Eles
bateram em juíza. Segundo presidente do TJ, presos do BEP vão para Niterói
Os quatro polícias militares acusados de agredir
uma juíza na
quinta-feira, dentro do Batalhão Especial Prisional (BEP), poderão cumprir pena em regime disciplinar diferenciado (RDD), e serem transferidos para um presídio
federal. [salvo
engano, os policiais que estão recolhidos ao BEP aguardam julgamento, o que torna intempestivo
se falar que ‘cumprirão pena’.
Pela legislação vigente o acusado tem que ser julgado e se condenado
terá que cumprir a sentença.
Infelizmente, em nome do maldito
politicamente correto, virou norma que o policial militar acusado aguarde
julgamento preso e muitas vezes este julgamento é adiado pelo simples fato da
não existência de provas que garantam que o crime do qual os presos são
acusados realmente ocorreu. No BEP estão presos policiais acusados pela morte
do servente Amarildo. Detalhe: até hoje
não se sabe se o Amarildo morreu, fugiu ou simplesmente decidiu sumir no mundo,
até mesmo por medo de acerto de contas com o tráfico.]
Em nota, o promotor Décio Luiz Alonso Gomes, da
3ª Promotoria de Justiça Junto à Auditoria Militar, que acompanhou a inspeção no BEP com a juíza Daniela Barbosa
Assumpção de Souza, da Vara de Execuções Penais (VEP), deverá pedir na próxima segunda-feira a inclusão dos agressores no RDD.
Os
quatro presos envolvidos na agressão à juíza serão transferidos para a
Penitenciária Laercio da Costa Pellegrino, o Bangu
1, no Complexo Penitenciário de Gericinó. Em entrevista ao telejornal RJTV, da TV Globo, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio
(TJRJ), desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, afirmou que
determinou, nesta sexta-feira, que os 221 policiais militares presos do BEP
sejam transferidos para o presídio Vieira Ferreira Neto, no bairro Fonseca, em
Niterói. A transferência será gradual, e
feita com 30 presos por vez. Ônibus para a transferência chegaram ao BEP
escoltados por policiais do Bope que usam balaclavas (capuz que cobre o rosto e pescoço, deixando apenas os olhos
descobertos).
Na década
de 1990, a unidade prisional de Niterói recebeu
bicheiros e ficou conhecida como Sítio do Pica-Pau Amarelo, por causa da
maneira como viviam os contraventores — a
prisão seria uma espécie de fábula. A
juíza e seus seguranças foram agredidos nesta quinta-feira por presos do BEP
durante uma inspeção. Após a agressão da juíza, o juiz titular da Vara de
Execuções Penais (VEP), Eduardo Oberg, determinou a interdição do BEP, em
Benfica, por tempo indeterminado.
A magistrada foi cercada e
ameaçada por presos quando tentava entrar na galeria E, no terceiro andar do
BEP, que abriga policiais à espera de julgamento. Integrantes de sua escolta, que conta com cerca de
15 agentes, intervieram e foram
golpeados, inclusive com pauladas, por pelo menos quatro internos.
Daniela teve a blusa rasgada,
perdeu os óculos e um sapato na confusão. A magistrada precisou pedir reforço de escolta e
homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram acionados. O tumulto foi
registrado por câmeras do circuito interno de segurança.
Os quatro PMs acusados de
agressão foram identificados como sargento Aloisio, preso
por forjar flagrante contra um adolescente na Cruzada de São Sebastião
em janeiro; o sargento José Luiz, excluído por cobrar
propina de comerciantes de Bangu em fevereiro; o cabo Aldo Ferrari, preso após ser flagrado em vídeo com oficial do Exército
Português para comprar ouro; e soldado Alan de Lima, preso por suspeita de matar um jovem na Palmeirinha,
em julho.
Fonte: O Globo