"Melhor do que fazer o bem para nos sentirmos bem, é ajudar as pessoas a serem donas de seu próprio destino".
O mantra é de autoria de Kris Mauren, diretor do Acton Institute, um
think tank global voltado ao estudo da religião e da liberdade.
Esse não
é - nem nunca será -, o propósito da ideologia "escondida" sob as
vestes reluzentes dos chamados progressistas, que, aliás, nada tem que
passe perto do que seja progresso em se tratando de desenvolvimento da
raça humana.
Ver os
pobres sob essa visão social é, antes de tudo, desprezar sua dignidade e
sua inata e potencial capacidade de eles próprios suprirem suas
necessidades e as de sua prole.
Em sua maioria (provam as pesquisas)
estes preferem não criar e/ou manter eterna dependência alheia (como do
Estado) para comer o pão de cada dia. [infelizmente em algumas regiões do Brasil há uma quantidade importante de pessoas que preferem o peixe frito (ainda que pouco e dado em troca de alguma coisa, ainda que seja a perpétua dependência ao 'doador') do que o aprender a pescar.] Apenas reivindicam - quem sabe de
forma pouco convincente, é verdade - uma chance para se integrar à
economia.
O pior é
que, com o intuito de contribuir para sua redenção social e econômica,
ao seu entorno multiplicam-se profissionais e instituições
governamentais e não governamentais (as tais ONGs da vida), que se
locupletam e vivem nababescamente num processo incestuoso de
perpetuação, sim, da pobreza, não de sua erradicação ou mesmo redução.
Esta sina
persegue o Brasil há décadas, reconheçamos. Sua erradicação só será
alcançada a partir da tomada de consciência do povo que hoje
(estranhamente) nutre cega idolatria a uma ideologia que, de forma
hipócrita, o que faz é justamente fomentar a indústria da pobreza com a
multiplicação de mais e mais pobres. [aos que duvidaram vejam a declaração clara, inequívoca, em áudio e vídeo, do atual presidente do Brasil mostrando que só com a manutenção da miséria, dos miseráveis, é que o seu partido = pt, perda total - não perderá votos.]
Vibrar como vibram nossos
governantes toda vez que que citam o aumento se dependentes de programas
sociais como o Bolsa Família, reflete o total descompromisso dessa
gente em realmente buscar resgatar a dignidade dos que sonham ter um dia
lugar na complexa engrenagem da economia.
Premissa
imprescindível para encaminhar e resolver a questão é o descomprimir o
sistema econômico. Para isso, no entanto, é imperativo adotar a
liberdade irrestrita de empreender.
Falar em direitos e liberdades,
porém, aos atuais detentores do dom da tirania e da exclusão social, é
deveras uma divertida e estúpida empreitada.
* O autor, Sílvio Lopes, é jornalista, economista e palestrante de Economia Comportamental.