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domingo, 14 de janeiro de 2018

2018 pode ser transformador como 1968?

Como ocorreu há meio século, o momento atual é de polarização política e de alta voltagem nos debates morais, com enfrentamentos entre liberais e conservadores. Compreender as bandeiras do passado é fundamental para construir a sociedade do futuro

[em 2018 o Ato Institucional nº 5, que iniciou a moralização do Brasil, que deu inicio ao desmonte das pretensões comunistas apoiadas por brasileiros traidores, completa 50 anos.

Talvez, este aniversário seja o inicio da contagem da existência um novo Ato Institucional - a baderna institucional  na qual o Brasil está mergulhado não pode continuar e só um instrumento forte, nos moldes do AI 5, pode restabelecer a Ordem institucional.] 

Se 1968 foi o ano que não terminou, como afirma Zuenir Ventura no título do livro que melhor traduz o espírito daquele período, 2018, ano que mal começou, traz provocação, embates e bandeiras que o qualificam, desde já, na categoria dos anos transformadores.  

No lugar da rebeldia de meio século atrás, o que se vê agora é a disruptura, protagonizada tanto por personagens das novas gerações quanto por veteranos da agitação política, social e cultural. Um bom exemplo das semelhanças entre os dois momentos é encarnada pelo diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa. Depois de 50 anos, ele prepara a remontagem da peça “Roda Viva”, de Chico Buarque, que conta a história de Benedito Silva, um ídolo da canção popular manipulado pelos meios de comunicação de massa que muda de nome para Ben Silver. 

O enredo pouco tem a ver com política, explora as armadilhas do estrelato, mas quando foi encenada pela primeira vez, em julho de 1968, sofreu um ataque raivoso de cerca de 100 integrantes do Comando de Caça aos Comunistas (CCC) que invadiram o teatro Ruth Escobar, em São Paulo, agrediram os artistas e destruíram o cenário. “Nós éramos ameaçados a toda hora, inclusive sofríamos ameaças de bomba — a gente esperava uma reação da direita”, relembra o diretor. “Vivemos hoje uma situação parecida. Agora a gente pode se preparar para o MBL (Movimento Brasil Livre) atacar a nossa próxima montagem.” [é inaceitável que exposições pornográficas, pedófilas, ofensivas à MORAL, voltem a ser encenadas livremente no Brasil - o Banco Santander está sendo coagido por procuradores a patrocinar a reabertura da pornográfica exposição QueerMuseu - fechada pelo clamor público contra aquele Banco, inclusive muitos clientes prometendo encerrar contas correntes.

Cenas como a mostrada na primeira foto desta matéria em que assassinas querem a liberação do aborto, não podem se repetir.Observação: em repúdio a foto e ao que é defendido não reproduzimos a foto - apenas fornecemos o link para eventuais interessados conhecerem as pessoas que DEFENDEM O ASSASSINATO DE SERES HUMANOS INOCENTES E INDEFESOS.] 

 POLÊMICA Performance de artista nu no MAM: provocação e revolta = cena explícita de pedofilia

Como em 1968, o período atual é de polarização política e de alta voltagem nos debates morais, com enfrentamentos entre libertários e reacionários. Questões comportamentais e associadas aos direitos individuais, como a igualdade racial e a legalização do aborto, estão na ordem do dia. As divergências ideológicas se acentuam e o radicalismo campeia. Há ameaças de censura da criação artística, atacada por movimentos conservadores. A exposição “Queermuseu”, cancelada em Porto Alegre meses atrás, depois de ter sido alvo de manifestações de revolta que constrangeram o público, e a polêmica do homem nu tocado por uma criança numa performance no Museu de Arte Moderna (MAM), em São Paulo, dão uma prévia do que poderia ocorrer com a nova montagem de “Roda Viva”. 

(...) 

No Brasil, um dos grandes acontecimentos libertários de 1968 foi a passeata dos 100 mil, em junho, no Rio de Janeiro. Ela começou a ganhar forma três meses antes, como reação à morte do estudante secundarista Edson Luís Lima Souto, de 18 anos. Edson Luís foi morto por policiais que reprimiram um protesto aparentemente inofensivo: a melhoria das condições do restaurante Calabouço, no centro da cidade, que atendia principalmente estudantes pobres.  
OCUPAÇÃO Alunos do ensino médio encaram a polícia em São Paulo (Crédito:Zanone Fraissat) [os estudantes eram usados pela esquerda, por comunistas e baderneiros profissionais como  'bucha de canhão'; Edson Luís, foi o cadáver que a esquerda desejava. ]


Mas eram tempos difíceis, com o recrudescimento do regime militar que, naquele mesmo ano, dissolveria o Congresso Nacional por meio do AI-5, o Ato Institucional que confirmou a ditadura no Brasil. Em outubro, a polícia prendeu cerca de mil pessoas que participavam de um congresso clandestino da União Nacional de Estudantes (UNE), em Ibiúna, no interior de São Paulo. “Aqui a situação era mais complicada, não era a mesma coisa que os meninos fazendo barricadas nas ruas de Paris”, diz a jornalista e escritora Marina Colasanti, que participou da passeata dos 100 mil.

  Os anos de chumbo estavam começando e o presidente Artur da Costa e Silva, que decretara o AI-5, agia para sufocar os protestos com mais repressão policial e censura,

reduzindo os direitos individuais dos brasileiros. “Um legado fundamental do período é a introdução de um paradigma inovador de mudança social, fundado no investimento na mudança das consciências e não mais na tomada do poder”, afirma o historiador Daniel Aarão Reis Filho, professor de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense. “Além disso, diversas pautas forjadas nos anos 1960 continuam atuais, como a emancipação das mulheres, questões de identidade e também temas referentes a hierarquias sociais e afetivas e ao meio ambiente.” Para Reis, as pessoas parecem hoje muito interessadas em lutar por questões que lhes digam respeito, imediata e diretamente. Isto é altamente positivo e, de certo modo, trata-se, aí também, de um legado da década de 1960. [as pessoas querem viver em um Brasil que ofereça boas condições aos brasileiros, que não aceite agressões à FAMÍLIA, à MORAL, aos BONS COSTUMES, aos valores CRISTÃOS e tudo sob o lema da Bandeira Nacional: ORDEM E PROGRESSO.]

A década de 1960 reformou o capitalismo, gestou o conceito de desenvolvimento sustentável e criou novas camadas de valor associadas ao meio ambiente e à qualidade de vida. 
(...)

 MATÉRIA COMPLETA em IstoÉ