batista, como as que ajudaram a explicar o uso do BNDES como nova central de propina. Abonar a equipe técnica da instituição não é o mesmo que blindar as operações como se elas não pudessem ser investigadas.  Com Dilma eu falei das duas contas e ela sabia que o dinheiro era do BNDES. Falei que, se gastasse os R$ 30 milhões com o Pimentel, acabava. Ela falou para encontrar o Pimentel e fazer a doação.” Essa foi uma das várias frases de Joesley sobre o uso do banco por Guido Mantega e Dilma.

Ele relata cada negócio com o BNDES e como era feito o pagamento. Revela que tudo foi gasto na campanha de 2014. Avisa que podem torturá-lo que não dirá que houve participação de funcionários. Mas conta que a conversa com Guido era tão clara que levava extratos das duas contas no exterior nas quais depositava os subornos pagos durante os governos Lula e Dilma.  A propina paga a Pimentel foi acertada diretamente. Depois de receber a ordem da presidente Dilma, ele foi se encontrar com o candidato a governador de Minas. “No mesmo dia eu peguei um avião e encontrei Pimentel no aeroporto e falei: está tudo certo, os R$ 30 milhões estão autorizados, e ele fez um comentário: ‘a presidente me ligou dizendo que está tudo certo e que você me daria os R$ 30 milhões’. Foi o encontro num hangar. Para viabilizar, ele me apresentou o dono de uma construtora que me vendeu 3% de um estádio, o Mineirão, e eu virei sócio do Mineirão.”

Joesley conta que a porta de entrada dele no governo foi Mantega e que o meio de chegar aos empréstimos e operações de venda de debêntures e ações foi a propina. No começo, ele foi abordado por um amigo de Mantega, Vic (Victor Sandri), que cobrava 4% sobre cada operação. Depois, ele procurou o então ministro.  “Fui bem objetivo com ele. Disse: olha ministro, eu tive umas questões pessoais com o Vic e eu queria ver se poderia tratar diretamente. Teria algum problema? Ele disse que não, que poderia falar. (...) Comecei a interagir com o Guido sobre a possibilidade de dois negócios” (as compras do frigorífico Bertin e da Pilgrim's Pride nos Estados Unidos). “Eu disse, ministro, eu tratava com o Vic e pagava para ele. Agora, como eu faço? Ele disse: ‘fica um crédito contigo, no dia que eu precisar eu falo.’ Eu disse, mas o Vic cobrava um valor, como vou acertar com você? Ele perguntou como era, eu disse que era um percentual. Ele respondeu que com ele seria caso a caso. ‘O que você achar que é importante, você credita’. Quando chegou em 2014 o dinheiro foi todo usado na campanha da Dilma”. Seguindo orientação de Guido foram abertas as duas contas, uma referente à era Lula e outra à era Dilma.

Guido só fez duas movimentações que não foram para campanha. Uma foi estornada depois de um tempo e outra foi um investimento de US$ 5 milhões numa empresa, a “Pedala Equipamentos Esportivos”. A empresa não deu certo e perdeu-se esse dinheiro.
Joesley diz que perguntou se Lula e Dilma sabiam, Mantega respondeu que sim. Com Lula, Joesley teve conversa superficial, apenas para dizer que as “doações” estavam altas demais. Lula ouviu em silêncio. Com Dilma, segundo Joesley, a conversa era aberta. Ao longo da campanha da ex-presidente, o dinheiro foi sendo repassado aos poucos, diante de pedidos de Edinho. “Ele (Guido) me dava um papel dizendo os valores: PMDB, R$ 35 milhões, PT, R$ 30 milhões, PCdoB, R$ 10 milhões. Eu passava para o Ricardo, que entrava em contato com o Edinho.” (...) “Os saques foram até zerar a conta. Acabou a conta da Dilma e depois acabou a conta do Lula. Foram R$ 360 milhões, que eram os US$ 152 milhões na época.”

O apoio foi além do setor de carnes. “Em 2011 houve a construção da Eldorado, a maior fábrica de celulose do país na época. O BNDES deu R$ 2 bilhões como financiamento. Isso só saiu porque o Guido ajudou”.  Mantega ontem admitiu que foi ministro da Fazenda por oito anos e não declarou uma conta com US$ 600 mil no exterior. Mas a principal suspeita que recai sobre ele foi ter cobrado propina. Joesley prometeu entregar documentos e isso sela o destino do ex-ministro e tira qualquer dúvida de que a campanha de 2014 foi fraudulenta, esse dilema que consome o TSE há mais de dois anos.

Fonte: Coluna da Míriam Leitão em O Globo - Com Alvaro Gribel