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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Pobreza S.A - Sílvio Lopes

 

 "Melhor do que fazer o bem para nos sentirmos bem, é ajudar as pessoas a serem donas de seu próprio destino".  
O mantra é de autoria de Kris Mauren, diretor do Acton Institute, um think tank global voltado ao estudo da religião e da liberdade. 
Esse não é - nem nunca será -, o propósito da ideologia "escondida" sob as vestes reluzentes dos chamados progressistas, que, aliás, nada tem que passe perto do que seja progresso em se tratando de desenvolvimento da raça humana.
 
Ver os pobres sob essa visão social é, antes de tudo, desprezar sua dignidade e sua inata e potencial capacidade de eles próprios suprirem suas necessidades e as de sua prole.  
Em sua maioria (provam as pesquisas) estes preferem não criar e/ou manter eterna dependência alheia (como do Estado) para comer o pão de cada dia. [infelizmente em algumas regiões do Brasil há uma quantidade importante de pessoas que preferem o peixe frito (ainda que pouco e dado em troca de alguma coisa, ainda que seja a perpétua dependência ao 'doador') do que o aprender a pescar.] Apenas reivindicam - quem sabe de forma pouco convincente, é verdade - uma chance para se integrar à economia.

O pior é que, com o intuito de contribuir para sua redenção social e econômica, ao seu entorno multiplicam-se profissionais e instituições governamentais e não governamentais (as tais ONGs da vida), que se locupletam e vivem nababescamente num processo incestuoso de perpetuação, sim, da pobreza, não de sua erradicação ou mesmo redução.

Esta sina persegue o Brasil há décadas, reconheçamos. Sua erradicação só será alcançada a partir da tomada de consciência do povo que hoje (estranhamente) nutre cega idolatria a uma ideologia que, de forma hipócrita, o que faz é justamente fomentar a indústria da pobreza com a multiplicação de mais e mais pobres. [aos que duvidaram vejam a declaração clara, inequívoca, em áudio e vídeo,  do atual presidente do Brasil  mostrando que só com a manutenção da miséria, dos miseráveis, é que o seu partido = pt, perda total - não perderá votos.] 

Vibrar como vibram nossos governantes toda vez que que citam o aumento se dependentes de programas sociais como o Bolsa Família, reflete o total descompromisso dessa gente em realmente buscar resgatar a dignidade dos que sonham ter um dia lugar na complexa engrenagem da economia.

Premissa imprescindível para encaminhar e resolver a questão é o descomprimir o sistema econômico. Para isso, no entanto, é imperativo adotar a liberdade irrestrita de empreender. 
Falar em direitos e liberdades, porém, aos atuais detentores do dom da tirania e da exclusão social, é deveras uma divertida e estúpida empreitada.
 
Transcrito do site Puggina.org

*       O autor, Sílvio Lopes, é  jornalista, economista e palestrante de Economia Comportamental.

 

 

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Vendilhões eleitos - Sílvio Lopes

        Há os chamados direitos inalienáveis do homem, ditados pelo próprio Criador. São eles: direito à vida, à liberdade e o de cada um buscar a sua própria felicidade. Quanto aos dois primeiros, prova-nos o exemplo de nações que alcançaram graus elevados de desenvolvimento econômico e padrões de vida superiores, cabe ao Estado sustentar e dar garantias.

Isso posto, ao ambiente social e cultural é concebido forjar e desenvolver as condições indispensáveis para levar a nação ao nível geral de prosperidade e bonança. A busca da felicidade, no entanto, não é tarefa do Estado nem sua função garantidora, mas objetivo de cada um de nós, no exercício do chamado "livre arbítrio".  
Já os pré-requisitos para o desenvolvimento integral da nação poderiam ser condensados em: 
1) Amor ao trabalho; 
2) Hábito da poupança e 
3) Virtude da honestidade. 
Combinados, esses são os fatores, por exemplo, que tornaram os Estados Unidos na grande potência econômica que todos conhecemos um dia (sua decadência hoje, palpável, é reflexo da relativização desses valores, que não é propósito aqui destacar).
 
No Brasil de hoje, o que nos contempla? Dos valores inalienáveis da Criação( vida, liberdade e busca da felicidade), as duas primeiras o Estado sequer nos garante -  mesmo sendo sua obrigação. 
E como buscar a felicidade, se realizar na vida mesmo tendo amor ao trabalho, o hábito (embora ainda insuficiente) da poupança num país onde a virtude da honestidade passa longe do caráter de nossas lideranças?  
Onde o curriculum vitae recheado de titulação é preterido à extensa folha corrida policial na escolha de nossos líderes?  
Do líder maior da nação, inclusive? 
Um país em que, a exemplo de Judas Iscariotes, que entregou Jesus por 30 moedas de prata, seus representantes no parlamento "entregam" de bandeja os destinos da nação a uma quadrilha disposta a desgraçar seu povo e condená-lo à miséria, desonra, escravidão e desesperança?

Ter paciência é ser sábio, se por isso entendemos "o saber a hora de agir, jamais esperar acontecer"; se, no entanto, continuarmos "acomodados", ou seja, " deixando a vida nos levar" (como reza a velha canção), aí sim iremos de fato mergulhar direto e sem rodeios no calabouço da destruição ética e moral da sociedade, e onde (aí sim), haverá sangue, choro e ranger de dentes. A hora é agora. Antes que seja tarde. Acordemos.

*       O autor, Sílvio Lopes, é jornalista, economista e palestrante.


sexta-feira, 23 de junho de 2023

Candente depoimento de um cidadão cubano - Miguelito Martinez Palma

Nota do editor o site: Essas imagens eu as busquei, agora, no Google, onde existem em abundância. Mostram trechos de uma área muito maior, centro histórico de Havana, antiga Pérola do Caribe. Eu conheço bem a região e estive em três ocasiões e anos distintos. O que elas mostram fica a poucos metros da porção central, restaurada com recursos da Unesco. 

       Rostos, expressão de misérias!

Os rostos de fome e tédio percorrem as ruas de Havana, expressões de cansaço e desespero se acumulam de fila em fila. Estamos ficando feios, o calor cada vez mais intenso, a angústia por coisas necessárias, a ausência de sonhos e a falta de esperança estão deixando sulcos em nossos rostos.

Estamos vivendo uma história onde um simples pão é um problema, nossas mentes estão regredindo e pensamentos primitivos tomam o lugar de nossa inteligência, o simples, o essencial é a maior motivação de qualquer cubano e nossos rostos, nossos rostos são o espelho disso tão insignificante em que nos estamos transformando.

Ficaram no álbum de família as fotos antigas de gente bem arrumada, de gente pobre mas bem vestida, o jeito de falar e de gesticular, o respeito e a decência.

Hoje com a alma corroída e sem valores, cheios de necessidades e conformados com a imundície, a nossa imagem é outra, tem sido um processo lento e gradual que sem perceber nos levou a tornar-nos vulgares e indecentes, a nossa alma cheia de palavrões e frases obscenas se tornaram a rotina que nos degrada a simples gentalha.

A sobrevivência nos leva a fazer o que é errado e a necessidade se torna aliada dos malandros e abusadores que sem escrúpulos colocam um alto preço em nossas vidas, somos uma matilha de cães covardes que se mordem para saciar sua fome e descarregar sua frustração.

Estamos ficando feios como nossa cidade, nossos rostos e suas ruas quebradas e fachadas sujas e sem pintura se misturam, revelando a decadência em que estamos mais do que envolvidos, .... Havana e você, cada dia mais feio!

A gente se acostumou com a merda! E ver o que está sujo, ver o que está feio, ver o que está estragado, ver o quão mal feita é hoje qualquer coisa cotidiana, tão cotidiana que faz parte do nosso dia a dia, e até o cheiro imundo de um buraco convive normalmente com muitos de nós.

Falamos do pobre e da pobreza, como algo muito distante da nossa existência e não percebemos que hoje somos os mais pobres desse mundo, porque no mundo tem muita gente humilde sem má preparação, mas aqui, aqui meus amigos, nós somos 
Todos são pobres, como o que limpa a rua ou o médico que opera corações, todos nós, independentemente do nível que tenhamos, somos pobres, porque não tendo nada além de pão imundo para dar aos nossos filhos, vendo leite e ovos como iguarias e esquecendo o sabor da carne por tanto tempo sem prová-la
Meus amigos, isso é pobreza, é pobreza do tipo ruim, do tipo que destrói ilusões, do tipo que mata sonhos e esperança, é a pobreza que penetra na mente e na alma tornando-se pobres e ignorantes, é aquela pobreza desprovida de valores, mas cheia de mentiras e maldades, que está mudando nossa face.

Olhe, observe, ouça e depois pense e verá no que os cubanos nos tornamos inadvertidamente. O problema é que na busca constante de satisfazer nossas necessidades simples, olhamos apenas nessa direção, tornando-nos escravos de nossos estômagos.

Estamos ficando velhos e feios, não tenham dúvidas! Os jovens estão ausentes da nossa realidade e só pensam em fugir deste inferno e nós que aqui ficamos, cada dia temos a alma mais pobre, mais enrugada e lembrem-se meus amigos que o rosto é o espelho da alma!

Site Percival Puggina - *Em 09 de junho de 2023, Dr. Miguelito Martinez Palma

 

 

sábado, 15 de abril de 2023

Em busca do retrocesso perpétuo - Revista Oeste

J. R. Guzzo

Lula, o PT e a esquerda têm de segurar o Brasil na miséria, na ignorância e no atraso; ou é desse jeito, ou não existem. É daí que vêm os votos que lhes permitem estar no governo

Fachada das casas de palafitas à beira do rio, na periferia de São Luís do Maranhão, onde não existe saneamento básico para a população. Foto de 2009, final do governo Lula | Foto: Celso Junior/Estadão Conteúdo/AE
Fachada das casas de palafitas à beira do rio, na periferia de São Luís do Maranhão, onde não existe saneamento básico para a população. Foto de 2009, final do governo Lula | Foto: Celso Junior/Estadão Conteúdo/AE
 As coisas no Brasil de hoje, e na maior parte destes anos 2000, ficam mais fáceis de entender se você partir de uma constatação básica: o programa de destruição que Lula, o PT e a esquerda vêm aplicando contra a população brasileira quando estão no governo tem um método. 
Não é apenas a roda da fortuna e do azar, que trazem para os países subdesenvolvidos, junto com a maré enchente e a maré vazante, a incompetência, a desonestidade orgânica e a pirataria do dinheiro público as marcas mais óbvias dos quase 14 anos em que eles estiveram na presidência da República. 
O Brasil, certamente, deu azar nesse período. Foi governado por gente integralmente inepta, sem qualquer qualificação para dirigir sequer um carrinho de picolé a começar pelo próprio Lula, o mais exibido de todos na sua incompetência sem cura. Mais: foi governado por parasitas que nunca trabalharam na vida, não de verdade; passaram suas existências simulando atividade no serviço público, na universidade ou em coisas assim, mas nunca foram capazes de produzir um único parafuso. 

Sua obsessão, o tempo todo, foi arrumar empregos bem pagos (empregos, não trabalho) na máquina estatal, onde estão até hoje, aos milhares e para sempre. Mais do que tudo, roubaram como nunca se roubou no Brasil ou no mundo — comandaram o maior sistema de corrupção jamais visto na história humana, provado na justiça com confissões, documentos e devolução voluntária de dinheiro roubado. Tudo bem: você está cansado de saber que é assim. O problema é que a soma de tudo isso não é o pior. O pior é que o Sistema Lula age desta maneira porque não pode agir de outra — se fizer diferente do que tem feito vai cair morto, direto, e o instinto de sobrevivência simplesmente não admite que isso venha a acontecer.

Lula perdeu em todos os Estados brasileiros, sem falhar um, onde há mais progresso e menos pobreza; ganhou em todos os Estados, também sem falhar um, onde há mais subdesenvolvimento e mais miseráveis

(...)

O fato é que, em três meses de governo, o Sistema “L” não perdeu uma única oportunidade, nem uma que fosse, de deixar o número de pobres no Brasil igual ao que é hoje, ou se possível maior. Sua realização mais agressiva, até o momento, foi a anulação do novo marco do saneamento, que começou enfim a permitir, de 2020 para cá, que um número maior de brasileiros tivesse mais esgotos e mais água encanada. O saneamento básico é um dos maiores escândalos sociais do Brasil: por culpa única e direta da esquerda nacional e de sua maior aliada política, a elite que mantém toda uma parte da população em situação equivalente à de escravidão, 100 milhões de pessoas não têm esgoto até hoje neste país, e 35 milhões não têm nem mesmo água encanada. É isso: em pleno século XXI, 2.000 anos depois da Roma antiga ter resolvido seus problemas de água e de esgoto, 50% da população brasileira não tem uma rede sanitária elementar. Em muitos lugares é bem pior — em Belém, a segunda maior cidade da Amazônia com seus 1,5 milhão de habitantes, quase 90% dos habitantes não têm esgoto. Isso mesmo: quase 90%. O Brasil é assim por um motivo óbvio e indiscutível. Até a nova lei, só as empresas estatais, controladas pelos milionários que mandam na política dos lugares mais subdesenvolvidos do Brasil, em consórcio com o PT, podiam operar no setor — elas, com as suas pencas de empregos públicos e os seus negócios de pai para filho. O resultado objetivo da ação exclusiva das estatais na área sanitária são os 100 milhões de brasileiros que vivem sem esgoto até hoje. Seria possível citar algum outro culpado por essa tragédia? Quem? Exemplo: há décadas a água e os esgotos no Pará, para todos os efeitos práticos, são propriedade privada da família Barbalho e da estatal que lhes serve. Deu nisso — só 13% da população de Belém tem esgotos. Multiplique-se agora essa situação pelas regiões mais atrasadas do país, com exceção de Alagoas, onde a nova lei funcionou de modo exemplar. Não pode dar outra coisa.

(...)

Tão ruim ou pior é o ataque de Lula e do seu governo contra a nova Lei do Ensino Médio — a primeira esperança concreta de alguma melhoria efetiva na monstruosa educação pública do Brasil. A lei foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2017, após 20 anos de discussão; para não haver qualquer desculpa, foram dados mais cinco anos de prazo até sua entrada em vigor, e a aplicação iria começar no atual ano escolar. Entre outros benefícios óbvios, passou-se a incentivar o ensino da matemática, das ciências exatas e das disciplinas que dão mais chance para os jovens no mercado de trabalho. Mais: não são obrigados a fazer nada do que não queiram; apenas foi dada a eles a chance da escolha, pela primeira vez na vida. O PT e os sindicatos de professores, é claro, sempre foram furiosamente contra qualquer mudança; exigem que fique tudo como sempre foi. Seu argumento é demente. Dizem que as novas regras interessam “às empresas” e ao “capitalismo”; não podem valer, portanto, apesar de se tratar de uma decisão do Congresso, transformada em lei. 

(...)

A destruição da Lei de Cabotagem é outra agressão grosseira ao interesse da maioria da população. O Brasil tem mais de 8.500 quilômetros de costas que podem ser navegadas, mas não são. Na prática, até agora, era como se houvesse uma lei dizendo: “A navegação de cabotagem é proibida no Brasil”. Era assim por uma razão muito simples e muito safada: só podiam fazer esse serviço navios que foram construídos em “estaleiros nacionais”, ou seja, quase ninguém podia. O transporte de mercadorias em distâncias superiores a 1.200 quilômetros, ou por aí — do porto de Santos ao porto do Recife, por exemplo —, é muito mais eficaz e mais barato se for feito por mar. Isso não interessa, nem um pouco, aos aproveitadores que vivem em volta do PT. No ano passado foi aprovada pelo Congresso, como nos casos anteriores, uma lei abrindo o setor, no ritmo mais moderado que se poderia adotar, para as transportadoras brasileiras — elas ganharam o direito de fretar navios estrangeiros, ou fabricados no exterior, para navegar no litoral do seu próprio país. O efeito imediato disso seria o aumento de empregos, de renda, de lucros, de investimento e de oportunidades. Lula, naturalmente, foi contra: anulou também essa lei, com um ato de vontade. E a Lei das Estatais? Aprovada ainda no tempo de Michel Temer, ela dificultava a pilhagem das empresas públicas pelos políticos — algo de interesse direto e imediato para quem não tem nada. Foi um dos primeiros avanços que Lula destruiu, com o apoio da Câmara dos Deputados; se o Senado confirmar, ele terá cerca de 600 empregos de marajá para entregar ao PT-PCdoB-Psol ou para vender ao “centrão”.

Luiz Inácio Lula da Silva cumprimenta o presidente do Senado, 
Rodrigo Pacheco, ao lado do vice-presidente, Geraldo Alckmin, 
e de parlamentares aliados | Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert 
[e pensar que o senador estridente foi, por algum tempo, 
considerado o paladino na luta contra a corrupção.]

Lula disse há pouco que quer criar uma “classe média”, doando dinheiro do Tesouro Nacional aos “pobres”. O Brasil não tem uma dívida pública?, perguntou ele. Então: por que não pode aumentar essa dívida e “acabar com a pobreza?” Parece idiota, e é idiota; mas também é intencional. Doar dinheiro público não vai acabar com pobre nenhum; se acabasse não haveria pobres no mundo, não é? O que todos eles querem, mesmo, é um Brasil miserável, pois é disso que vivem. É possível que você tenha notado que a esquerda brasileira foi parando de usar a palavra “reacionário” — sua definição, durante décadas, para quem tinha uma opinião diferente. Notaram, aparentemente, que a palavra passou a descrever, com exatidão cada vez maior, Lula e tudo o que existe em volta dele. O presidente da República é hoje o maior reacionário em ação no Brasil; quer, acima de qualquer outra coisa, manter o país em retrocesso perpétuo.

Leia também “O Brasil sem lei”

MATÉRIA COMPLETA - Clique J. R.Guzzo, colunista - Revista Oeste


sábado, 8 de abril de 2023

Lula promove retrocesso que pune os pobres - Editorial - O Globo

EDITORIAL - O Globo

 
 Unidade dos Correios no Rio: estatal ineficiente Fábio Rossi
 
Até outubro, a nova legislação do saneamento propiciou, além da venda da Cedae no Rio de Janeiro, licitações em Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Amapá, Ceará e Goiás. Os investimentos garantidos pelas concessionárias somam R$ 72,2 bilhões. 
A intervenção do governo Lula instala insegurança jurídica — já há processo no STF contra a contratação sem licitação da estatal paraibana por 30 municípios — e retardará a modernização do setor.
O objetivo da mudança é proteger estatais, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, onde prefeitos de cerca de 800 municípios querem continuar a renovar contrato com as companhias estaduais de saneamento sem licitação nem metas a cumprir. 
Lula ainda atribuiu ao Ministério das Cidades autoridade para regular o saneamento básico, esvaziando a Agência Nacional de Águas (ANA).
O que era feito com base em critérios técnicos passará a ser ditado por interesses políticos.

O resultado disso tudo é evidente: atrasará a meta de, até 2033, abastecer 99% das casas com água potável e coletar 90% do esgoto (já três anos atrasada em relação aos objetivos estabelecidos pela ONU). Hoje falta água a 35 milhões de brasileiros e coleta de esgoto a 100 milhões, e não há marca mais evidente da miséria que Lula diz querer combater do que as condições insalubres em que vive essa parcela da população.

A outra investida de Lula para agradar a grupos de interesse em seu governo foi a retirada de sete estatais do programa de privatizações. Entre elas, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), cujo modelo de venda estava pronto, elaborado com base num estudo comparativo do BNDES com as economias mais avançadas. 
A privatização e a nova regulação aumentariam a arrecadação em R$ 4,4 bilhões anuais, além de atrair bilhões em investimentos a um setor de desempenho sofrível, como sabe qualquer morador do Rio, onde cartas não chegam nem mesmo uma vez por semana a bairros de classe alta. Que dizer das áreas mais pobres, que Lula afirma defender? 
 
Além dos Correios, Lula desistiu de privatizar Dataprev e Serpro (duas empresas de processamento de dados cujos serviços poderiam ser contratados de terceiros sem perda nenhuma), a EBC (mero braço de propaganda do governo cujo orçamento beira R$ 750 milhões), o Ceitec (fabricante de semicondutores ultrapassados, que trouxe quase R$ 1 bilhão de prejuízo sem conquistar nenhuma relevância para o Brasil nesse mercado) e duas outras estatais. 
Todas essas privatizações trariam mais recursos a um Estado falido, a que faltam recursos para prover serviços básicos aos mais pobres.
Lula pode até acreditar que o Brasil tem dinheiro sobrando para atender a todos. Mas os decretos sobre saneamento e venda das estatais provam que sua prioridade é garantir espaço para seus aliados e agradar às corporações sindicais que seriam afetadas pelas privatizações. [é para agradar a essas corporações sindicais pelegas ,  que estão à míngua sem o IMPOSTO SINDICAL, que o ex-presidiário pretende - logo que CONSIGA REALIZAR alguma coisa que atenda aos interesses dos mais pobres, dos quais diz ser 'pai', que até agora, estamos hoje 98º dia do seu DESgoverrno, NÃO REALIZOU - trazer de volta e encher os bolsos das lideranças sindicais que estão famintas sem a grana daquele imposto - que voltará a ser pago OBRIGATORIAMENTE pelos trabalhadores.
Já notaram que só os maiorais do Serviço Público tiveram reajuste salarial, mas, os sindicatos da 'arraia miúda', que não teve nenhuma migalha de reajuste,  nada reclamam? 
O que estará motivando os 'líderes' de tais sindicatos a silenciarem sobre a falta de reajuste?]

Editorial - Jornal O Globo


terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

A quem interessa manter os yanomamis isolados e miseráveis? - Gazeta do Povo

Vozes - J.R. Guzzo

 

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Há poucos escândalos no Brasil que alcançam, em matéria de perversidade em estado puro, a situação dos índios condenados às suas terras ancestrais, protegidas em reservas e isoladas da civilização por leis de todo o tipo, proclamações de respeito e dogmas da esquerda. 
A natureza deste escândalo é exatamente o contrário daquilo que se ouve nas pregações de alta moral publicadas todos os dias na mídia, e aos gritos. O que a imprensa oferece ao público é um barulho histérico, durante o tempo todo, contra a “perseguição” que os índios sofrem da “civilização branca” – e, por extensão, da “direita”, etc. etc. 
O que acontece no mundo das realidades é a flagrante exploração dessas comunidades para satisfazer os interesses materiais de ONGs, padres e movimentos supostamente políticos. 
Essa brutalidade acontece em absoluto silêncio. 
Seus beneficiários estão protegidos por terem o certificado de “progressistas” – é virtualmente proibido, portanto, dizer o que eles fazem, e qualquer menção aos delitos que cometem é apontada de imediato como “ato antidemocrático”. É por isso que a população não é informada quase nunca sobre a situação real dos índios brasileiros.

As ONGs e demais agrupamentos que exigem todos os dias “mais terras” para os índios, e o seu isolamento do resto da humanidade, não estão agindo na defesa de índio nenhum – estão num negócio. Salvo uma ou outra exceção, falam em “proteger” a “cultura ancestral” das tribos e promover a sua felicidade como habitantes da Idade da Pedra, mas querem mantê-las na miséria, na ignorância e na falta de acesso aos benefícios básicos da civilização humana para poder ganhar dinheiro com isso. Índio cidadão não rende nada.  
Índio morrendo de fome no meio do mato rende doações em dólar ou euro, por parte de americanos, europeus e demais condôminos do bioma rico - aflitos com suas consciências, obcecados pela “natureza” e ansiosos em participar de alguma causa politicamente correta. 
Esse dinheiro é coletado pelas ONGs; os índios não veem realmente um tostão da fortuna capturada em seu nome
Se vissem, por que continuam na miséria de sempre?

    O que acontece no mundo das realidades é a flagrante exploração dessas comunidades para satisfazer os interesses materiais de ONGs, padres e movimentos supostamente políticos

A defesa da “cultura” indígena também serve para atender a baixos interesses políticos. O presidente da República, naturalmente, não poderia estar ausente deste bonde. Inventou um “Ministério do Índio”, que está forrando a militância de esquerda com empregos e vai torrar bilhões em dinheiro público - sem diminuir em um átomo a desgraça geral das comunidades indígenas. 
Numa de suas primeiras viagens, foi ao território dos yanomamis para uma ação indecente de falcatrua política; disse que os índios, enterrados durante os seus dois governos na mesma miséria em que vivem hoje, tinham sido vítimas de um “genocídio” executado deliberadamente durante o mandato do seu antecessor. 
 
Os yanomamis, a propósito, são um dos exemplos mais trágicos do escândalo todo. 
Sua tribo, com 20.000 pessoas, tem um território maior que a Bélgica – mas muitos são moradores de rua nas cidades fora da reserva, e os que vivem lá estão devastados pela doença e pela fome
O que adianta para eles toda essa terra? 
Não adianta nada. Mas as ONGs querem aumentar as suas reservas – e, principalmente, não querem que ninguém chegue perto. 
É essencial que permaneçam na sua desgraça
O dia em que tiverem a situação resolvida, os yanomamis, e quaisquer outros índios brasileiros, deixam de ser uma fonte de renda – e de motivo para exploração política.

Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Morte clínica do Congresso: deputados e senadores não servem para mais nada - Gazeta do Povo

J.R. Guzzo

O Congresso Nacional não existe mais – ocorreu, ali, o que os médicos chamam de “morte clínica”, quando o organismo ainda está biologicamente vivo, mas não tem mais circulação sanguínea, respiração e batimentos cardíacos capazes de sustentar a vida de um ser animado. Câmara e Senado continuam de portas abertas, pagam os salários de todos os seus dependentes (são os parlamentares mais caros do mundo) e até aprovam aumentos para eles próprios e os seus senhores do Poder Judiciário, mas já não respondem mais a estímulos internos ou externos de qualquer natureza.

Não servem rigorosamente para mais nada, do ponto de vista do interesse público. Suas decisões não contam para coisa alguma – tanto faz, na verdade, se decidem ou não, porque quem faz as leis é o Supremo Tribunal Federal. [apesar de na Constituição Federal constar que quem tem competência para fazer as leis é o PODER LEGISLATIVO = CONGRESSO NACIONAL. Diga-se de passagens que quando não agradam a um ministro do STF podem ser suspensas = na prática, revogadas = por uma canetada democrática de um supremo ministro.] É dali que saem, na vida real, as ordens a serem obedecidas pela sociedade brasileira.

A morte do Congresso vem se fazendo por etapas, com a participação ativa dos presidentes da Câmara e do Senado – os mais destrutivos da história parlamentar do Brasil, em sua obediência cega ao STF e, agora, ao novo governo. Sua última obra, que veio junto com o escândalo do aumento na remuneração, foi aprovar a licença para Lula gastar 145 bilhões de reais acima do que a lei permite – um assalto explícito ao Tesouro Nacional e, pior que isso, uma perfeita palhaçada.

 

Deputados e senadores, eleitos pela população, só podem fazer o que o STF permite, não têm mais liberdade de se manifestar fora do Plenário (talvez nem dentro, pelo jeito que vão as coisas) e podem ser presos até por nove meses, sem o mais remoto fundamento legal, se um ministro assim quiser. Não reagem a mais nada que o STF decida. Estão vivendo na base de aparelhos – no caso, do dinheiro público, de seus negócios privados e da submissão completa à “corte suprema” e a um segundo patrão, o futuro governo Lula.

Não fez nenhuma diferença a sua aprovação – o Supremo já tinha decidido que o teto de gastos ia ser jogado no lixo e o Congresso mais uma vez, disse “sim senhor”. 
Não fazia e continuará a não fazer nenhuma diferença o que deputados e senadores queiram ou não queiram, ou a vontade dos eleitores que os colocaram em seus cargos; quem vai mandar no Brasil, cada vez mais, é o consórcio STF-Lula, e todo o imenso sistema de interesses que lhe dá apoio.

Veja Também:
Teremos Dilma 3 por que o PT não admite pensamentos que não sejam os do partido

 Traficantes e corruptos: as classes favorecidas por decisões do STF

Lula diz, e os políticos concordam, que não conseguiria “ajudar os pobres” sem essa montanha de dinheiro arrancada do bolso do pagador de impostos ele nem assumiu o governo, não examinou por cinco minutos nenhum número das contas públicas, mas já quis, antes de qualquer outra coisa, 145 bilhões de reais a mais para gastar. Os “pobres”, obviamente, não têm nada a ver com isso. Mas se tivesse o mínimo interesse em ajudar de fato os “pobres”, por que Lula não pensou em se opor ao aumento para o Legislativo e o Judiciário nem ele, nem o seu partido e nem ninguém? [por tabela,  o salário do presidente eleito, após empossado, será também reajustado = efeito cascata = de forma automática.]

Por que não se cogita, em nenhum momento, de usar os lucros das empresas estatais (foram 250 bilhões de reais, em 2022) [lucro obtido no governo Bolsonaro, no governo do perda total as estatais só davam prejuízos.] para reduzir a miséria? 
Por que a recusa absoluta de redistribuir renda através da redução em um centavo das despesas do Estado, hoje na casa dos 2 trilhões por ano? 
É claro que há parlamentares que não concordam com a destruição do Congresso, nem com a sua anulação diante da vontade do STF e de Lula. Mas estão em clara minoria – e sob ameaça.
 
Os deputados e senadores não têm mais nenhum medo da opinião pública – só têm medo dos ministros do Supremo e das punições que podem receber deles, inclusive por seus problemas com o Código Penal.  
Todos desfrutam do “foro privilegiado”; é o STF que decide se são processados ou se ficam fora da cadeia. 
Têm, hoje, o grande privilégio de obedecer às ordens da ditadura do Judiciário. Enquanto ficarem de joelhos, continuarão com a sua vida de vegetal.  
Se criarem algum problema, vão ser castigados pelo STF e pelo sistema Lula. Já fizeram a sua escolha.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Desastre anunciado - Revista Oeste

Edilson Salgueiro

Durante a campanha eleitoral, o PT prometeu revogar todos os avanços econômicos conquistados pelos brasileiros nos últimos anos. A promessa está sendo cumprida com maestria

Geraldo Alckimin, Lula e Gleisi Hoffmann | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução redes sociais/Shutterstock

Geraldo Alckimin, Lula e Gleisi Hoffmann | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução redes sociais/Shutterstock 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não brinca em serviço. Antes mesmo de mudar seu CEP para Brasília, o presidente eleito e sua equipe deram início à tentativa de destruição dos avanços econômicos conquistados pelos brasileiros nos últimos anos. Para cumprir as inviáveis promessas de campanha e atender às reivindicações das velhas raposas da política, o embrionário governo petista deu com os dois pés na porta. Propôs o fim do teto constitucional de gastos, aprovado em 2016 pela administração Michel Temer (MDB), e anunciou a criação de 13 novos ministérios. O dinheiro para bancar essas e outras extravagâncias do partido que já saqueou o país sairá do bolso dos pagadores de impostos.

A equipe de transição, liderada pelo ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB), está pedindo licença para gastar até R$ 200 bilhões acima do Orçamento de 2023. A justificativa? Financiar o Bolsa Família de R$ 600 e abocanhar mais recursos para os “programas prioritários”. A manobra ainda depende de uma ampla articulação no Congresso, mas sua tentativa de torná-la viável mostra que a responsabilidade fiscal não faz parte do conjunto de valores petistas.

Ao mesmo tempo, os líderes do partido trabalham para escolher os 13 novos ministros de Estado que ocuparão os escritórios da Esplanada. A extensa lista inclui os ministérios do Planejamento, da Fazenda, da Pequena e Média Empresa e da Indústria, atualmente contidos no Ministério da Economia; Igualdade Racial, Direitos Humanos e Mulher, que hoje integram o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos; Segurança Pública e Povos Originários, que estão dentro do Ministério da Justiça e Segurança Pública; Pesca e Desenvolvimento Agrário, atualmente inseridos no Ministério da Agricultura; Previdência, que compõem o Ministério do Trabalho e Previdência; e Cultura, hoje ligada ao Ministério do Turismo.

Condenados ao atraso

Os especialistas consultados pela Revista Oeste afirmam que as propostas do PT representam um retrocesso para a economia do país, visto que tendem a aumentar os gastos públicos e a dificultar a eficiência administrativa do governo. “É uma irresponsabilidade fiscal enorme”, criticou o deputado federal Alexis Fonteyne (Novo), referindo-se ao furo do teto de gastos. “Isso é endividamento das próximas gerações. É emissão de títulos públicos no mercado, que a população brasileira terá de pagar. Lembremos que quem paga a conta são os mais pobres, porque o sistema tributário do país é regressivo.”

Alan Ghani, ph.D. em finanças pela Universidade de São Paulo e economista-chefe da SaraInvest, segue na mesma linha. “Quando falamos na criação de novos ministérios, devemos considerar os salários dos ministros e dos assessores, fora os gastos operacionais”, observou, ressalvando que nem sempre a redução de ministérios reflete na diminuição dos gastos públicos. “É uma medida ineficiente, um sinalizador ruim. Isso mostra que o futuro governo visa à expansão da máquina pública. O PT está mostrando que as demais políticas do governo devem seguir essa tendência. Isso nos condena ao atraso.”

Diferentemente do que dizem os bacharéis da imprensa militante, a proposta do PT de romper o teto de gastos é diferente daquela sugerida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para financiar o Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023. O “Posto Ipiranga”, como é chamado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), havia considerado duas possibilidades para viabilizar o benefício à população carente: a primeira dependeria da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Se o conflito continuasse, o governo federal buscaria prorrogar o estado de emergência no país — o que lhe daria condições de obter mais recursos e, por consequência, bancar o novo Auxílio Brasil. A segunda possibilidade seria a taxação de lucros e dividendos, que não teria relação com o cenário externo.

“Os R$ 600 virão de dois possíveis lugares”, explicou o ministro, em live realizada em setembro deste ano. “Um, se a guerra continuar lá fora, continuaremos com o estado de emergência. A outra forma é a taxação de lucros e dividendos para quem ganha acima de R$ 400 mil por mês. O pessoal paga um imposto bem pequeno. O certo seria pagar 27%, mas não queremos essa quantidade. A proposta da equipe econômica é 15%, abaixo da pessoa física, que paga 27%.”

Para o economista Ubiratan Jorge Iorio, colunista de Oeste, as equipes econômicas de Lula e Bolsonaro trabalham de maneiras distintas. “A proposta do Guedes era diferente, porque o ministro tem uma perspectiva de enxugamento do Estado e de estímulos ao setor privado”, observou, ao explicar que eventuais ajustes no Orçamento serviriam para compensar as despesas com o Auxílio Brasil. “A proposta do PT, por sua vez, mostra a total falta de responsabilidade que o partido tem com o dinheiro dos pagadores de impostos. Durante a campanha, os petistas prometeram uma série de benesses, mas não tinham ideia de onde viriam os recursos.”

Em nome da “governabilidade”

A expectativa de Lula ao distribuir cargos em ministérios é ter “governabilidade”, ou seja, receber o apoio dos parlamentares e blindar-se de eventuais boicotes. Mas a história brasileira mostra que o aumento no número de pastas não tem relação com a sustentação política do governo. Fernando Collor de Mello (PTB), por exemplo, assumiu com apenas 12 ministérios. E perdeu a faixa presidencial tendo 16, depois de sofrer impeachment. Já Dilma Rousseff (PT) chegou a ter 39 ministros — o maior gabinete da Nova República. Um ano depois, contudo, acabou derrubada em outro processo de impeachment. Bolsonaro assumiu a Presidência com 23 ministros. “Um número elevado de ministérios é ineficiente e não atende aos interesses legítimos da nação”, afirmou o chefe do Executivo, pouco antes de dar início ao governo. “O quadro atual deve ser visto como resultado da forma perniciosa e corrupta de fazer política.”

Depois de ter destruído as hastes que sustentaram a retomada da economia brasileira neste milênio, Lula disse ter recebido uma “herança maldita” de FHC. Atualmente, diz a mesma coisa sobre Bolsonaro

A declaração de Bolsonaro tem razão de ser. Em todo o período republicano, e especialmente nos governos petistas, o brasileiro acostumou-se a ver políticos corruptos, ineptos e ideológicos ocupando cargos importantes. Antônio Palocci, por exemplo, que liderou o Ministério da Fazenda de Lula, estampou inúmeras manchetes por ter chefiado um esquema de corrupção na época em que era prefeito de Ribeirão Preto. Palocci teria cobrado propina de até R$ 50 mil por mês de empresas que prestavam serviços à prefeitura. Esse dinheiro seria utilizado para financiar campanhas eleitorais.

Já o deputado federal Orlando Silva (PCdoB), ex-ministro dos Esportes, foi acusado de estar envolvido em uma série de esquemas de desvio de dinheiro em programas da pasta, que visavam a beneficiar seu partido. Mas o ponto máximo da balbúrdia promovida em ministérios ocorreu em 2016, quando Dilma nomeou Lula como ministro da Casa Civil. Na época, o petista estava com um pedido de prisão em análise pela Justiça. O Supremo Tribunal Federal (STF), ainda ciente de seus deveres constitucionais, decidiu barrar a manobra da ex-presidente, que estava na iminência de sofrer impeachment.

Na contramão desse histórico tenebroso, o atual governo conseguiu indicar um elenco de ministros técnicos e conscientes de suas atribuições. O ex-ministro Sergio Moro, por exemplo, obteve sucesso enquanto esteve no comando da Justiça e Segurança Pública. Em sua gestão, o Brasil registrou uma queda drástica no índice de homicídios. Nas eleições deste ano, conquistou uma vaga no Senado Federal. O mesmo raciocínio pode ser aplicado a Guedes, que conduziu o país com maestria durante os períodos turbulentos da pandemia e da guerra no Leste Europeu. Tarcísio Gomes de Freitas, o mais discreto dos ministros, conquistou a confiança dos paulistas depois de desempenhar um trabalho irretocável na Infraestrutura. Elegeu-se governador e despachou Fernando Haddad (PT), agora cotado para assumir uma pasta no governo Lula.

Liberalismo de ocasião

Não há segredo. Um simples exercício de comparação mostra que é possível administrar o país sem inflar o número de ministérios nem oferecer cargos em troca de apoio político. Mas o PT está disposto a repetir os mesmos erros do passado. Com a equipe de transição atuando em Brasília, os nomes cotados para os ministérios do governo Lula passaram a estampar as manchetes dos jornais. E o pagador de impostos não tem motivos para vislumbrar um futuro próspero. Pelo contrário. A equipe que protagonizou os maiores escândalos de corrupção da República está de volta à cena política.

Haddad, Jaques Wagner, Wellington Dias e Gleisi Hoffmann, por exemplo, concorrem à Casa Civil. Neri Geller, Carlos Fávaro e Simone Tebet disputam a Agricultura. Alexandre Padilha, Rui Costa, Guilherme Mello, Pérsio Arida, Nelson Barbosa e André Lara Resende podem assumir a Economia. Já o Ministério da Justiça deve ser comandado por Flávio Dino, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Carvalho, Silvio Almeida, Pierpaolo Bottini ou Sérgio Renault. Marina Silva, João Paulo Capobianco e Randolfe Rodrigues estão sendo cogitados para a vaga no Ministério do Meio Ambiente. O Ministério da Cultura tem como opções Daniela Mercury, Flora Gil, Bela Gil, Gabriel Chalita e Marcelo Freixo.

O grupo técnico de economia despertou uma faísca de esperança em liberais que acreditam que o PT deixará de ser um partido estatizante e passará a reconhecer a prevalência do livre mercado. Ledo engano. “Quando vi Palocci no Ministério da Fazenda e Meirelles no Banco Central, dizia que o PT havia adotado um liberalismo de ocasião”, lembrou Ghani, ao mencionar os dois primeiros mandatos de Lula. “Eles não acreditavam realmente na liberdade econômica, apenas precisavam daquilo para governar. Vejo com bons olhos Pérsio Arida e Lara Resende, mas entendo que servem apenas para acalmar o mercado. É para não deixar a taxa de juros e o dólar subirem. É um movimento parecido com o de 2003, uma concessão liberal. Isso não significa que os petistas terão comprometimento com o liberalismo, com a responsabilidade fiscal, com menos intervenção no câmbio e no preço dos produtos.”

Fonteyne concorda com Ghani e alerta para as “malandragens” do PT na composição dos ministérios técnicos. “A indicação definitiva do ministro da Economia é que valerá de fato”, salientou o parlamentar. “É nesse momento que veremos se a ala petista mandará mais que a área racional, técnica e acadêmica. É nessa hora que, talvez, haverá o fim da lua de mel entre os diferentes grupos que apoiaram Lula para se livrar de Bolsonaro.”

Do boom das commodities às contas públicas em dia

Em 2003, Lula vestiu a faixa presidencial depois de vencer José Serra (PSDB) nas eleições do ano anterior. Estabilizada pelo Plano Real, a economia brasileira decolou ao exportar para o mundo sua diversidade de grãos, frutas e legumes. O cenário externo favorável, sem conflitos de dimensões continentais, possibilitou a geração de riqueza que, posteriormente, subsidiou programas sociais, financiou obras de infraestrutura e transformou o país em uma potência. Essa mesma bonança foi utilizada pelo PT nos maiores escândalos da Nova República, como o Mensalão e o Petrolão.

Depois de ter destruído as hastes que sustentaram a retomada da economia brasileira neste milênio, Lula disse ter recebido uma “herança maldita” de FHC. Atualmente, diz a mesma coisa sobre Bolsonaro. Tanto num caso quanto no outro, o petista mente. Se há 20 anos Lula pôde surfar num ambiente externo amplamente favorável, desta vez encontrará um país com superávit nas contas públicas, com lucro nas estatais e deflação galopante. Em suma, Lula está pronto para herdar novamente um país em ordem e entregá-lo em desordem. E ninguém poderá dizer que foi enganado.

Leia também “Retomando o caminho para a miséria”

Edilson Salgueiro, colunista - Revista Oeste 

 

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Dois meses para evitar um colapso político-administrativo

Lula não terá a tradicional trégua de 100 dias para se instalar no Palácio do Planalto e começar a governar

Que ninguém se engane. A primeira tarefa da transição iniciada, ontem, sob a coordenação do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin é evitar um colapso político-administrativo do governo federal, em razão da ruptura de políticas em curso, uma vez que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva significa a retomada de um projeto nacional centrado em três grandes eixos: a construção de um Estado democrático ampliado, permeável à participação da sociedade; a retomada do desenvolvimento, em novas condições de sustentabilidade, numa economia globalizada; e o combate às desigualdades, com objetivo de erradicar a miséria e promover a inclusão social. O governo Bolsonaro tinha metas diametralmente opostas. [até os petistas sabem que o eleito não tem condições administrativas, intelectuais, morais,éticas, etc ... para construir nada = aprovar uma PEC - essencial, mas que ainda está sendo cogitada - em menos de 45 dias,parece piada; a única forma de evitar o colapso apontado é o eleito desistir - renunciar, desistir de voltar à cena do crime = ele desistindo o Alckmin, ele é vice-presidente, portanto, até a posso o eleito não é presidente e o Alckmin não vice]
 
(...)  
 
Com a derrota eleitoral, o governo Bolsonaro acabou, mas seu mandato ainda não. É preciso um mínimo de entendimento, mesmo se sabendo que não haverá diálogo entre o atual presidente e o sucessor por absoluta incompatibilidade de gênios, como diria o falecido compositor Aldir Blanc. Todos os sinais de Bolsonaro são de que não pretende passar a faixa para Lula no Palácio do Planalto. 
Do ponto de vista institucional, é apenas um gesto simbólico. O petista será diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e empossado pelo Congresso. [Não tem sentido o presidente Bolsonaro passar a faixa; já o trecho destacado em vermelho nos lembra os cinco passos que o falecido Carlos Lacerda mencionava com relação ao Getúlio Vargas - o eleito, por enquanto cumpriu os dois primeiros, o dois seguintes são os apontados pelo articulistas e após cumpridos falta o último ... governar.]

Correio Braziliense - MATÉRIA COMPLETA

 

domingo, 16 de outubro de 2022

Por que o socialismo é uma péssima ideia? - Roberto Rachewsky

Tudo começa quando alguém lê Marx e acha que descobriu a pedra filosofal.

Após a leitura, ele reúne amigos que leram (ou disseram que leram) Marx e aceitaram suas ideias para implantá-las.

Entre os amigos, ganha destaque um que fala bem, é carismático e vaidoso, para convencer o povo; e os outros nove que não têm medo de usar a força, nem vergonha de usar até mesmo violência física, para tratar dos que não se deixaram enganar por aquele.

Em seguida eles tomam o governo, tomam os meios de comunicação, tomam as escolas. Convocam os revoltados, ressentidos, invejosos e outros seres desprovidos de autoestima e de senso crítico para defender a revolução através da cultura e da coerção.

As pessoas começam a fugir do lugar onde vivem e os marxistas resolvem então fechar as fronteiras. Fechar as fronteiras é pouco, começam a aprisionar o povo e os corajosos que insistem em resistir acabam sendo mortos.

Como a escassez toma conta, decidem concentrar o que é produzido para seu próprio deleite, deixando o povo aproveitar a igualdade na miséria.

Os traços evidentes da destruição tentam ser escondidos para baixo do tapete. Quando aparecem, censuram dizendo se tratar de “manipulação na informação”.

Quando a miséria chega e os assassinatos acabam sendo percebidos pela opinião pública mundial, dizem que as pessoas boicotaram o projeto e que o marxismo acabou não sendo implantado como manda o figurino.

Quem acredita que para algo funcionar é preciso matar inocentes, tirar o que é dos outros à força, censurar opiniões e fatos, doutrinar crianças para serem obedientes, prender as pessoas para não fugirem e matar quem tenta, esse sujeito é muito infantil, desprovido de inteligência ou psicopata.

Se você acha, que depois de ter sido tentado inúmeras vezes, em algumas delas por décadas, chegando sempre ao mesmo resultadoopressão, miséria e morte – é possível dar certo, então você é insano.

O marxismo consegue convencer alguns como tese, só não funciona com seres humanos. Logo, marxismo como sistema social, político e econômico, é uma péssima ideia que só os oligofrênicos aplaudem e os psicopatas tentam colocá-la  

Publicado originalmente no site do Instituto Liberal

O autor é empresário e presidente do Instituto Liberdade.

 

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Lula idolatra Lula, e não mostra o seu projeto para o país

Para se afirmar, deslegitima os outros, e reluta em mostrar seu plano para "garantir o fim da fome, o fim da miséria e o pleno emprego" 

[em síntese: o traste não tem plano de Governo, não tem noção do que fazer e tem medo das ruas.]  

Lula é personagem difícil de ser rotulado, enquadrado numa moldura. [era; o rotulem de traste e logo perceberão que cai como uma luva.]

Esquerdista? Talvez. Populista? É possível. Sobrevivente, com certeza — da migração do agreste pernambucano para São Paulo; do sindicalismo metalúrgico, e dos 42 anos de profissional da política, mais da metade do seu tempo de vida.

Seu melhor retrato nasceu da argúcia do humorista e do polimento do escritor Millôr Fernandes. Disse tudo em sete palavras: “O Lula é viciado em si mesmo.”

Reconheceu, tempos atrás: “Tem hora em que estou no avião e, quando alguém começa a falar bem de mim, meu ego vai crescendo, crescendo, crescendo… Tem hora em que ocupo, sozinho, três bancos com o meu ego.”

Lula cada dia mais idolatra Lula, principalmente nesta temporada eleitoral por ele transformada em campo de batalha pela absolvição nas urnas — algo que ainda não conseguiu nos tribunais.

Aos 76 anos, aproveita a que talvez seja sua última campanha para lapidar a imagem da Encarnação do Povo. É do jogo. O problema é que, para se afirmar, ele deslegitima todo mundo. Exemplos recentes:

Políticos no poder? “[Joe] Biden nunca fez um discurso para dar US$ 1 dólar para quem está morrendo de fome na África.”

Partidos? “O PFL acabou, agora quem acabou foi o PSDB e o PT continua forte, crescendo.”

Empresários? “Essa gente deveria vir de joelho conversar com a gente.”

Brasil? “Este é um país de uma elite escravista. O escravismo ainda está, sabe, contido na célula de cada representante da grande elite brasileira.”

Lula contra tudo e contra todos é imagem em sépia das suas quatro décadas sem sair de cima de um palanque.

Em 2003 se queixava da “herança maldita” do governo Fernando Henrique Cardoso.

Em 2022 anuncia que, se eleito, vai pegar um país muito pior do que o recebido vinte anos atrás.

Lula, nesses cultos de adoração de si próprio, pode até ter alguma razão em cada sílaba do que anda dizendo.

É pena que, a quatro meses da eleição, ainda relute em mostrar seu plano para  “garantir o fim da fome, o fim da miséria, o pleno emprego e fazer o Brasil virar protagonista internacional”.  
Esse Brasil Potência nunca antes aconteceu na história deste paísnem mesmo na década e meia de governos lulistas.

José Casado, colunista - VEJA


domingo, 27 de fevereiro de 2022

Os limites da ingenuidade - Revista Oeste

O que vamos decidir em outubro é se valorizamos de fato nossa liberdade ou se aceitamos ser escravizados por uma ideologia que só produz igualdade na miséria

Em 13 anos, eles devastaram a economia, a política e a ética. Agora, querem voltar, e seu patético pré-candidato à Presidência sempre rodeado por um séquito de pajens vem revelando o que pretende fazer caso retorne ao poder. 
Se você ainda não prestou atenção em seu lero-lero, é bom ficar esperto, porque são declarações de intenções — recorrentes e explícitas — de que, em nome de sua democracia popular de mão única, completará o serviço sujo que foi interrompido em 2016 e lançará o Brasil em uma aventura socialista. Tratam o país apenas como mais um membro da “Pátria Grande” que povoa seus anseios utópicos, uma fantasia que até hoje só produziu fome, miséria, escassez e escravidão no mundo, mas que mesmo assim insistem em replicar, a exemplo do que alguns países vizinhos vêm fazendo.

Para quem sabe ler e ouvir, as intenções que vêm anunciando são claríssimas — fora as que ainda vão divulgar, ou que simplesmente podem vir — e configuram rejeição de qualquer respeito às liberdades individuais. Se o leitor desconfiar de exagero nessa afirmativa, basta consultar rapidamente a página do partido na internet para certificar-se de que não há dúvida.

Assemelham-se a um bando de aracangas (nome, em tupi-guarani, dado às araras-vermelhas-grandes), aquelas aves barulhentas que emitem grasnados que lembram vagamente gritos humanos; em especial, seu chefe resgatado da gaiola por estranhas manobras políticas travestidas de jurídicas possui um aparelho fonador que reproduz jorros sucessivos de mentiras e ameaças.

Até recentemente, as aves encarnadas vinham despejando suas ideias bizarras uma a uma, assim como quem não quer nada. Entretanto, sob o efeito estimulante das eleições, as criaturas deixaram de lado a vergonha e passaram a exibir sua meta: implantar aqui o socialismo do século 21. Recentemente, divulgaram um documento interno, ainda não oficial, um monstrengo ao mesmo tempo ridículo e assustador, intitulado “plano de quarentena fiscal”, elaborado pela cúpula e pelos economistas do partido, a maioria deles oriunda da Unicamp.

Eis um resumo das intenções declaradas no tal plano:  
(1) revogação “temporária” do teto de gastos; 
(2) decretação de “estado de emergência”, para liberar orçamentos da exigência de licitações; 
(3) recuperação da “capacidade de investimento” do BNDES, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e de empresas estatais; 
(4) criação de um “imposto emergencial sobre grandes fortunas, lucros e dividendos”; 
(5) ampliação do programa Bolsa Família; 
(6) retomada imediata do programa “mais médicos”, 
(7) novos concursos públicos para “recompor” o quadro de servidores federais.
 
Além dessas ameaças, há outras: 
revogação da reforma trabalhista e da autonomia do Banco Central; reestatização de empresas privatizadas; 
extinção do programa de desestatização;
censura da internet e da mídia em geral; 
tentativa de cooptação das Forças Armadas, a exemplo do que foi feito na Venezuela; e, 
 retorno à política externa de alianças com ditaduras de esquerda na América Latina e no resto do mundo. Haja estômago.

Chega a ser espantoso que certos ditos liberais sinalizem a possibilidade de apoiar o candidato das aracangas

Como se todo esse retrocesso fosse pouco, para comemorar os 42 anos de sua fundação, o partido anunciou a criação de 5 mil “comitês populares de luta”. É incrível, mas é isso mesmo: a velha conversa fiada de toda a laia de ditadores
Trata-se de um longo cortejo de bizarrices, em que desfilam ignorância, arrogância, petulância e negação dos mais de cem anos de história de fome, miséria, escassez, assassinatos e apropriação das liberdades individuais, sempre em nome de “interesses populares”.
 
Pelo que vêm apregoando, é plausível supor que, caso voltem ao poder, vão acelerar sua conhecida agenda
entabocar a ideologia de gênero goela abaixo da população; 
acirrar o racismo fantasiado de “resgate histórico”
intensificar o feminismo radical; 
abolir a história e as tradições da nossa nação; 
radicalizar o politicamente correto; 
impor o uso da linguagem neutra; e,
abolir a economia de mercado; e,
ressuscitar as práticas sindicalistas de um passado.
 
A esta altura do campeonato, chega a ser espantoso que certos ditos liberais e conservadores sinalizem a possibilidade de apoiar o candidato das aracangas. Não é difícil detectar os dois principais motivos dessa estranha condescendência:  
o ódio irracional ao presidente Bolsonaro, que os leva a procurar uma “terceira via” tão improvável quanto retrógrada, e a necessidade de recuperar algumas “boquinhas” perdidas com a política econômica liberal do governo.

Por quais motivos, senhores, a carta mensal de uma gestora de fundos de investimento faria uma comparação completamente estapafúrdia em que afirma não haver distinção quanto aos resultados da política econômica dos governos de Bolsonaro e o de Dilma Rousseff? E por quais razões o relatório de um banco suíço asseguraria que existe um “consenso” de que, se Lula for eleito, ele aprovará as reformas, avançará no processo de consolidação fiscal e não governará com medidas populistas?

Como a ingenuidade tem limites, a única explicação possível remete à baixa política. É evidente que todos têm o direito de não gostar do presidente e de buscar outros nomes, porém, devem assumir o dever de respeitar a verdade factual. Equiparar o governo atual aos do PT é como chamar Confúcio de Pafúncio.

Politicamente, o governo atual — que as línguas mal-intencionadas acusam de pretender dar um “golpe” é diametralmente oposto aos anteriores, aqueles sim amantes de várias ditaduras espalhadas pelo mundo. Resumindo, temos um governo de direita, conservador e que defende o livre mercado, a equipe econômica é a mais liberal e, provavelmente, a mais bem preparada tecnicamente da nossa história e propôs todas as reformas estruturais necessárias.

Por fim, do ponto de vista ético, é uma enorme agressão à inteligência alheia fazer qualquer comparação com o governo atual, que até hoje não teve atestado um caso sequer de corrupção. Além disso, são absolutamente diferentes as pautas sobre costumes, família, religião, cultura, comportamento e muitas outras.

Por tudo isso, é necessário enfatizar que, no final deste ano, a escolha não será só entre dois candidatos, um de “direita” e outro de “esquerda”, um “conservador” e outro “progressista”, o buraco é muito mais embaixo. O que vamos decidir em outubro deste ano é se valorizamos de fato nossa liberdade ou se aceitamos ser escravizados por uma ideologia que só produz igualdade na miséria.


Ubiratan Jorge Iorio é economista, professor e escritor. Instagram: @ubiratanjorgeiorio

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