Na
primeira entrevista após ser afastada da presidência, Dilma [a
afastada] diz ao jornalista Glenn Greenwald que o Brasil
não vive o "fim da democracia"
A maior celeuma da semana das redes sociais foi se Dilma Rousseff sofreu ou não "um
golpe de Estado".
Essa falsa questão incendiou o maniqueísmo burro das
redes, transformou todo apoiador do impeachment em "golpista" e todo apoiador de Dilma em "democrata".
Dilma, a afastada, também deu sua primeira entrevista após o afastamento, para o jornalista Glenn Greenwald. Coerente com seu discurso, negou crimes de responsabilidade, afirmou ser vítima de uma injustiça e apontou o dedo para o vice "traidor", chamando o novo governo de "ilegítimo". Greenwald perguntou se ela diria que o Brasil vive "o fim da democracia". Dilma surpreendeu. Ela disse "não".
"Não, não diria. Por que eu não diria que chegou ao fim da democracia? Porque hoje as instituições, elas podem até ter abalos, mas elas são mais sólidas do que se imagina."
Verdade.
Fonte: Ruth de Aquino – Época