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sexta-feira, 7 de abril de 2017

Mais um ex-tesoureiro do PT, o terceiro do covil de Lula, prestes a ser condenado

MPF pede condenação de mais um ex-tesoureiro do covil do Lula. A propósito, quando o chefe da quadrilha será preso? 

Paulo Ferreira, sucessor de Delúbio Soares e antecessor de João Vaccari Neto, pode se tornar o terceiro caixa petista condenado pela Justiça

O Ministério Público Federal pediu a condenação do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira pelos crimes de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro. O pedido foi feito nas 230 páginas das alegações finais apresentadas pelos procuradores na ação penal em que ele é réu por desvios de dinheiro nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras, o Novo Cenpes, no Rio.

Paulo Ferreira assumiu a tesouraria do partido em 2005, quando estourou o mensalão. Entrou no lugar de Delúbio Soares, que anos depois viria ser condenado como um dos cabeças do esquema, e foi sucedido pelo também notório João Vaccari Neto, hoje preso em Curitiba sob a acusação de ter atuado como o caixa petista no petrolão.

Além da condenação de Paulo Ferreira por corrupção e lavagem, o MPF pediu ao juiz Sergio Moro que sejam restituídos aos cofres públicos 20 milhões de reais correspondentes aos desvios – além do ex-tesoureiro, outros cinco réus são apontados como os responsáveis pelos crimes. Os procuradores pedem ainda o pagamento de outros 41 milhões de reais, equivalentes ao dobro do valor total das vantagens indevidas pagas.

Ao todo, o MPF quer a condenação de 14 réus. Além de Paulo Ferreira, poderão ser condenados o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, e o empresário Adir Assad, acusado de atuar na lavagem do dinheiro distribuído como propina aos demais réus. A lista inclui ainda o advogado Alexandre Romano, o Chambinho, e o empreiteiro Roberto Capobianco.  Paulo Ferreira deixou a cadeia no final do ano passado, após pagar fiança de 1 milhão de reais. Na obra do Novo Cenpes foram pagos mais de 20 milhões de reais em propinas para funcionários do alto escalão da Petrobras e representantes do PT.

 

Fonte: Revista VEJA