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Mostrando postagens com marcador Contrarrevolução Democrática de 31 de março de 1964. Mostrar todas as postagens
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O Retrato do Brasil

Meses atrás, por vários motivos, o tamanho do esbanjamento e da irresponsabilidade, explodiu na mídia, o caso de Pasadena. O estupendo rombo de um bilhão e trezentos milhões de reais era tão absurdo que foram decretadas uma CPI e uma CPMI.

Quem sacramentou a compra? Quem não leu o contrato? Quem, quem? Tivemos então o início de duas investigações morosas, cheias de contratempos, um festival de oba - oba, com muita fumaceira e condimentos para a confecção de duas imensas pizzas. Gregos e troianos se empenharam em geral na embromação coletiva dos desforços inúteis, para que as investigações mergulhassem na ignorância e o problema caísse na berlinda, em especial devido à disputa eleitoral pela presidência.

Este era o destino das indigestas pizzas. Porém, por artes do demônio, ao levantarem a tampa que encobria a fossa fecal da Petrobras, em diversas frentes surgiram escabrosos buracos e o mau cheiro inundou o já pestilento ar do País. Apesar de benevolentes com assassinatos e estupros, corrupções e abusos de poder, a população, em geral, foi obrigada a tomar conhecimento do mensalão da Petrobras e os seus capilares desdobramentos.

Delatores premiados, canalhas envolvidos até a pleura, impossibilitados de escaparem das mais simples investigações resolveram dar com a língua nos dentes. A Petrobras revelou - se como um dinossauro de corrupções financeiras, morais e de fraudes que envolvem vários partidos, em especial o PT, grande prócer da sem - vergonhice nacional.

Embora tenha aprendido que o mensalão fora coberto de falhas primárias, na Petrobrás o PT se esmerou, porém as cifras envolvidas foram astronomicamente elevadas e mesmo os nacionais que vivem do jeitinho brasileiro, se impressionaram. Hoje, como na última eleição em que o Brasil foi dividido em duas partes, o lado comuna ainda venceu por milésimos, o escândalo da Petrobras agigantou - se e atingiu grosso modo uma debacle financeira de incalculáveis bilhões, sendo que algumas maracutaias que envolvem cifras fabulosas, nem foram, ainda, incluídas no rombo total.

Julgando - se pela personalidade de metade da população, os jeitosos lamentam que alguns miseráveis golpistas sejam devidamente caçados, e esperam que os seus lideres políticos numa demonstração de que estão acima da deturpada lei dos homens, nem sejam arrolados. A outra metade (quase) que é espoliada pelos impostos vai torcendo para que os envolvidos, independente, e, principalmente pelos cargos que possuíam na empresa sejam sancionados, e todos os envolvidos paguem pela sua roubalheira.

Como vemos, prosseguimos com dois brasis, um que torce pelos bandidos e o outro pelos mocinhos, mas infelizmente pelo assistido nas últimas décadas, os bandidos, iguais aos terroristas, que assolaram o País após a Contrarrevolução Democrática de 31 de Março de 1964, deverão ser inocentados e uma borracha será passada para apagar seu conhecido envolvimento nas patifarias.

Os condenados pelo mensalão, na sua maioria estão soltos, o que anima os arrolados nas trapaças do Petrolão. É nítido que a Petrobras foi privatizada pelo PT, que posiciona - se contra a privatização das autarquias nacionais; para os outros, é claro, pois para o seu usufruto e a decadência da economia nacional luta com todas as forças para a sua privatização pelo partido.

O mais incrível é que a presidente da Petrobras, sob a qual ocorreu a grande parte das colossais falcatruas, continua firme no cargo. Pode? Hoje, mesmo diante dos mais otimistas, é inegável que o caso do Petrolão, é o retrato do Brasil, e que a monstruosa maracutaia é um excelente rascunho da nossa sociedade. Inúmeros nacionais repudiarão as nossas conclusões, porém o vantajoso e espantoso golpe nos recursos nacionais da Petrobras, apenas complementa o uso e o abuso do BNDES em prol da ruína econômica nacional.

Para muitos, a falência econômica nacional faz parte da estratégia maior do Foro de São Paulo, que espera iniciar uma nova etapa comunista a partir do caos; entretanto, outros acreditam que a debacle econômica e moral ocorre por incompetência e por ambições pessoais que afundam a nação de forma boçal e soberana. Talvez a opinião mais correta seja a que estamos mergulhados na tirania pré - comunismo, berço esplendido da incompetência e do enriquecimento ilícito.


Por: Valmir Fonseca Azevedo Pereira é General de Brigada, reformado.