O presidente do PT, Rui
Falcão,
critica o ajuste fiscal, mas é a favor
da volta da CMPF, que é um tiro no pé.
PT traz de volta
a CPMF - Governo estuda volta da CPMF para transações de valor alto – golpe
antigo: dizem que é só para grandes transações e na hora H nem o bolsa família
escapa
Qualquer imposto agora só vai
aumentar o mal-estar com a classe média. Difícil que passe no Congresso, mas como a
situação do governo é complicada, a saída é aumentar imposto. A volta da CPMF é
uma atitude impensável nesse momento. Ela atinge a todas as classes e os mais
pobres são os mais prejudicados.
Ministro
da Saúde diz estar conversando com governadores sobre o tema; PT teme desgaste
com classe média
O ministro
da Saúde, Arthur Chioro, disse nesta sexta-feira, durante o 5º Congresso do PT em
Salvador, que tem negociado com governadores a criação de um novo imposto para
aumentar os recursos para o setor. Na
quinta-feira, o
PT aprovou um texto base para
discussão no encontro que previa o ressurgimento da Contribuição sobre
Movimentações Financeiras, a CPMF.
Chioro afirmou que a posposta do
partido é positiva porque
reacende a discussão sobre a necessidade de mais recursos. O ministro, porém,
tem defendido um tributo sobre movimentação voltado para os mais ricos. As
transações de valores baixos ficariam livres da cobrança. — Não vai ser uma CPMF como no passado. Será
uma contribuição financeira com outras características — afirmou o
ministro.
O titular
da Saúde disse que falta procurar apenas três ou quatro governadores, incluindo
Geraldo Alckmin (São Paulo). O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, teria,
segundo o ministro, se mostrado favorável à nova cobrança. Mas dentro do PT o
tema ainda é polêmico. O líder do governo na Câmara, deputado José Nobre Guimarães
(PT-CE), acredita que a proposta de volta da CPMF será tirada do
documento final do Congresso da legenda. O receio dos petistas com o imposto é
que ele agrave o desgaste da legenda com a classe média.
A CPMF, conhecida como imposto
sobre o cheque, foi extinta em 2007. Os valores eram destinados integralmente à saúde
e sua extinção foi considerada uma grande derrota para o governo Lula na época.
O governo Lula perdeu, com a extinção do imposto, cerca de R$ 40 bilhões por
ano que seriam destinados somente ao setor.