MPF pede condenação de mais um ex-tesoureiro do covil do Lula. A propósito, quando o chefe da quadrilha será preso?
Paulo Ferreira, sucessor de Delúbio Soares e antecessor de João Vaccari Neto, pode se tornar o terceiro caixa petista condenado pela Justiça
O Ministério Público Federal
pediu a condenação do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira pelos crimes de
corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro. O pedido foi feito
nas 230 páginas das alegações finais apresentadas pelos procuradores na
ação penal em que ele é réu por desvios de dinheiro nas obras do Centro de
Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras, o Novo Cenpes, no Rio.
Paulo Ferreira assumiu a
tesouraria do partido em 2005, quando estourou o mensalão. Entrou no lugar
de Delúbio Soares, que anos depois viria ser condenado como um dos cabeças
do esquema, e foi sucedido pelo também notório João Vaccari Neto,
hoje preso em Curitiba sob a acusação de ter atuado como o caixa petista no
petrolão.
Além da condenação de Paulo
Ferreira por corrupção e lavagem, o MPF pediu ao juiz Sergio Moro que sejam
restituídos aos cofres públicos 20 milhões de reais correspondentes aos
desvios – além do ex-tesoureiro, outros cinco réus são apontados como os
responsáveis pelos crimes. Os procuradores pedem ainda o pagamento de
outros 41 milhões de reais, equivalentes ao dobro do valor total das
vantagens indevidas pagas.
Ao todo, o MPF quer a condenação
de 14 réus. Além de Paulo Ferreira, poderão ser condenados o ex-diretor da
Petrobras Renato Duque, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, e o empresário
Adir Assad, acusado de atuar na lavagem do dinheiro distribuído como propina
aos demais réus. A lista inclui ainda o advogado Alexandre Romano, o Chambinho,
e o empreiteiro Roberto Capobianco. Paulo Ferreira deixou a cadeia no
final do ano passado, após pagar fiança de 1 milhão de reais. Na obra do Novo
Cenpes foram pagos mais de 20 milhões de reais em propinas para funcionários do
alto escalão da Petrobras e representantes do PT.
Fonte: Revista VEJA
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