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domingo, 15 de setembro de 2019

Defesa hipócrita da democracia - General de Exército Marco Antonio Felicio

O Tempo

Campanha da oposição contra declaração do filho do presidente


Fui um dos primeiros a demonstrar, por artigos já publicados, oposição à interferência dos filhos do presidente Bolsonaro, orientados por Olavo de Carvalho, no governo do pai. Hoje, sou o primeiro, por escrito, a defender o direito que eles têm, até mesmo como políticos em mandato, de exporem publicamente os pensamentos respectivos a respeito do que se passa no país, sem qualquer sentido de interferir sobre o pai e em ações de governo.

Impedir tal coisa é cassar o direito de expressão que lhes confere a Constituição. Assim, concordo, como milhões de brasileiros, com o que tuitou Carlos Bolsonaro: “Por vias democráticas, a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade em que desejamos”.  Defendo, e não é de hoje, uma intervenção militar, uma limpeza geral do Legislativo, do Judiciário e do Ministério Público, uma nova Constituição e, a seguir, as eleições gerais. [caso essa alternativa venha a se concretizar, muita atenção se faz necessário sobre a conveniência de eleições gerais logo após a INTERVENÇÃO MILITAR CONSTITUCIONAL.
Óbvio que tudo pode ser adiado, mas, adiar eleições sempre fica uma imagem desfavorável.]
Creio que Carlos Bolsonaro foi até muito tímido na assertiva, pois ela não acontecerá como a nação e o país necessitam como não está acontecendo –, tendo-se em vista a atual e dura oposição, ideologizada e surgida com o vigor da impregnação psicológica a que foi submetida a população por anos seguidos.  Agiu sobre a população, de maneira geral, pelos meios de comunicação social e, intensa e principalmente nas escolas, sobre estudantes do ensino médio e universitários. Hoje, vários deles são os atuais professores, jornalistas, executivos, empresários,  religiosos, artistas, políticos etc. muito obedientes ao politicamente correto, exercendo forte patrulhamento ideológico. Militantes se tornam fanáticos, sem admitir em a crise em que mergulharam o país, pois são imunizados cognitivamente. A imunização, o que surpreende, atinge até mesmo os mais intelectualizados.

São produtos do gramscismo na busca de uma nova sociedade e cultura, consequências de um “novo consenso” fundamentado no “senso comum modificado”. Esse último traduzindo a adoção de novos valores, incluso o fim da tradicional família e da religião, sob a hegemonia de classes até então “subalternas”. Buscam o socialismo radical.  Essa é a composição da oposição que aparelhou, e ainda aparelha, os Poderes da República e está representada também no Judiciário e no Ministério Público. Pratica a política do quanto pior melhor, sem qualquer preocupação com os interesses reais da nação, contribuindo para que essa continue atolada em crise profunda. Luta pela destruição do governo Bolsonaro, seu principal objetivo, como também pela libertação do criminoso Lula e por sua pretensa volta ao Poder. Tem ainda como objetivos notórios a desmoralização das Forças Armadas e o fim da operação Lava Jato, com punição para seus integrantes.

A realidade, apesar da luta de Bolsonaro e equipe que a oposição tenta esconder, é que não temos um governo republicano e muito menos uma democracia em se que respeita a Constituição. E a democracia é a ditadura da lei. Para muitos, no Brasil de hoje, o interesse é que ela, sem defesas, fraca, sobreviva para que possam dela se aproveitar. Interessante notar as fortes reações a um simples comentário do filho de Bolsonaro daqueles que por vezes não cumprem a lei, manipulando o sentido do mesmo. [a turma do maldito 'politicamente correto' faz questão de esconder que Carlos Bolsonara, não comanda sequer um pelotão de Infantaria.] A imprensa, dando destaque ao ocorrido, afirma que tal comentário denota o que é o pensamento da família Bolsonaro, denegrindo, como sempre, a figura do presidente. Imprensa (não toda) que não pode falar em democracia, pois faz jornalismo bandido, sem isenção, desmoralizando autoridades, como o presidente e seus ministros, e se mostrando forte oposição ao governo, jogando a opinião pública contra o mesmo, irresponsavelmente, em hora de tamanha crise, quando deveria prevalecer a união em torno do interesse maior da nação.

Os presidentes da Câmara e do Senado não mantêm com o Executivo a lealdade que se espera de Poderes que devem atuar com harmonia em benefício dos interesses da nação. Permanecem ainda os representantes da corrupta e velha política, incluso denunciados ou envolvidos na Lava Jato, criticando o que destruíram ontem no governo Bolsonaro de hoje.  O respeitável decano do STF falou à nação, enaltecendo a democracia e sua defesa. Porém, esqueceu-se das negativas atuações de vários de seus ministros – até mesmo perante câmaras de TV –, ou contrárias à lei, que mancham a imagem da Corte e a colocam em plano inferior perante a opinião pública e a própria Constituição, trazendo insegurança à nação e não segurança, como é seu dever. É um STF dissonante da opinião da nação e que não tem sido consentâneo com o espírito republicano, próprio de uma verdadeira democracia.
Fazem defesa hipócrita de uma pretensa democracia.

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Marco Antonio Felício, general de exercito, reformado - O Tempo