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sábado, 17 de setembro de 2016

Governo do DF tem que jogar duro contra os que desperdiçam água

Adasa e Caesb pedem que DF reduza gastos com água imediatamente   - Sem chuva, regiões do DF enfrentam cortes no abastecimento, que podem tomar proporções maiores em 73 dias

[o governador Rollemberg tem se destacado pela notória incompetência e caso não queira se afundar mais só resta a ele um recurso: aumentar a tarifa de água em relação direta com o consumo.

Se omitir, tentar ganhar tempo, caso não chova só resta o racionamento. 

Existe duas formas de evitar o racionamento: 

- CHOVER no DF e muito;

- a SEGUNDA é aumentar a tarifa da água em proporção direta ao consumo. SUGESTÃO: até 10 metros cúbicos por mês, o metro cúbico permanece no preço que está; de dez a quinze metros cúbico  passa para R$ 10,00 o preço do metro cúbico; de quinze a vinte metros cúbicos, R$ 20,00, cada metro; dos 20 a 30 metros, R$40,00 cada metro cúbico e acima dos 30 metros, R$ 80,00, cada metro cúbico. 

Rollemberg é isto ou o impeachment.] 

O brasiliense pode se preparar para o racionamento de água e até o pagamento de mais taxas por causa do desabastecimento na capital do país. O nível dos reservatórios do Distrito Federal é o pior dos últimos 20 anos, e algumas cidades já sofrem com cortes. Se não chover, a população só terá água para os próximos 73 dias. Com o objetivo de evitar a situação, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) intensificou a fiscalização de captação irregular e não descarta a cobrança extra pelo consumo excessivo.

As medidas vieram depois de vários dias quentes com tempo seco. O órgão decretou estado de alerta volume útil entre 40% e 21% —  nos reservatórios de Santa Maria e de Santo Antônio do Descoberto, locais que abastecem quase 80% da população. A marca não alcançou o nível nem em1996, ano em que chegou a 45%. A Adasa, agora, se preocupa em promover a locação de água e ampliar a comunicação para conscientizar a população. O diretor-presidente do órgão, Paulo Salles, afirmou que o momento é de atenção.  “Tentamos manter as coisas funcionando. O brasiliense precisa mudar a cultura de desperdício e observar que o nosso bem está se esgotando”. A recomendação é que a população reduza o consumo: nada de usar a água tratada para lavagem de veículos, garagens e calçadas, fachadas dos prédios, irrigação de jardins e manutenção de piscinas.
Em razão dos baixos níveis de captação e do aumento do consumo, locais como Brazlândia, São Sebastião e Planaltina enfrentam problemas. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) alega que tal medida se faz necessária no momento de estiagem. Paulo Salles explica que esses pequenos reservatórios sofrem com a seca há algum tempo e que a Caesb pode diminuir a pressão e até suspender o fornecimento. “Isso não é previsível e não é um problema insolúvel. Se até a próxima semana não conseguirem resolver a situação de forma sustentável, a Adasa entrará fixando horários de suspensão no fornecimento de água”, garantiu.
O percentual de água nos reservatórios enfrentado pelos brasilienses é o pior desde 1987. [com certeza em 87 o consumo de água no DF, consumo total,  era inferior a metade do atual.] Normalmente, os níveis mais baixos chegavam próximo à seca, nos meses de outubro e novembro, mas este ano a situação é especial. “Estamos em meados de setembro e em estado de alerta. Acredito que, seguindo as recomendações, é possível evitar um estado de restrição de uso”, acredita o diretor. O reservatório de Santo Antônio do Descoberto apresenta o volume útil de 40,3%, valor muito destoante do registrado em abril do ano passado, quando o mesmo estava com um volume de 93,37%. Já o reservatório de Santa Maria teve uma queda de volume estimada em 41,95%, desde agosto de 2015. Apesar de Santa Maria atender uma parcela menor da população e estar com danos menores, Paulo Salles frisa que é necessário tratar os dois reservatórios com a mesma preocupação.

Economia
A estudante de direito Carla Teixeira, 20 anos, já toma algumas precauções. Na casa dela, a ordem é economizar. “É uma situação preocupante. Temos o exemplo de São Paulo, que há quase dois anos sofre com desabastecimento de água. Por aqui, tomamos algumas medidas, como evitar ficar com o chuveiro aberto em todo o período do banho”, detalhou a moradora do Lago Norte. Segundo ela, a família também busca o reaproveitamento. “Nós usamos a água gasta na máquina de lavar ou no momento de lavagem do carro em outras atividades.”
A economia também é vista em alguns condomínios. Alexandre Campos, 38, é síndico de um residencial em Águas Claras. “Não é de hoje que estamos tratando com cuidado a questão da economia de água. Primeiro, cuidamos da estrutura, com a troca de registros e torneiras. Percebemos que algumas apresentavam goteiras, o que fazia aumentar o uso”, detalhou. Em meio aos trabalhos preventivos, os moradores também identificaram um vazamento na caixa d’água subterrânea. “A correção foi feita. Diante dessa situação de reservatórios baixos no DF, agora vamos reforçar com cada unidade a importância de não desperdiçar água. É um trabalho de conscientização nas 46 unidades do prédio”.

Torcida
Para a promotora de Justiça Marta Eliana de Oliveira, titular da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural (Prodema), a situação nunca esteve tão crítica. “Torcemos para que a chuva venha logo. A Adasa está cautelosa com o volume hídrico de 20% e quer evitar o estado de restrição. A população, porém, tem papel importante nesse processo”, aconselha. Marta comenta que a situação fica mais evidente com o crescimento da demanda no DF. “A água não consegue acompanhar a cultura do brasiliense de gastar. A promotoria está preocupada, pois não vemos a população engajada na causa”. A Adasa garante que, em um prazo de 30 dias, será criado um Grupo de Acompanhamento com objetivo de avaliar a situação hídrica e discutir diretrizes e ações adequadas para amenizar os efeitos da escassez hídrica sobre os reservatórios.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há a possibilidade de chuva acima do normal para os próximos dias, a partir de 22 de setembro, mas isso não garante que os volumes subam rapidamente. Ontem, houve registros de precipitação em alguns pontos, como no Gama, em São Sebastião e em Santo Antônio do Descoberto (GO). Pela segunda vez na semana, a cidade bateu recorde de calor. Os termômetros alcançaram 34,9ºC, a temperatura mais alta do ano na capital do país. A umidade caiu a 18%. Para hoje, a mínima pode ficar em 19ºC, e a máxima, em 35ºC. A umidade relativa do ar deve variar entre 70% e 25%.


Fonte: Correio Braziliense