Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Alto Comando do Golpe contra Temer. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Alto Comando do Golpe contra Temer. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Três dias de greve de caminhoneiros mostram o que acontece num país em que a classe política é dinamitada por mistificadores irresponsáveis



Os três dias de greve dos caminhoneiros evidenciaram o que acontece num país em que a chamada classe política está destruída. Articulistas das mais diversas tendências — do petista que acha ser tudo culpa de Michel Temer ao anarquista estilístico, que é contra tudo porque acha ser essa a sua profissão — viveram momentos de festa, como se o caos provocado por uma categoria estivesse a indicar a fraqueza deste ou daquele em particular. Não! Sem qualquer exagero, o que sai ainda mais fragilizado desse processo é a própria democracia. Até porque é visível que o presidente e seu entorno são o que resta de bombeiros no país. Todos os outros gostam de riscar fósforos e de acender isqueiros perto do tanque de gasolina da falta de combustível.

Existem picaretas políticos em festa. “Ah, o governo teve de ceder; o governo beijou a lona”. É mesmo? E isso é efetivamente bom para quem? Fiquemos em dois aspectos do problema, emblemáticos não do Brasil do presente, mas do que vem pela frente.  Vamos ao primeiro. Pedro Parente, presidente da Petrobras, anunciou que, por 15 dias, haverá uma redução de 10% do preço do diesel, e isso significa que R$ 350 milhões deixarão de entrar nos cofres da empresa. Aqui e ali, leio, em tom de censura, que a direção está cedendo à chantagem, sugerindo que sua adesão à correta política de flutuação de preços, segundo a cotação internacional do petróleo, então não era para valer. O impressionante e que se empresta um tom crítico à decisão de Parente como se a sua escolha tivesse sido antes elogiada.  E não foi. Afinal, reconhecer que o presidente da Petrobras a recuperou dos escombros a que foi relegada por Dilma corresponderia a admitir ao menos uma miserável coisinha positiva no governo Temer. E, como se sabe, com raríssimas exceções, parece ser moralmente proibido afirmar que esse governo fez ao menos uma escolha correta — já que não se quer admitir o conjunto dos acertos.

O segundo aspecto que se destaca na crise é oportunismo asqueroso de uma figura da política que revela um comportamento crescentemente tóxico. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, que finge ser candidato à Presidência da República, era a peça inicialmente escolhida pelo Alto Comando do Golpe contra Temer nas duas iniciativas lideradas por Rodrigo Janot para derrubar o presidente. Quando percebeu que não conseguiria reunir o número necessário de votos para aprovar o afastamento de Temer, então ele brincou de ser o principal fiador da rejeição às denúncias.

[o mais grave é que Maia enfiou um 'jabuti' dentro do texto que cria a reoneração: um artigo que reduz a zero a alíquota do PIS/Cofins sobre o diesel. 
O pior é que combinado com o Planalto foi zerar a Cide e compensar a queda de arrecadação com o resultado da reoneração  da folha;
só que zerando o PIS/Cofins sobre o diesel  surgiu uma diferença de alguns bilhões de reais entre a queda esperada pelo  pelo Governo  s suportável com o acréscimo advindo da reoneração e a nova diferença o Governo não tem condições de arcar.
O RISCO É UM SÓ: Maia encontrar uma forma de jogar tudo que foi zerado no diesel para a gasolina.
Afinal, o poder de pressão do consumidor da gasolina - que não tem condições de parar o Brasil é praticamente nenhum.
A transferência cogitada ainda não é um fato, mas é o único caminho que resta e já que Maia arrumou a encrenca pode, bem ao seu estilo, querer resolver ferrando o mais fraco.] 

O pior mistificador é o que acredita na própria mentira. A partir de então, autoproclamou-se vice-rei do Brasil. O governo enviou a Medida Provisória de reoneração da Folha em março do ano passado, o que daria alguma folga fiscal. Foi sabotada por Maia. O texto foi retirado e, em seu lugar, apresentado um projeto de lei. O presidente da Câmara, na sua ânsia por protagonismo e atendendo a pressões de sua clientela, sentou sobre o texto. Agora, com a crise dos combustíveis, o dito “liberal” Rodrigo Maia crítica, ainda que de modo enviesado, a correta política de preços da Petrobras, comanda a aprovação pela metade da reoneração — para 28 dos 56 setores e aprova o corte do PIS-Cofins para combustíveis, chamando para si o suposto mérito da medida.

Vale dizer: em vez de atuar para amainar a crise, Maia, na verdade, age para desgastar ainda mais o governo, como se isso pudesse lhe trazer algum benefício que não o psicológico —psicopatológico, eu ousaria dizer. Uma coisa é certa. Perdem com a crise o Brasil, os brasileiros e a Petrobras. Melhor para oportunistas e pistoleiros.